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Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha

Átrio da Biblioteca

Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha

A Biblioteca Municipal está localizada nas Caldas da Rainha, uma cidade da região Oeste portuguesa, situada na província histórica da Estremadura, e do distrito de Leiria.
A biblioteca Municipal está situada na Rua Vitorino Fróis, 2500 Caldas da Rainha.

História

A biblioteca pública é uma "biblioteca dirigida ao público em geral, que presta serviço a uma comunidade Local ou Regional podendo incluir serviços de extensão, nomeadamente: a hospitais,[…] ou outros grupos sociais com dificuldades de acesso ou de integração."

A biblioteca Municipal das Caldas da Rainha surgiu por iniciativa do escritor e jornalista Luís Teixeira a propósito da publicação de um artigo no jornal regional semanário "Gazeta das Caldas". No referido artigo o escritor e jornalista propunha a criação de uma biblioteca pública nas Caldas da Rainha.
Em Setembro de 1946 com o apoio do então presidente do município, Dr. Augusto Saudade e Silva foi constituída uma comissão organizadora, Amigos da Biblioteca, para levar a cabo o projeto. A inauguração ocorreu em abril de 1962 nos pavilhões do parque D. Carlos I com leitura domiciliária.
Entre 1969 e 1997 a afluência de leitores determinou a alocação da biblioteca fixa nº 156 (fundação Calouste Gulbenkian) nos pavilhões do Parque D. Carlos I.
Em 15 de dezembro de 1992, a Câmara Municipal das Caldas da Rainha e o ex-IPLL (Instituto Português do Livro e da Leitura) estipularam um contrato-programa para a criação da Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha.
A biblioteca Municipal está ao serviço do cidadão desde 06 de dezembro de 1997 na Rua Vitorino Fróis, 2500 Caldas da Rainha.

Objetivos

De acordo com os princípios expressos no Manifesto da UNESCO sobre a Biblioteca Pública, a Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha pretende:

• criar e desenvolver o hábito e o gosto pela leitura;
• apoiar e contribuir para aformação e auto-formação dos jovens;
• assegurar a todas as pessoas um espaço de cultura, informação e lazer independentemente da idade, profissão, religião ou nível de instrução;
• promover a colaboração com as Escolas Básicas, Secundárias, Profissionais e do Ensino Superior criando um espaço de complementaridade;
• desenvolver foemas de cooperação com as instituições locais no sentido de promover a utilização da Biblioteca e dos seus recursos por parte dos agentes culturais e sócio-económicos;
• publicar, individualmente, ou em cooperação com outras instituções trabalhos de investigação sobre o concelho das Caldas da Rainha;
• criar pólos ou anexos nas localidades de concelho que pelas suas características sócio-culturais ofereçam condições para o seu financiamento.
  
  

Hábitos de leitura

Os hábitos de leitura estão sujeitos a determinados fatores, ou seja, os padrões de leitura de uma comunidade não são determinados por um único fator, mas sim por uma interação complexa de diferentes elementos, tais como acesso a recursos de leitura, níveis de educação, cultura local, disponibilidade de tempo livre ou até mesmo questões económicas e sociais. No entanto em Portugal, têm ocorrido eventos ou mudanças que afetam os vários fatores que influenciam os hábitos de leitura e que podem incluir melhoria das condições económicas das famílias, medidas de política educativa e cultural (escolarização progressiva e prolongada da população), o lançamento das bibliotecas públicas, a rede escolar de bibliotecas, acesso a livros e tecnologia, entre outros

O Plano Nacional de Leitura (PNL) é um programa que visa “criar e consolidar os hábitos de leitura dos portugueses, com especial atenção para o público infanto-juvenil, através de projetos e acções de difusão do livro e promoção da leitura, que cobrem todo o território nacional.” . E para avaliar os resultados da sua própria ação realizou um conjunto de estudos em julho de 2006 na área dos hábitos de leitura dos portugueses e cujos resultados foram publicados em 1997 (Inquérito 97) (Freitas, Casanova e Alves, 1997 citados por Santos et all., 2007).

Posteriormente em 2007 surgiu o estudo "A Leitura em Portugal" (PL 2007) a cargo do Observatório das Atividades Culturais que veio apresentar informações relevantes que irão colaborar na avaliação do estado da leitura em Portugal. Neste sentido ambos os estudos Inq. 97 e o PL 2007 foram analisados e comparados. Face a essa análise e comparação o estudo LP 2007 apresenta três aspetos que se diferenciam do Inq. 97 e que a seguir se enumeram, quanto aos contextos de leitura; quanto à frequência de bibliotecas e quanto às novas tecnologias da informação e comunicação (TIC).

Relativamente ao aspeto diferenciador “quanto à frequência de bibliotecas” para além de ser uma prática cultural também é uma forma de incentivo à leitura quando a ida à biblioteca é acompanhada, ou seja, quando por exemplo os pais e filhos ou os avós e netos vão à biblioteca. Destaca-se o foco do estudo nas bibliotecas públicas (municipais) e escolares.

No estudo referente ao PL 2007 as bibliotecas podem estimular o incentivo à leitura através das formas lúdicas ou culturais na medida em que permite o acesso aos livros bem como a outros suportes de leitura; a variadas iniciativas de animação e promoção da leitura; a uma seleção de livros de acordo com a faixa etária; à um ambiente chamativo e cativante das bibliotecas. E ainda através das formas instrumentais de utilização das bibliotecas como o apoio ás atividades escolares.

Referências