Usuário(a):ReMesq/Kim Cobb

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Kim Cobb (nascimento: 1974) é uma cientista climática norte-americana. Ela é professora da Escola de Ciências da Terra e Atmosfera do Instituto de Tecnologia da Geórgia - Geórgia Tech e membro e diretora do programa Georgia Power. Seus principais interesses são Oceanografia, Geoquímica e Modelagem Paleoclimática.


Kim Cobb
Nascimento 1974
Madison, Virgínia
Residência Estados Unidos
Nacionalidade Estados Unidos
Alma mater Yale University
Instituições Georgia Tech
Campo(s) Oceanografia, Paleoclima, Geoquímica

Vida pessoal e Educação[editar | editar código-fonte]

Kim Cobb nasceu em 1974 em Madison, no estado da Virgínia, Estados Unidos, e cresceu em Pittsfield, Massachusetts[1]. Foi nesse estado norte-americano em que ela se interessou por Oceanografia, após ter frequentado um curso de verão no Instituto de Oceanografia Woods Hole. Ela estudou Biologia e Geologia na Universidade de Yale, onde começou a pesquisar sobre as causas antropogênicas da mudança de clima. O tema a fez abandonar seus planos originais de estudar medicina e se inscrever no programa de verão do Instituto Scripps de Oceanografia. Lá, Cobb se formou em 1996[2] e concluiu seu doutorado em Oceanografia em 2002, pesquisando os efeitos causados pelo El Niño em um banco de sedimentos em Santa Bárbara, Califórnia. Seguiu com seu pós-doutorado por dois anos na Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia) antes de ingressar na Georgia Tech, Instituto de Tecnologia da Georgia, em 2004 como professora assistente. Kim já publicou mais de 100 artigos nos principais jornais norte-americanos[3]. Ela se tornou professora em 2015 e atualmente supervisiona diversos cursos de mestrado e doutorado[4].

Campo de Pesquisa[editar | editar código-fonte]

O grupo de pesquisadores comandados por Kim Cobb se dedica a entender as mudanças climáticas e identificar suas causas naturais e antropogênicas. Suas pesquisas a levaram a realizar diversas expedições oceanográficas pelo Oceano Pacífico tropical e a pelas florestas tropicais do Bornéu, na Malásia. O foco dos estudos está em corais e estalagmites, principalmente os seculares. O grupo captura registros em alta resolução das amostras coletadas, monitorando as variações climáticas sofridas, criando modelos e caracterizando a variabilidade no Pacífico e no Bornéu. Em um dos trabalhos, para reproduzir e medir a intensidade dos efeitos do El Niño nos últimos 7.000 anos, os pesquisadores coletaram fragmentos de corais antigos mas ilhas de Kiribati e no atol de Palmyra, os envelheceram com datação de urânio-tório (também chamada de tório-230) e então aplicaram ciclos da razão isotópica do oxigênio[5]. Cobbs é membro do conselho editorial da revista científica Geophysical Review Letters[6].

Prêmios e Reconhecimentos[editar | editar código-fonte]

  • Em 2007, ela ganhou o NSF Career, concedido pela Fundação Nacional da Ciência e o Georgia Tech Education Partnership Award[7]
  • Em 2008, Cobb foi reconhecida como uma das principais jovens cientistas norte-americanas ao receber o Presidential Early Career Award for Scientists and Engineers (PECASE)[8]
  • Em 2009, recebeu o reconhecimento 'Frontiers of Science' Fellowship da Fundação Kavli [citation needed]
  • Foi convidada a participar da edição 2011 do evento sobre flexibilidade nos locais de trabalho organizado pela Casa Branca[9]


Engajamento Político e Público[editar | editar código-fonte]

Cobbs é membro do Painel de Ciência Climática da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS); do Painel Internacional do Pacífico do CLIVAR[10], Programa Mundial de Pesquisa Climática, e do grupo de trabalho internacional PAGES/CLIVAR. Ela também faz parte do conselho do Instituto Leshner pelo Engajamento Público[11] da AAAs.

Ela realiza trabalhos voluntários em comunidades, frequentemente dando aulas em escolas, faculdades e outros grupos sobre Ciência Climática. Está envolvida em questões de políticas públicas e legislação e é autora de diversos artigos sobre mudanças climáticas, com o intuito de inspirar outros cientistas climáticos a participarem de debates sobre o tema ao redor do mundo[12]. Apareceu no documentário "Years of Living Dangerously" (Anos Vivendo Perigosamente) do canal Showtime, falando sobre seu estudo do paleoclima. "O registro instrumental do clima ainda é pequeno demais para identificar algumas das mudanças mais importantes causadas pelo Efeito Estufa. Agora estamos recuperando dados sobre o paleoclima, olhando para as secas que ocorreram, os acontecimentos extremos, as mudanças no nível dos mares". A pesquisadora fez uma apresentação sobre o tema durante a Marcha para a Ciência de Atlanta, na Geórgia, em abril de 2017.

Diversidade[editar | editar código-fonte]

Na Georgia Tech, Kim Cobb é professora de pós-graduação em Diversidade Institucional, parte dos esforços da Fundação Nacional da Ciência para aumentar a representatividade e o avanço das mulheres nas áreas de ciências e engenharia[13].

Referências[editar | editar código-fonte]

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  1. «Dr Kim Cobb - Gender Summit». gender-summit.com. Consultado em 9 de março de 2019 
  2. «Coral Time Keeping with Kim Cobb». Real Scientists (em inglês). 7 de fevereiro de 2016. Consultado em 9 de março de 2019 
  3. «Kim M. Cobb | PhD SIO-UCSD, 2002 | Georgia Institute of Technology, Georgia | GT | School of Earth and Atmospheric Sciences». ResearchGate (em inglês). Consultado em 9 de março de 2019 
  4. «Cobb Lab Research». shadow.eas.gatech.edu. Consultado em 9 de março de 2019 
  5. PalaDec. 9, Christopher; 2016; Am, 9:00 (8 de dezembro de 2016). «Corals tie stronger El Niños to climate change». Science | AAAS (em inglês). Consultado em 9 de março de 2019 
  6. «Geophysical Research Letters». Wikipedia (em inglês). 28 de janeiro de 2019 
  7. «Kim Cobb and K. Salome receive Georgia Tech's Education Partnership Award. | School of Earth and Atmospheric Sciences». web.archive.org. 15 de setembro de 2017. Consultado em 9 de março de 2019 
  8. «Two Georgia Tech Faculty Honored by the White House | Newswise: News for Journalists». www.newswise.com. Consultado em 9 de março de 2019 
  9. «The White House Forum on Workplace Flexibility - Workplace Flexibility 2010». www.workplaceflexibility2010.org. Consultado em 9 de março de 2019 
  10. «Pacific Region Panel | www.clivar.org». www.clivar.org. Consultado em 9 de março de 2019 
  11. «Leshner Leadership Institute for Public Engagement with Science | American Association for the Advancement of Science». www.aaas.org. Consultado em 9 de março de 2019 
  12. «Kim Cobb’s view». RealClimate (em inglês). Consultado em 9 de março de 2019 
  13. MervisApr. 26, Jeffrey; 2017; Am, 11:45 (26 de abril de 2017). «NSF's uphill road to making prestigious early career award more diverse». Science | AAAS (em inglês). Consultado em 9 de março de 2019