Arrelia

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Arrelia
Nome completo Waldemar Seyssel
Nascimento 31 de dezembro de 1905
Jaguariaíva, PR
Nacionalidade brasileiro
Morte 23 de maio de 2005 (99 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Ocupação ator, humorista e palhaço

Waldemar Seyssel, mais conhecido como Arrelia (Jaguariaíva, 31 de dezembro de 1905Rio de Janeiro, 23 de maio de 2005), foi um ator, humorista e palhaço brasileiro. Trabalhou em alguns filmes como ator, sem se caracterizar de palhaço.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Waldemar Seyssel nasceu em uma família ligada à história do circo no Brasil. Começou a atuar com seis anos de idade, no circo Chileno, de propriedade de seu tio, irmão de sua mãe.

Seu avô Julio Seyssel, nascido na França, era professor na Universidade de Sorbonne. Ele conheceu e apoixonou-se por uma acróbata espanhola que trabalhava num circo.

Sua família não queria o casamento, mas os dois resolveram se casar mesmo assim. Júlio deixou o cargo de professor e foi morar no circo, onde tornou-se apresentador. O casal viajou para o Brasil junto com o Grande Circo inglês, dos Irmãos Charles, onde se radicaram, dando origem a uma linhagem circense. Arrelia tinha cinco irmãos que foram do circo, entre eles o palhaço Pimentinha e o palhaço Aleluia.

Anos depois Arrelia trocou os picadeiros pela televisão. Foi o primeiro da sua família a abandonar o circo, pois dizia que o trabalho não dava dinheiro suficiente para viver. Em 1958, seus irmãos começaram a trabalhar com ele na TV Record.

Waldemar Seyssel iniciou seus trabalhos saltando, passando depois pelo trapézio, pela cama elástica e em outras acrobacias, com seus dois irmãos, Henrique e Paulo. Mas quando o pai, cansado, deixou o circo, substituiu o nome artístico, usando o apelido de família que seu tio Henrique lhe dera: Arrelia. Seu primeiro parceiro foi o ator Feliz Batista, que fazia o palhaço de cara branca, vindo depois o irmão Henrique Sobrinho. Finalmente, quando trocou o circo pela televisão, em 1953, teve como parceiro o palhaço Walter Seyssel Pimentinha, seu sobrinho.

Caracterização do palhaço Arrelia[editar | editar código-fonte]

Ele próprio dizia ser um palhaço bem diferente. Alto e desengonçado, quando todos os palhaços excêntricos são baixos, sem sapatos de bicos imensos e finos e sem bengalas compridas, falando difícil sem saber e errando sempre. Enfim, é um tipo de rua, "um misto de gente que encontrei no circo, teatro, cinema, TV e na própria rua. Um tipo que vai indo aos trambolhões, mas vai indo, mesmo sem instrução e metido a sebo". Ele acreditava muito no estudo acurado do personagem que representava e que o sucesso dependia muito disso.

Tudo bem[editar | editar código-fonte]

Arrelia popularizou a marcha "Tudo bem", de autoria dele Manoel Ferreira e Antônio Mojica. O refrão usa seu conhecido bordão. A marcha pode ser ouvida em um dueto de Arrelia e Berta Loran no filme "O Barbeiro que se Vira", de 1958;

Como vai? Como vai? Como vai?

Como vai? Como vai, vai, vai? Muito bem! Muito bem! Muito bem! Muito bem! Muito bem! Bem! Bem!

Você vai bem? Eu vou também! E ele como é que vai?

Vai muito bem, muito bem, bem, bem.

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Cinema[editar | editar código-fonte]

Televisão[editar | editar código-fonte]

  • 1953/54 - Circo do Arrelia (TV Paulista)
  • 1955/71 - Circo do Arrelia (TV Record)
  • 1958 - Triste História de Um Palhaço (TV Record)
  • 1972/74 - Circo do Arrelia (TVEducativa)

Ver também[editar | editar código-fonte]

Wikiquote
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Referências

  1. Cinemateca Brasileira, Susana e o Presidente [em linha]
  2. «FILMOGRAFIA - O HOMEM DOS PAPAGAIOS». bases.cinemateca.gov.br. Consultado em 11 de fevereiro de 2019 
  3. «FILMOGRAFIA - DESTINO EM APUROS». bases.cinemateca.gov.br. Consultado em 11 de fevereiro de 2019 
  4. Cinemateca Brasileira, O Barbeiro que se Vira [em linha]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Seyssel, Waldemar (o Arrelia) - Arrelia e o Circo. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1997.
  • Seyssel, Waldemar - O menino que queria ser palhaço. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1992.
  • Seyssel, Waldemar - Arrelia, uma autobiografia. São Paulo: Edição Ibrasa – Instituição Brasileira de Difusão Cultural Ltda., 1997.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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