Wikipédia:Esplanada/geral/Programa Wikipédia no Ensino: situação e perspectivas (9out2012)

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Programa Wikipédia no Ensino: situação e perspectivas (9out2012)

Olá pessoal, estou abrindo esse tópico para discutirmos possíveis e desejáveis rumos do Programa Wikipédia no Ensino (em inglês) na Wikipédia em português. Como sabem, em 2011 alguns professores brasileiros, inspirados no que já vinha ocorrendo em algumas salas de aula dos EUA, Canadá e outros países com o apoio da Wikimedia Foundation, começaram a desenvolver atividades dentro das salas de aula envolvendo a Wikipédia. No final de 2011, a Wikimedia Foundation começou um pequeno piloto no Brasil, onde envolvemos 4 novos professores para trabalhar no primeiro semestre letivo de 2012, além de uma professora que já participava do projeto e é uma grande entusiasta dele, dando suporte, aprendendo e buscando sistematizar as melhores práticas. No final do primeiro semestre de 2012, abrimos uma chamada pública, recebendo 36 propostas de todo o Brasil em menos de um mês e sem muita divulgação. Estamos trabalhando com 12 desses 36 professores que enviaram propostas, mais alguns que já estavam participando do projeto (7 professores foram afetados por greves, por isso ainda estamos atualizando a lista de cursos). Dos 5 professores que participaram da primeira fase, todos disseram que continuariam usando e promovendo o uso da Wikipédia para fins educacionais - não necessariamente nesse semestre.

Sendo um dos nossos objetivos ter uma comunidade que auxilie e promova escritores, de sermos um grupo de pessoas que diretamente lhes dão suporte para que eles possam criar conteúdo livre e de alta qualidade educacional em um site[nota 1], as questões chave que queremos responder com essa discussão são, essencialmente:

1. Formato do programa

  • De que modo queremos dar continuidade ao Programa Wikipédia no Ensino na Wikipédia lusófona, atualmente no formato do Projeto Wikipédia na Universidade?
  • Devemos continuar com o atual formato ou precisamos adaptá-lo ao suporte que a comunidade lusófona pode dar?
  • Podemos ampliar o número de cursos no atual modelo? Em caso positivo, o que é necessário para isso?
  • Ou devemos focar na produção de materiais didáticos explicando sobre a Wikipédia que sejam multiplicáveis mais facilmente (como organizando páginas da Wikipédia, produzindo, imprimindo e distribuindo documentos, vídeos etc. [nota 2]) e sobre como que os professores vêm usando a Wikipédia em salas de aula?
  • Devemos apostar em treinamento à distância? O que é preciso para isso?

2. Possibilidades de outros projetos Além da possibilidade de continuar no modelo existente, que conta com um fundamental auxílio online e presencial de wikipedistas ou estudantes vinculados ao professor que passaram por um treinamento, e tentar expandí-lo, listo abaixo algumas possibilidades que tenho em mente, mas outras sugestões são bem-vindas.

  1. Manter um número de cursos próximos ao atual (não ultrapassar muito mais que 10), focar na construção de tutoriais impressos e online (texto e vídeo), avaliar as principais barreiras recorrentes enfrentadas por novos editores
  2. Buscar parcerias com escolas de línguas, centros culturais, faculdades de línguas, consulados e embaixadas, focando na tradução de verbetes de alta qualidade das outras Wikipédias
  3. Ampliar o programa para escolas de outros níveis, não restringindo-se apenas a universidades

A partir das diversas oficinas e apresentações que estamos fazendo devido ao enorme interesse no projeto, a partir desse contato presencial, acabamos também por descobrir algumas dificuldades que novos editores encontram e podemos explorar melhor isso. Além da enorme falta de conhecimento sobre como a Wikipédia funciona e o enorme preconceito sobre a enciclopédia no meio acadêmico, mais acostumado com outros meios de produção. Para esforços como esses até hoje voltados mais para a Wikipédia anglófona, fazer essa identificação pode ser fundamental para a melhoria da Wikipédia e até mesmo outros projetos Wikimedia. Limitar o número de cursos ajudaria nesse tipo trabalho. Outra vantagem da construção desse material online seria aumentar a possibilidade da participação de qualquer universidade (ou escola) com a língua portuguesa como principal, pois o professor poderia tornar-se mais independente e a própria comunidade de editores ativos poderia, mais para frente, avaliar quais cursos poderia dar suporte.

Se quisermos focar num conjunto de verbetes da Wikipédia em português essenciais para fins educacionais,[nota 3] fazer parcerias com instituições com pessoas que poderiam auxiliar na tradução de bons verbetes de outras línguas pode ser uma boa alternativa. Embaixadas e consulados tendem a traduzir textos de suas línguas para o português e poderíamos envolver centros culturais, promovendo textos de alta qualidade sobre outras culturas, países e personalidades.

Alguns colegas começaram há certo tempo projetos para envolver escolas, vejam Wiki nas escolas e Wikimedia Brasil nas escolas. Iniciativas como essa são apoiadas pela Wikimedia Foundation, mas gostaríamos de saber se é o momento de tentarmos expandir o projeto para escolas de um nível mais básico. Um argumento para essa tentativa é que haveria mais liberdade nas escolas para os professores adotarem o wiki como ferramenta de ensino e haveria um maior número de participantes, mas, em contrapartida, os estudantes talvez ainda precisam de mais base teórica e técnica para escrever recursos originais. Não descarto a possibilidade de, para um número maior de estudantes, haver uma probabilidade de encontrarmos mais editores do que em alguns cursos universitários, mas isso só poderá ser checado experimentalmente e devemos nos perguntar sobre os riscos.

Dos aproximadamente 13 cursos que estão participando agora, ainda é cedo para fazer alguma avaliação sobre as melhores práticas, o que já temos uma ideia a partir dos casos bem sucedidos. Isso começará a ser analisado no final desse ano e começo do ano que vem, mas é bom começarmos essa discussão desde já, principalmente se decidirmos abrir uma nova chamada pública para ampliar o número de cursos - certamente haveria um maior esforço para envolver os voluntários de Portugal e outros países lusófonos.

Notas

  1. Adaptado da frase da Sue Gardner, "we are a group of people who facilitate and empower writers and the people who directly support them so that they can create free, high quality educational content on a website."
  2. Veja a seguinte proposta para ter uma ideia. A ideia é ampliar e criar mais recursos com o apoio da comunidade e possivelmente envolvendo profissionais de comunicação.
  3. Veja aqui algumas ideia sobre focar na construção de verbetes essenciais para fins educacionais (em inglês, em breve escreverei algo mais elaborado em português e uma versão em inglês tentando envolver todos envolvidos nesse programa global). Quanto mais especialistas dessas áreas envolvermos, mais refinada e organizada poderá ser essa lista de verbetes essenciais.

Comentários gerais[editar código-fonte]

Isso posto, gostaria de ouvir suas opiniões. Pretendo marcar algumas conversas por skype ou telefone com alguns editores (vou colocar na página de discussão daqui aqueles que eu for conversando) e se alguém quiser conversar sobre o assunto, por favor, entre em contato. Se possuírem ideias de outras possibilidades para o programa, gostaríamos muito de ouvir. Pretendo extrair dessa conversa e das entrevistas um bom caminho para o programa, que estará relatado em inglês e português. --ezalvarenga (discussão) 03h58min de 9 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Acho importante desenvolver material explicativo para poder ser multiplicado e até usado como divulgação para convencer outros professores e alunos a serem embaixadores, e pq por mais q a gente expanda os cursos sempre pode ter professores que vão usar a WP na aula mesmo sem o apoio nosso com embaixadores aí eles poderiam usar o material explicativo. Poderemos tb ampliar a área, fazendo o primeiro programa mais facilmente em áreas q não tem embaixadores. Há tb a ampliação para outros países, mesmo q em Portugal não tenha embaixadores o material vai ajudá-los, não só Portugal mas qualquer professor em qualquer lugar usaria o material. E uma (boa) parte desse material poderia ser usado como um guia de ajuda na WP mesmo, reformulando nossa documentação de ajuda (algo pendente a ser feito a anos). Por isso ter material explicativo seria uma das prioridades.

Dito isso, não vai adiantar fazer uma parte do material sem termos experiencia suficiente e sabermos quais são as boas práticas. Como o foco seria aprender as coisas, não tentaria expandir muito, mantendo o nível atual de turmas (ou aumentar só um pouco mais, dependendo das pessoas disponíveis para dar suporte) e dando o apoio necessário a essas turmas, podendo acompanhar mais de perto, e depois que tivermos mais experiência ir completando o material.

Para poder dar atenção a uma coisa de cada vez tb preferia manter só na WP na Universidade e no modelo atual. Mas se for possível alocar alguns embaixadores para iniciar uma ou duas novas turmas em outras áreas acho o ideal, como fizemos com o WP:WU q só tinha 1 turma, depois 4, e agora expandindo. E nesse caso eu tentaria uma faculdade de letras para fazer a tradução de artigos destacados em outras wikis. Assim aproveitamos um pouco da experiencia com a WP na Universidade e vamos vendo como seria o programa em um curso para expandir no outro semestre. Como ia expandir para esse lado das traduções deixaria a edução básica para depois. Rjclaudio msg 09h56min de 9 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Sou contra estimular traduções. Entendo que são úteis para quem está aprendendo a traduzir línguas, é claro. Mas inibem a aprendizagem do conteúdo e de habilidades de escrita e pesquisa, além de padronizar as Wikipédias. Acho importante manter a riqueza da diversidade de abordagens. Domusaurea (discussão) 13h00min de 9 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Acho que é uma opção de trabalho. Não precisa ser apenas isso, fazendo só tradução atrás de tradução, pode ter tarefas q estimulem a criação e tarefas q se foquem na tradução. E para desenvolver a metodologia para as tarefas de criação um piloto q se focasse nisso seria útil. Dependendo da instituição eles podem preferir trabalhar com tradução, podemos dar as opções para eles (traduzir ou criar) e até dizer q preferimos a criação ao invés da tradução mas temos q dar a liberdade para eles escolherem qual dos dois que eles querem trabalhar, e tendo liberdade temos q estar aptos para dar o suporte para as duas opções. Rjclaudio msg 13h58min de 9 de outubro de 2012 (UTC)[responder]
Eu deixei que meus alunos traduzissem porque faz parte da regra do jogo, mas o trabalho não acrescentou nada na pesquisa sobre o conteúdo, que era o objetivo principal. Além disso, é grande a possibilidade deles simplesmente tacarem tudo no Google Translator, o que também mata o próprio objetivo de trabalhar na tradução. Foco específico na tradução deveria ser apenas para curso de línguas, na minha opinião. Domusaurea (discussão) 00h53min de 10 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Outro ponto que acho crucial é um controle maior do trabalho dos embaixadores online. Nada impede que eles simplesmente abandonem o trabalho do curso e deixem o professor e o embaixador de campus na mão. Isso aconteceu comigo em algumas ocasiões. Alguns embaixadores alocados para trabalhar comigo nunca fizeram nada, nem sequer responderam minhas mensagens. Agora imagine-se uma situação assim com um professor que não sabe editar e um embaixador de campus inexperiente.Domusaurea (discussão) 00h53min de 10 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Comentário Sugestões sortidas tendo em conta a experiência passada:

  1. 'Autonomia: com tão poucos editores qualificados e dispostos a ser embaixadores, é fundamental fazer depender cada vez menos o processo da ajuda presencial e centrá-lo em suportes escritos. Toda a ajuda deve estar em dois únicos manuais, um para o professor e um para o aluno. A multiplicidade de folhetos dispersos sobre isto e aquilo e sem nenhuma linha gráfica coerente só atrapalha. Também é essencial terem um ar sério: ao ler o manual em inglês parece que estou a ler um livro infantil com aqueles "resumos da matéria" descabidos. É fundamental que o PDF seja bem feito, com índices laterais e hiperligações internas e externas para as normas da wikipédia. É fundamental que seja num formato e com um esquema de cores fácil e barato de imprimir (os fundos a cores devem poder ser desligados e não deve ocupar muitas páginas, e nem sempre há internet disponível). No fim do manual deve haver um guia de referência básico com o fundamental da edição, desde como criar secções até como inserir referências.
  2. Dispersão de embaixadores: pelo problema exposto pela Domusaurea, acho que haver dois embaixadores online fixos não está a ser produtivo. Isto tem duas explicações: nem os embaixadores são suficientemente activos ou atentos, nem os próprios alunos perdem a vergonha e os tentam contactar directamente quando têm dúvidas. Lembro-me de um caso há pouco onde havia já uma série de textos em subpáginas mas ninguém pediu aos embaixadores para os reverem. Resultado: tinham imensas debilidades do ponto de vista enciclopédico e depois de apressadamente serem colocados no dominio principal acabaram por ir para PE. Sugeria não compartimentar tanto os embaixadores. Distribuir uns seis embaixadores por cada curso, mas ficarem encarregues de três ou quatro cursos ao mesmo tempo. Ou talvez um modelo ainda melhor: uma "central de dúvidas" comum a todos os cursos que todos os embaixadores pudessem vigiar e responder na hora.
  3. Falha na explicação do que é um texto enciclopédico: continuam a aparecer mini-teses de mestrado de forma regular. Os alunos ainda têm imensa dificuldade em adaptar a sua forma de escrever consoante o formato a que o texto se destina e muitas dificuldades em escrever um artigo enciclopédico. São trabalhos bons. Alguns muito bons. Mas completamente desenquadrados. Gostava de encontrar um documento que ajudasse a explicar a diferença.
  4. Foco em menos artigos, mas artigos bons: o programa original não previa apenas a criação de artigos, mas de artigos bons. Ou seja, o processo só estaria concluído durante a avaliação da proposta para artigo bom. Isso significaria que os alunos dominaram, efectivamente, todo o processo de criação de artigos da wikipédia até ao pormenor. Na minha opinião, deveria-se tentar caminhar para este modelo, sendo preferível que os alunos trabalhassem em conjunto para fazer dois ou três artigos bons ou de destaque dentro de um tema em vez de vários artigos com relativo grau de importância e qualidade. Como o problema é sempre avaliar o trabalho individual de cada aluno dentro de um grupo, cada aluno podia ficar responsável por uma secção e debatiam em conjunto a estrutura geral e a introdução.
  5. Calendarização: na minha opinião, a calendarização, pelo menos a calendarização padrão, foca-se muito em introduções gerais, deixando muito pouco tempo para a escrita e revisão do texto. O essencial fica para o fim e durante um período de tempo muito restrito. Há pouco tempo para escrever e nenhum para rever, havendo quase um abandono dos artigos depois de feitos. Alguns nem passam para o domínio principal. Logo na segunda aula os alunos já deveriam estar a investigar e a criar um esboço numa subpágina, nem que fossem só frases soltas ou ideias para secções. Todos eles deveriam ter uma página de rescunho criada e indicada na sua página de discussão. Talvez se possa usar uma predefinição com :subst, similar à de boas vindas geral, mas só com informações sobre o programa, com links para a sua página de rascunho, qual é a página do professor responsável, onde está a página de curso, etc. Metade do calendário deveria ser perdido com revisões. Tanto entre alunos, de modo a estimular a crítica e a avaliação, como por parte dos embaixadores online, que poderiam indicar tudo o que está em falta para o artigo chegar a "bom".
  6. Alargar o programa: alargar enfrenta o mesmo bottleneck que enfrenta a edição na wikipédia portuguesa: falta de editores qualificados crónica. Já tinha sugerido na discussão dos embaixadores um modelo que reduzisse a presença de embaixadores de campus de modo a eles poderem fazer menos viagens e numa só apresentação envolver mais do que uma turma em simultâneo. Imagino o crescimento para Portugal e uma ou outra universidade. Mas discordo em absoluto de alargar o programa a outros níveis de ensino inferiores. Regra geral, nos níveis inferiores o estudante apenas segue um manual e reproduz conhecimento. Não o sabe analisar, criticar, sintetizar. Não sabe investigar, resumir ideias. Falta muita formação e muita maturidade intelectual. Mesmo no primeiro ano de faculdade isto é difícil. Isto não são temas popularuchos, são temas difíceis. O pré-universitário é um iniciado nesses temas e o método de ensino é à base de dogmas e de facilitismos por conveniência, porque tem que ser assim. Para explicar é preciso já ter alguma noção sólida porque senão a única coisa que se vai ver é copy-paste. Até à universidade a crítica é inexistente. O pensamento crítico só é estimulado na universidade. Como é que se pode resumir, sintetizar e escolher fontes sem haver crítica? O objectivo do programa é elevar o padrão dos artigos, para garotos a escrever erros ou textos simplórios já há cá de sobra. Polyethylen (discussão) 04h46min de 10 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Respondendo aos comentários, tentando encaixar algumas opiniões levantadas durante as discussões que surgiram na WikiBrasil 2012.

1. Autonomia Na linha do raciocínio apresentado pelo Claudio e Polyethylen, também concordo que para o programa ganhar autonomia um grande esforço deve ser feito para a melhoria do suporte escrito e, adicionalmente, no formato de vídeos. Esse material de suporte seria dividido em duas partes: A. Wikipédia, formatação wiki e outros projetos Wikimedia e B. Programa Wikipédia no Ensino. Ambos precisam ter uma versão impressa mais sucinta, com os respectivos links com explicações mais detalhadas.

Para A, acredito que precisaríamos reativar o WikiProjeto para a melhoria da documentação interna (vale a pena ver a versão em inglês) e criar um WikiProjeto para a elaboração de vídeos, análogo a versão da Wikipédia em inglês, WikiProject Screencast. Os benefícios seriam não só para o projeto envolvendo escolas, mas para toda a Wikipédia.

Para B, precisamos, de fato, aprimorar o Guia do Professor e o Guia do Estudante, ambos alinhadas com essa documentação impressa sobre a Wikipédia e também tendo uma versão impressa decente. Concordo que algumas versões atuais tem um ar infantil e um tom de seriedade ajudaria a atrair professores de todos níveis.

Com todos que falo, a necessidade da melhoria desse documentação parece ser uma grande necessidade. Agora precisamos achar como isso poderia ser feito com o apoio da Wikimedia Foundation. Após as mudanças propostas para o modelo de gestão do Programa Catalisador (ainda em discussão), talvez desenhar uma proposta para um pedido de subsídios envolvendo membros da comunidade e profissionais da área (design, audiovisual, comunicação) pode ser uma boa e poderia estimular e servir de exemplo para que outros projetos sejam criados para o benefício dos projetos Wikimedia. Esse Programa de Subsídios é pouco usado pelo sul global (curioso, é a primeira vez que uso o termo em português para global south ;) e acho que se um dos objetivos da Wikimedia Foundation é ter um programa catalisador durante um tempo determinado, acredito que faz parte a construção de um projeto em conjunto entre a organização e as comunidades locais (Wikimedia Brasil, Wikimedia Portugal e outros grupos de usuários de outros países que falam português).

Certamente essa documentação, construída junto a comunidade, atacaria problemas como a falta de explicação do que é um texto enciclopédico, como também incluiria boas práticas sobre o uso da Wikipédia ou outros projetos Wikimedia dentro da sala de aula - no começo do ano que vem teríamos mais bons estudados de caso para acrescentar.

Se o programa além de sensibilizar e conscientizar o público das escolas de todos níveis sobre os projetos Wikimedia, também melhorar a documentação sobre como participar desses projetos, seria um legado que ele deixaria num curto tempo de duração.

2. Problemas de comunicação e embaixadores De fato, o problema de comunicação entre estudantes, professores e embaixadores online é algo que foi levantado não só no programa da Wikipédia em português, como também por professores e wikipedistas do programa em outros países. Além de termos um baixo número voluntários envolvidos no projeto (como a maior parte dos projetos da Wikipédia em português, quando contrastado com o cenário da versão anglófona), há também o risco de acontecer o que a professora Juliana relatou - não só com embaixadores online, coisa que já ocorreu em todos países. Foi por esse motivo que coloquei nos guias atuais e durante as oficinas para os embaixadores o Café dos novatos (que seria mais intuitivo se tivesse outro nome, como "Tire suas dúvidas") principal canal de comunicação entre os estudantes e a comunidade da Wikipédia. Se o projeto precisa tornar-se sustentável algum dia, me parece mais fácil usar os canais já existentes ao invés de inventar mais um. Claro que uma orientação mais individualizada pode ser preferível, então acho válido manter uma lista de voluntários interessados em dar um suporte online.

Como o uso das páginas de discussão não parece ser trivial para professores e estudantes começando a editar, deixei nesse semestre um único embaixador online (em alguns casos dois) em contato por e-mail com o professor e embaixadores/monitores de um curso. Para mim faz parte do trabalho do embaixador online encaminhar as dúvidas para o wiki e talvez uma pró-atividade por parte dos embaixadores online, devido aos receios que as pessoas têm em tirar dúvidas, poderá melhorar esse problema de comunicação. Vamos ver qual será o resultado esse semestre. Pensei também em criar uma espécie de central de dúvidas por e-mail, mas acabei optando por deixar um embaixador online responsável por um curso - ele também precisa dar um retorno se estiver precisando de mais apoio.

3. Uso de traduções e conteúdo que queremos melhorar Concordo com o argumento da professora Juliana que traduções podem não servir para que um estudante aprenda melhor sobre um assunto, mas se colocarmos como um dos objetivos do programa o de aumentar a quantidade de recursos educacionais abertos de qualidade na língua portuguesa, talvez trabalhar com traduções de verbetes de qualidade de outras línguas será mais eficiente para atingir esse objetivo. É certo que seria muito mais rico se alguns assuntos fossem construídos pela comunidade lusófona, mas algumas temas são universais e ter seu acesso para os leitores que só lêem em português seria um grande benefício. Confesso que também encarei com certo preconceito o uso de traduções, mas esses dias, ao criar o verbete cultura da permissão, vi o tanto que tive que ler nas fontes para fazer uma tradução com sentido (depois preciso reler com calma o capítulo de um livro para explicar um trecho que não estava bom na versão em inglês).

Isso levanta para a questão que coloquei inicialmente: que tipo de conteúdo queremos melhorar numa enciclopédia na língua portuguesa para fins educacionais? Se formos selecionar professores a partir de uma chamada ou se eles virem por conta própria, talvez os verbetes trabalhados pelos estudantes serão muito especializados e não terão um interesse de um público mais geral. Teríamos assim, ao meu ver, que fazer um trabalho para melhorar e categorizar a lista de verbetes essenciais para fins educacionais e, de algum modo (ainda não sei como e se concordarem, podíamos pensar em possíveis soluções), revitalizar os WikiProjetos relacionados.

O risco de nós nos tornarmos mais específicos e colocar essa meta no programa é que possivelmente menos professores se interessariam. Mas se for para construir uma enciclopédia em português com fins educacionais, esse seria um objetivo muito mais interessante e importante dentro do nosso contexto. Trabalhar também com traduções ajudariam a atingir essa meta. Talvez um material voltado a professores e estudantes e uma enciclopédica básica com uma qualidade mínima naturalmente levaria a um maior envolvimento de pessoas da escola nos projetos Wikimedia.

4. Projeto Wikimedia(?) no Ensino Eu tendo a concorda com o argumento que é nas universidades onde podemos encontrar mais gente com um espírito crítico e treinamento suficientes para escrever melhores verbetes enciclopédicos. Dentro do contexto brasileiro, há casos em que isso não é válido. Podemos ter escolas de elite do ensino médio com estudantes mais bem preparados que algumas faculdades (e é triste esse quadro, na minha opinião). Mas esse não é um motivo do porquê seria bom envolver escolas nos projetos Wikimedia. Há um preconceito muito grande por parte dos professores do ensino fundamental e médio em relação a Wikipédia, tão grande quanto o preconceito por parte dos professores universitários e talvez mais nocivo. Da maior parte dos jovens estudantes que converso, quando pergunto o que acham sobre a Wikipédia, a maior parte diz que o professor do colégio ensina que não é confiável e que não é para usar como fonte de informação (e não é mesmo, a Wikipédia, como qualquer outra enciclopédia, deve ser um ponto de partida para suas fontes). Acho que iso reflete mais a inabilidade do professor em lidar com a cópia do conteúdo da Wikipédia em trabalhos escolares, do que ele realmente acreditar que é ruim. Com diversos professores do ensino médio que conversei a maior parte diz que seus alunos copiam da Wikipédia - uma pesquisa deveria ser feita sobre isso e como a maior parte tenta contornar o problema.

Claro que isso poderia mudar um dos focos do Programa Wikipédia no Ensino, que é o de melhorar a qualidade da Wikipédia em português, e viraria um Programa Wikimedia no Ensino, mas poderia fazer sentido a médio ou longo prazo dentro do nosso contexto. Se desenvolvêssemos atividades dentro das escolas onde os alunos possam usar o Wikimedia Commons e a Wikiversidade, por exemplo, conceitos como conteúdo livre e como trabalhar colaborativamente poderão ser desenvolvidos com mais facilidade pelo professor. E também, num eventual material voltado ao ensino fundamental e médio, colocaríamos explicações para os professores e estudantes sobre o funcionamento da Wikipédia e como fazer uma leitura crítica sobre seu conteúdo. Isso, inclusive, lembra uma conversa que tive com uma amiga alemã que desenvolve há anos projetos educacionais em favelas do Brasil. Ela notou como em história, por exemplo, os jovens estudantes citam um único livro como fonte de uma verdade, como se fosse um livro sacro, contrário ao pensamento científico - diferentemente do que ocorre na Alemanha já no colégio, segundo essa amiga e o próprio diretor do Wikipedia Education Program, o Frank Schulenburg. De fato, explorar que não existe uma única fonte de informação e que devemos desconfiar dos peritos é pouco ensinado nos colégios (eu pelo menos não fui ensinado e eu era apenas um mero consumidor de informação), até mesmo em alguns considerados bons (impressão a partir da conversa com amigos, claro que há exceções). Por isso, talvez desenvolver também um material para essa grande maioria de professores dos níveis mais básico explicando sobre os projetos Wikimedia teria um impacto não tão logo, mas sim a médio ou longo prazo. --ezalvarenga (discussão) 23h14min de 16 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

P. S. Quem tiver tempo e interesse, vale muito a pena ler a discussão entre a comunidade da Wikipédia em inglês sobre possíveis rumos do Programa nos EUA e Canadá: Request for comment on the Wikipedia Education Program (ver página de discussão). Há até quem questione a necessidade de um programa lá. Eu, particularmente, vejo muito mais sentido a importância de um programa de ensino envolvendo os projetos Wikimedia em paises onde há, de fato, uma maior carência de conteúdos educacionais livres e de qualidade. Temos que ver se a organização que mantém esses projetos concorda. Certamente uma maioria do norte global encontraria mais dificuldade para perceber isso. --ezalvarenga (discussão) 23h23min de 16 de outubro de 2012 (UTC)[responder]


Mesmo que trabalhemos da forma como viemos trabalhando, acho que vale uma experimentação no modelo de escolhermos, junto com a comunidade, N verbetes que precisam ser melhorados e têm potencial para alcançarem pelo menos qualidade 4 e propor que se trabalhe neles. O problema disso é nossa capacidade de treinamento (pode ser que uma turma inteira trabalhe em apenas um verbete?). Será que utilizar o modelo que vão adotar no Cairo, ou seja, organizar treinamentos agendados na cidade em que estudantes e professores de qualquer universidade possam ir (realizar, por exemplo, X oficinas ao longo de um semestre em Y locais centrais e convidar todos os interessados), seria um caminho? Ou São Paulo é grande demais para que isso funcione bem? Ou será que esse modelo serve menos ao programa Wikipédia no ensino e mais a uma campanha geral?--Oona (WMF) (discussão) 12h47min de 17 de outubro de 2012 (UTC)[responder]
  • Eu tenho grande interesse em participar e já ameacei algumas vezes, mas confesso que sinto falta de um job description mais claro. Somos voluntários e obviamente não podemos nos dedicar o dia todo ao projeto. Por outro lado, os cursos tem uma necessidade bem identificada e precisam de algum "compromisso firme" (contrato, ainda que informal) de participação (pra não deixar ninguém "na mão, como justamente reclamou a Juliana). Enfim, seria suficiente pra mim se houvesse "grades de horário" nas quais eu pudesse me inscrever previamente como tutor (tipo "todas as quintas e sábados e dias de semana da 17:00 às 19:00"). Acho que esse espirito se adequa mais à nossa verve voluntária, mas é só minha opinião... José Luiz disc 22h19min de 18 de outubro de 2012 (UTC)[responder]
A grade de horário é uma boa saída. Um dos maiores problemas que temos é quando ocorre algum problema durante a aula e precisamos de alguém para ajudar a resolver (questões técnicas, bloqueios, editores revertendo trabalho, comentários ríspidos nas páginas de discussão dos alunos). Precisei muitas vezes de ajuda na hora da aula e não tive a quem recorrer. Considerem que não tenho o perfil de professora totalmente novata, nem o Otavio é um embaixador novato, como na maioria dos outros casos... O IRC não é garantia de ajuda imediata, nem os cafés. Sendo assim, uma grade de horários para todos os cursos, alocando os embaixadores online não por curso mas sim por horário, pode ser uma saída interessante. Aí outro tipo de trabalho seria a ajuda individual, mas próxima ao sistema de tutoria. Podem ser dois tipos de embaixadores online diferentes.Domusaurea (discussão) 01h32min de 19 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Oona, acredito que fazer X oficinas em Y locais poderia funcionar em São Paulo se os objetivos do projeto e a forma como escolhermos os cursos forem outros. Para uma cidade como São Paulo e vendo o número de professores só da cidade que mostraram-se interessador a partir da chamada, seria muito difícil casar essas X oficinas com os diversos calendários de cada curso universitário, ainda mais em localizações tão diversas e a dificuldade de locomoção que existe aqui. Se fosse focar num só local, como por exemplo um campus universitário ou uma única faculdade, talvez faria mais sentido isso. E não estou certo se nossas oficinas são eficientes o suficiente treinar alguém para alguém dar o apoio necessário ao longo do semestre. Relatos como esse do Otavio são muito importantes para aprimorarmos as oficinas, mas precisaremos sistematizá-las a partir dessas boas práticas e gravá-las para consulta posterior, na minha opinião. Se eu quiser saber como foram as oficinas nos outros países, o máximo que obtenho são respostas vagas, então me parece ser algo fundamental arquivarmos o que estamos fazendo para posterior consulta. --ezalvarenga (discussão) 20h43min de 22 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Sobre as oficinas em outros países, essa falta de compartilhamento de experiências me dá desespero! Daí minha súplica naquele Request for Comments (na talk), que por sinal não deu em nada. Tom e Oona, por favor, ajudem-me a dizer a eles que precisamos trocar essas experiências locais... Eu me sinto trabalhando no escuro às vezes. Não é possível, por exemplo, que ninguém tenha feito ou esteja fazendo o tipo de material de apoio que precisamos fazer. Domusaurea (discussão) 22h22min de 22 de outubro de 2012 (UTC)[responder]
Juliana, vou levantar esse ponto lá fora. Eu concordo plenamente com você. --ezalvarenga (discussão) 22h31min de 22 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

O ponto levantado pelo José Luiz é fundamental para o sucesso do projeto nesse modelo de embaixadores dando apoio para novos editores. O trabalho realizado pelos voluntários da Wikipédia não tem horário, enquanto os cursos têm. Já houve curso que tive que ir presencialmente em faculdade onde possuíamos 5 embaixadores de campus, mas que não estavam livres no horário da aula. Fazer uma grade pode ser uma boa, mas fico me perguntando se nos longos intervalos sem atividades (e imprevisíveis!) ao longo de um curso com atividades na Wikipédia não desestimularia um embaixador online. Seria possível preenchermos essa grade ao longo de um semestre com o número atual de voluntários envolvidos no projeto? Como informar os voluntários que numa determinada semana eles vão ter atividades? Estamos com quase 2,5 meses e em 6 cursos os embaixadores online que foram colocados a disposição dos professores praticamente não foram solicitados - vamos ver com os outros cursos que vão começar mais tarde por causa da greve.

O ponto é: a Wikipédia funciona através de uma comunicação assíncrona. Como estabelecer esse comprometimento informal com voluntários para uma comunicação síncrona que possa casar com os diversos calendários dos cursos? Sugestões para resolver esse problema são muito bem-vindas.

É por isso que estou enfatizando a importância de elaborarmos materiais didáticos sobre o uso da Wikipédia, os objetivos do programa e como participar dele. Não só os tutoriais escritos na linha do que bem expôs o Polyethylen, como também vídeos. Mesmo com uma comunicação assíncrona, já houve caso em que embaixadores (de campus e online) se comprometeram a ajudar, mas alguns abandonaram, acabaram não ajudando quando requisitados ou não tiveram a pró-atividade necessária para esse tipo de projeto dar certo. --ezalvarenga (discussão) 20h43min de 22 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Quanto ao momento de acionar os embaixadores online no curso, acho que isso deve estar muito claro pelos (e para) os professores dentro do conteúdo programático, até para que possam repassar corretamente as demandas. Eu geralmente preciso de dois tipos de ajuda: essa parte de suporte técnico durante o curso e feedback nas talks dos sandboxes. São demandas bem diferentes entre si e com momentos diferentes. Esse feedback pode ser dado a qualquer hora dentro da semana entre duas aulas, mas precisa ser dado até a aula seguinte, para que o aluno evolua no seu trabalho. Domusaurea (discussão) 21h59min de 22 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Devemos trazer especialistas para a Wikipédia? Como reativar os WikiProjetos?[editar código-fonte]

O objetivo do Programa Wikipédia no Ensino é envolver cursos universitários e, a partir de tarefas para os estudantes que envolvem a Wikipéda, melhorar a qualidade da enciclopédia. O tópico está ficando longo, portanto vou quebrá-lo na medida em que forem surgindo ideias. Gostaria muito saber o que outros colaboradores do projeto pensam sobre se

  1. Devemos trazer especialistas em diversas áreas do conhecimento para contribuir mais com a Wikipédia? Devido a natureza da participação horizontal aqui, há interesse por parte da comunidade que isso ocorra?
  2. Como revitalizar os WikiProjetos? Como foi apontado nessa discussão sobre um WikiProjeto Professores, os WikiProjetos estão praticamente inativos e eles me parecem fundamentais para elevar a qualidade da Wikipédia por área de conhecimento.

Ambas questões estão relacionadas e a segunda depende da primeira, na minha opinião. --ezalvarenga (discussão) 21h01min de 22 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Pra primeira, creio ter interesse e isso ser consenso. Quanto mais gente com mais conhecimento melhor. O único porém é o especialista se adaptar a Wikipédia e como ela funciona, e q suas credenciais não tem valor nenhum por aqui.
Pra segunda, é bem difícil. Todos os projetos só andam se tiver alguém "carregando" o projeto nas costas, tem q ter uma pessoa bem ativa, para acompanhar o projeto e dar alguma resposta (qualquer uma) aos comentários feitos na discussão, só responder as perguntas já é o suficiente para considerar o projeto como ativo e assim ir atraindo (e retendo) os interessados. Nossos wikiprojetos nunca tiveram mt gente atuando em simultâneo, ao menos minha impressão é de projetos terem de 5-10 no máximo (dependendo do tema, de quão 'novos' são o projeto, e o quanto estão aparecendo na mídia), então ter 1 ou 2 usuários bem ativos no projeto já cuidaria de todos os problemas. O trabalho em conjunto vai aparecer depois naturalmente.
Rjclaudio msg 22h24min de 22 de outubro de 2012 (UTC)[responder]
  1. E o que eles ganham com isso? Haverá interesse por parte dos especialistas para que isso ocorra? Enfrentar as dificuldades e ranhetices da Wikipédia é o melhor que eles podem fazer com o que sabem para ter um impacto positivo sobre a humanidade?

    Imagine um mundo em que cada pessoa no planeta tenha acesso gratuito à soma média ponderada (com pesos questionáveis) de todo o conhecimento da humanidade. É isso que estamos fazendo.

  2. Uma das coisas que mais atrapalham na realização de uma tarefa (ou um conjunto delas, no caso dos wikiprojetos) é o sistema de comunicação entre os participantes: páginas wiki não foram feitas para trocar ideias! O lag é muito grande (e se diminui muito, aumenta novamente devido aos conflitos de edição). Coisas que levam semanas ou meses para se discutir e chegar a um acordo conversando por meio de páginas do MediaWiki podem ser resolvidas em poucas horas ou minutos se a discussão ocorre em tempo real, por um chat. Páginas de discussão são ineficientes demais, na minha opinião. Helder 00h25min de 23 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Comentário Perdão por chegar de paraquedas, pois afinal não participo do programa Wikipédia na Universidade. A necessidade de ter-se um especialista em um assunto ou área é fundamental tanto para o aumento da qualidade dos artigos referentes à aquele assunto e para atrair novos voluntários. Eu, por exemplo atuo em cerca de 85% das minhas edições em música cristã, algo que tenho um conhecimento razoável, além de trabalhar no assunto em meus momentos off-wiki. Com a minha chegada aqui pude criar um WikiProjeto relacionado ao tema, e desde então pude ajudar vários novatos para que continuassem a editar aqui, e destes novatos vieram muitos outros. Resumindo, o ideal seria no mínimo 1 para cada área específica, mas há temas que é praticamente impossível. Tiago Abreu 23h34min de 22 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Concordo com o Helder nos dois pontos e acrescento: a comunidade precisa ser muito paciente com novos editores para aumentar a taxa de retenção. Uma das justificativas que leio por aqui é algo como "leia as regras (quais?) antes de clicar no botão salvar" e isto está na contramão do que percebo ser o caminho natural de editar, errar e aprender o certo. Mas entre errar e aprender corretamente tem um abismo provocado por vários fatores.OTAVIO1981 (discussão) 11h32min de 23 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Comentário Trazer/reter especialistas e reactivar os wikiprojetos são duas coisas intimamente ligadas. Ninguém gosta de trabalhar sozinho. Muita gente qualificada desiste porque não tem ninguém com quem debater um assunto, pedir uma segunda opinião ou pedir ajuda em determinado campo. Ou melhor, até pode ter, mas fica muito difícil encontrar essa pessoa e a maior parte das que encontra são, usando uma expressão soft, completos leigos em qualquer assunto. Os wikiprojetos deveriam funcionar como o ponto de encontro entre as pessoas de determinada área, mas não funcionam por dois motivos:

  1. Não se consegue fazer uma distinção entre quem é especialista e quem se inscreveu só porque lhe apeteceu. Na en.wiki, por exemplo, as "listas de participantes" dos wikiprojetos são de gente que efectivamente percebe do assunto e é capaz de responder a dúvidas de conteúdo. Se vocês procurarem alguém da lista, muito provavelmente pode-vos fazer a revisão de um texto, indicar fontes, explicar um conceito, sugerir bibliografia e consultar bibliografia que tenha em casa. Muitos são profissionais da área e trabalham há décadas no tema, e mesmo os que não são profissionais estão de qualquer forma ligados ao tema e têm um nível de conhecimento superior à média. Na pt.wiki é tudo menos isto. A maior parte das listas, sobretudo desde há uns anos para cá, são compostas por garotos sem qualquer noção do tema, mas que estão inscritos só porque "gostam" do tema na escola. Nem têm capacidade para responder a nada, nem para ajudar outros editores de outras áreas no conteúdo e, sobretudo, é motivo de extrema desilusão para um especialista novato que aí chegue ver que, afinal, a lista é enganadora e não há ninguém com quem debater assuntos/colaborar. E acabam por se desinteressar.
  2. Os wikiprojetos estão fragmentados. Existe, actualmente, um número enorme de wikiprojectos sobre temas muito particulares. Isto até podia ser interessante se houvesse 50x mais editores na pt.wiki. Mas não há. Os editores são escassos, e ainda mais escassos nos temas sérios e eruditos. Parece-me que este grande número de sub-wikiprojetos foi criado numa altura em que efectivamente ainda havia alguns editores para tal há uns anos, mas a tendência foi sempre a diminuição. Como consequência, ou estão abandonados, ou têm no máximo um editor activo, o que não serve para nada.

Eu só vejo duas soluções para resolver o problema:

  1. Fazer um reset completo a nível de wikiprojectos. Começar do zero e com temas principais como forma de combater a fragmentação. Definir uma série de disciplinas básicas, como por exemplo "arte", "história", "biologia", "medicina", "ciências exactas" (física, química, matemática, etc) ou então "ciência" e começar a partir daí. Começávamos com sete ou oito wikiprojetos básicos, mas ao menos reuníamos todos os interessados num tema, ainda que de vertentes diferentes, e gerava-se alguma discussão, colaboração e encontro entre editores, ao invés de termos muitos wikiprojetos abandonados que não servem para nada. Dando um exemplo, os wikiprojetos de história da ciência ou de bioquímica poderiam funcionar num wikiprojeto geral de "ciência" ou "biologia". O que é que impede de haver uma discussão de um artigo de bioquímica num projeto de ciência? Nada. Até é positivo.
  2. Reformular as "listas de participantes". Distinguir claramente, através de duas listas, quem é que participa porque é especialista e quem é que participa porque quer colaborar. Eu quando me dirijo a um wikiprojecto é porque quero, em princípio, encontrar alguém para me ajudar numa revisão ou me explicar um termo. Não tenho nada contra quem só quer ajudar, mas preciso de uma ferramenta que me ajude a distinguir quem é que me pode tirar a dúvida ou quem está ali só para encher a lista. E nesta inscrição deveria estar especificada a área de formação ou de trabalho. Por exemplo, um inscrito como especialista na área de medicina deveria incluir uma descrição muito breve do género de "médico há 10 anos na área de nefrologia", "investigador em bioquímica" ou "formado em bioquímica na universidade X em 1995". Não é preciso revelar detalhes privados, só uma indicação que ajude quem ali procura ajuda a perceber quem está melhor preparado para tirar uma dúvida em vez de ter de spammar várias páginas de discussão. E mesmo para os demais participantes deveria haver algum critério de inclusão, como um pequeno número de edições nesse tema já que não faz sentido alguém que nunca escreveu uma linha num artigo de História estar inscrito num projecto de História.

Polyethylen (discussão) 15h59min de 23 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Acredito que seja possível executar as duas soluções juntas. Tiago Abreu 16h14min de 23 de outubro de 2012 (UTC)[responder]
Isso soa em parte como os perfis globais descritos em mw:GlobalProfile/design (imagem - veja a seção de "afiliações"). Helder 16h16min de 23 de outubro de 2012 (UTC)[responder]
A idéia me parece boa mas não consigo visualizar como colocá-la em prática. Além de não ser possível comprovar previamente se determinado editor tem o conhecimento que alega, muitos não querem expor tais informações. Por questões pessoais, por exemplo, e devemos respeitar isso. Da experiência que tenho de outros wikiprojetos o que faz a reputação do editor são as suas respostas. Se é ativo, será procurado. Se demonstra ter conhecimento em determinada área, será a "referência" para o assunto. Leva tempo mas é o modo que até então tenho visto as pessoas construirem suas identidades virtuais.OTAVIO1981 (discussão) 16h36min de 23 de outubro de 2012 (UTC)[responder]
Duas observações: não há "quebra" de privacidade a não ser que o editor assim o deseje. Incluir uma informação básica e vaga como "investigador em botânica há vários anos, com formação em biologia celular" não identifica ninguém e é mais do que suficiente para o propósito. Se o editor quiser associar isso ao uso do nome real e a especificar com mais detalhe a universidade de formação, o local de trabalho ou de ensino, aí sim; mas isso é voluntário e opcional, ninguém o está a obrigar a tal. Segundo: Sim, a reputação constrói-se. Tudo o que disse é verdade. Mas demora imenso tempo. Não se pode esperar de alguém que esteja cá há duas semanas ou edite ocasionalmente que conheça todos os editores consoante a sua reputação e os artigos que editam. Eu próprio tenho imensa dificuldade em encontrar um editor de uma área específica e não posso abrir o histórico de duzentos artigos de uma área para tentar descobrir alguém. Isso é trabalho de detective. Já por inúmeras vezes precisei de uma revisão ou de tirar uma dúvida e não encontrei ninguém. As listas dos wikiprojetos no formato actual são inúteis para o seu propósito. Não percebo a pt.wiki, não percebo este sistema em que não se valoriza quem conhece e em que não se promove o uso/divulgação desse conhecimento. Obviamente que a pessoa pode ser um mau especialista, mas isso só vem confirmar a minha proposta: é preciso agregar as pessoas com determinado conhecimento e coloca-las a trabalhar em conjunto, até para "desmascarar" os que editam por conta própria fazendo-se especialistas e falsas autoridades, mas que podem estar completamente equivocados precisamente por não haver pares que os contestem. Polyethylen (discussão) 17h14min de 23 de outubro de 2012 (UTC)[responder]
Concordo que se comece a incentivar os participantes de Wikiprojetos a listar em que é que estão interessados dentro do projecto e se estão qualificados para ajudar outros. Ninguém vai estar a verificar se isso é verdade, mas "mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo". Vejam um exemplo em Wikipédia:Projetos/Medicina/Participantes. Também concordo em ter alguns "mega" projectos para aglomerar os poucos participantes, desde que se não deite fora a estrutura já existente, útil para algumas tarefas. GoEThe (discussão) 17h42min de 23 de outubro de 2012 (UTC)[responder]
Ao ver essa lista, lembrei-me também de outro aspecto importante: haver um critério único para definição de inactivo entre todos os projectos de modo a qualquer editor poder limpar as listas. Acho que não há nada mais desmotivador para um novato do que apontar meia dúzia de contactos da lista, contactá-los e ninguém responder. O novato não tem a capacidade para perceber se o editor é ou não activo nem vai verificar a data da última contribuição, e pensa que o estão a ignorar. Polyethylen (discussão) 18h14min de 23 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Ideia Central de perguntas por tema Pessoal, essa conversa e o que estão expondo me lembrou algo que me perguntei recentemente. Ao ver esse Reference Desk (uma espécie de central de referências por áreas bem gerais, como sugerido pelo Polyethylen), me perguntei por que não tínhamos algo na Wikipédia lusófona. Como mencionei no tópico onde surgiu a ideia do WikiProjeto de professores, participei por anos de um fórum de discussão para tirar dúvidas de física numa comunidade dessas redes sociais populares entre os jovens. Por incrível que pareça, conseguimos criar um ambiente sério onde muitos jovens tiravam dúvidas (muitas vezes com links para a Wikipédia em ingles) e estudantes e pesquisadores de física de diversos níveis auxiliavam as pessoas. Isso criava uma dinâmica de aprendizado e chegava até mesmo a criarem conteúdo original, que certamente servia para aprimorar a Wikipédia. Havia uma troca de informações muito grande e chegaram a participar até professores muito eruditos, como o professor Henrique Fleming (veja uma entrevista com ele), ou grande divulgadores que participaram de uma entrevista, como o Marcelo Gleiser (entrevista). Isso me fez até estimular alguns dos meus amigos que cuidavam do fórum para começarmos a colocar esse conhecimento de física e matemática na Wikipédia em português, pois me dava desespero pensar que tudo aquilo estava num fórum fechado num site de uma empresa privada, que seria facilmente perdido e não ficava indexado pelos mecanismos de busca da Internet.

Temos uma política de que a Wikipédia não é um fórum de discussão (há uma versão em inglês), mas me parece que a ideia por trás dessa política é não usar o espaço público da Wikipédia para assuntos que não são de interesse para uma enciclopédia com fins educacionais. Inclusive, isso me lembra um dado importante que a Jessie mostrou certa vez, o quão pouco as páginas de discussão dos verbetes são pouco usado na Wikipédia em português em relação a em inglês - não acho que isso seja apenas por causa da diferença abismal do número de voluntários. Por exemplo, esses dias vi alguém com uma dúvida técnica sobre medicina e alguém recomendou um editor da área, o que me parece a coisa mais natural do mundo para a construção do conhecimento. Qualquer um aqui que esteve num ambiente acadêmico pesquisando algum tema sabe da importância da "conversa de corredor" entre seus pares e a Wikipédia me lembra muito um espaço desse, mas não conseguimos centralizar ou criar esse corredor ou ponto de encontro. Acredito que poderíamos construir uma central de dúvidas, com um cuidado para não virar um local para crianças pedirem para resolver seu dever de casa, mas para construirmos conhecimento enciclopédico a partir de dúvidas conceintuais e atraindo especialistas de diversas áreas. Talvez seria o caso de abrir uma proposta só para isso, mas gostaria antes de ouví-los sobre a Wikipédia em português possuir uma central de dúvidas semelhante a versão anglófona. --ezalvarenga (discussão) 18h33min de 23 de outubro de 2012 (UTC) P. S. O Café dos tradutores é outro exemplo onde já vi discussões riquíssimas sobre como traduzir de outra língua para o português. --ezalvarenga (discussão) 18h39min de 23 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Boa ideia. Acho isto fundamental. Pode até servir para começar a haver um quadro de especialistas (professores ou profissionais da área) que não tenham assim tanto tempo ou vontade para editar a wiki, mas que não se importem de responder a uma ou outra dúvida. Com o tempo, pode-se criar o estímulo de fazerem algumas correcções em artigos que apareçam nas discussões. Polyethylen (discussão) 18h43min de 23 de outubro de 2012 (UTC)[responder]
Central de dúvidas? Esse não é o papel dos wikiprojetos? Tá com dúvida sobre medicina vai no projeto medicina e pergunta lá. Criar mais uma página para se tirar dúvidas? A um tempo existia o café das exatas / café das humanas, e eles foram inativados justamente pq já existe wikiprojetos para isso. Até o café dos tradutores poderia ser dispensado, só usar um wikiprojeto tradução e fazer o redirect. A vantagem de ter projeto ao invés de café é poder usar uma estrutura mais complexa/completa de páginas.
Apoio totalmente reformular a estrutura de projetos, e fazer de cima para baixo, fortalecendo os projetos mais gerais para só depois passar a usar os mais específicos. Exceto, talvez, de temas mais populares que são uma boa porta de entrada então ter projetos específicos para esses temas ajuda.
Critério de inatividade, acho q teve discussão sobre isso, o danilo.mac até fez um script para separar os inativos das listas de participantes seguindo esse critério. Uma dificuldade q teve foi q mts projetos tinham mt variação na estrutura da lista de participantes, atrapalhando o script.
Rjclaudio msg 19h04min de 23 de outubro de 2012 (UTC)[responder]
Claudio, lembro claramente como encarei um WikiProjeto na primeira vez que vi, o de ser um local onde wikipedistas se juntam para melhorar verbetes relacionados a um tema. Olhando o WikiProjeto de física, não fica claro para mim que posso 1. tirar dúvidas, 2. encontrar um espaço para discussões conceituais sobre um assunto (inclusive, só fui descobrir que existia apenas 3 anos depois de criar uma conta aqui). Se formos usar a lógica das páginas de discussão, poderá continuar ocorrendo como em muitos WikiProjetos em que alguém chega animado, mas não obtém nenhuma resposta. Veja, por exemplo, o Science Reference Desk. A impressão que me passa é totalmente diferente de um WikiProjeto e acho que o nome da página e sua apresentação inicial é fundamental para a pessoa ao entrar nela nas primeiras vezes (lembra da discussão "Café dos novatos" vs. "Tire sua dúvida"?). O desafio é se conseguiríamos criar uma dinâmica de discussões (e se a comunidade aceitaria isso) em torno de temas importante para uma enciclopédia com fins educacionais. --ezalvarenga (discussão) 19h17min de 23 de outubro de 2012 (UTC) P. S. interessante ver o quão rico é esse espaço se procuramos por um tema. Procurei por speed light (velocidade luz), um dos conceitos mais recorrentes em fóruns de física, e aparentemente (sem tempo de ler com calma) há tópicos com boas discussões. --ezalvarenga (discussão) 19h28min de 23 de outubro de 2012 (UTC)[responder]
Eu sou contra esse espaço de tirar dúvida. Se fossem dúvidas sobre os artigos, q a resposta seria usada para ajudar na construção de artigos, aí concordo. Algo como "estou criando um artigo sobre velocidade da luz, tive uma dúvida sobre esse conceito, alguém tem alguma boa fonte para indicar (ou para responder essa minha dúvida) para eu poder escrever melhor essa seção?"
E aí a estrutura dos wikiprojetos é apropriada por ser um espaço para cooperação com objetivo de desenvolver os artigos. Talvez mudar o layout das páginas principais dos projetos pra ficar mais claro q pode contar com a ajuda do projeto para tirar dúvidas que aparecem quando se está construindo o artigo. E dificuldade de se encontrar, tudo que for feito para ser fácil achar uma central de dúvidas pode ser feito para ser fácil achar os wikiprojetos. Falta de visibilidade existe para os dois, e os dois precisam de visibilidade, se conseguir deixar a central de dúvida bem visível tb pode (tb terá) q deixar os wikiprojetos bem visíveis, então essa dificuldade não justifica mt a criação de um novo espaço.
Mas a maioria das dúvidas que aparecem ali no reference desk são apenas dúvidas de pessoas q querem entender mais sobre um tema. E isso foge um pouco do escopo do projeto, que é construir uma enciclopédia, para um projeto para ensinar pessoas, q me parece ser mais apropriado para uma wikiversidade ou wikilivro.
E não vou me alongar mt nesse espaço (não comentarei mais aqui) pq já não estou gostando da situação por aqui: WP no ensino, especialistas, wikiprojeto, central de dúvidas, já tá com assunto demais em um único tópico, já é uma esplanada/propostas dentro da esplanada/geral. Isso atrapalha bastante seguir a discussão, atrapalha o histórico/páginas vigiadas (o motivo de cada tópico ter sua própria página) e tb depois qnd estiver arquivado, e para fazer os links depois.
Rjclaudio msg 19h40min de 23 de outubro de 2012 (UTC)[responder]
Concordo em mover para outro tópico e amadurecer a ideia com a comunidade. Só posso fazer isso amanhã a tarde, preciso terminar algumas coisas. --ezalvarenga (discussão) 19h54min de 23 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

Um apresentação na Wikimania que parece interessante relacionada a WikiProjetos, The purpose-driven social network: Supporting WikiProjects with technology. Estou tentando achar o vídeo aqui: youtube.com/user/wikimediadc. --ezalvarenga (discussão) 23h11min de 30 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

O excelente trabalho desenvolvido principalmente pelo Polyethylen está em discussão em WikiProjetos 2.0. --ezalvarenga (discussão) 10h35min de 23 de novembro de 2012 (UTC)[responder]

Ideias[editar código-fonte]

Vou começar a listar aqui algumas ideias que estão surgindo a partir desse tópico e outras conversas. Sintam-se livres para acrescentar outras propostas e de preferência adicionem link para detalhes delas. --ezalvarenga (discussão) 18h34min de 22 de outubro de 2012 (UTC)[responder]

  • WikiProjetos Professores: criar um WikiProjeto para atrair especialistas de diversas áreas (detalhes no link).
  • Termos dois tipos de tutores online: um que se dedica ao curso em si, mas sem garantia de horário. E um outro, com grade fixa, com o compromisso de estar online durante cada aula (foi discutido aí em cima).
  • Criar uma central de dúvidas análoga a Wikipédia anglófona (proposta a ser discutida para ver se é aceita e elaborada com a comunidade posteriormente)
  • Reativar os Wikiprojetos