Zedequias Manganhela

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Zedequias Manganhela
Nome completo Zedequias Manganhela
Nascimento 25 de outubro de 1912
Magugo, Matutuine
 Moçambique
Morte 13 de dezembro de 1972 (60 anos)
Maputo
Ocupação Pastor

Zedequias Manganhela (Magugo, Matutuine, 25 de Outubro de 1912Maputo, 13 de dezembro de 1972) foi um pastor presbiteriano que se destacou na instrução e sobretudo na sensibilização dos seus compatriotas contra as injustiças do colonialismo.[1]

Cronologia[editar | editar código-fonte]

  • 1912 - Nascimento de Zedequias Manganhela, na povoação de Magugo (Matutuine), a 25 de Outubro.
  • 1926 - Zedequias Manganhela ingressa na Missão Suíça de Matutuine (Checha), onde se converte ao cristianismo e faz os seus primeiros estudos com o Professor Ezequiel Mulambo. Nesta Missão, Manganhela trabalhou como empregado doméstico da família Duvoisin, os quais se tornaram mais tarde seus tutores e amigos.
  • 1931/33 - Estudante do ensino primário em Ricatla , depois de uma breve passagem por Lourenço Marques. Perde a mãe em 1932.
  • 1933/34 - Evangelista em vários igrejas anexas à estação da Missão Suíça de Matutuine, entre as quais: Fotxholo, Masuhane, Madlhadlhane, T xhalaza e N tembeni.
  • 1934/37 - Frequenta a escola de formação de professores indígenas de Alvor.
  • 1938/40 - Professor primário do ensino destinado à população indígena em Nsime (Catembe), Missão Suíça.
  • 1940 - Casa com Leonor Hunguana, a 14 de Dezembro.
  • 1941/44 - Professor da Missão Suíça em Muguejo, Manhiça.
  • 1945/47 - Frequenta a Escola Pastoral de Ricatla - Marracuene.
  • 1948 - .Trabalha como estagiário em Matutuine; consagrado Pastor em 22 de Agosto, juntamente com Bernardo Manganhela, seu irmão, Casimiro Pedro Matié, João Machava e Ernesto Zitha. Ano de declaração do lumuko.
  • 1948/58 - Pastor em Nsime, Catembe.
  • 1958 - É transferido para a paróquia de Chamanculo, em Lourenço Marques.
  • 1959/60 - Frequenta o Seminário Teológico de Carcavelos; Delegado da igreja presbiteriana em representação dos Vuronga e Vustonga, na Assembleia Geral da Aliança Reformada Mundial, em São Paulo (Brasil), de 27 de Julho a 6 de Agosto; primeira viagem

à Suíça, de 18 de Setembro a 15 de Janeiro de 1960.

  • 1961 - Por ocasião de uma visita de Eduardo Mondlane a Moçambique, este encontra-se com Manganhela e faz uma pregação para os crentes da IPM na paróquia de Manganhela, em Chamanculo.
  • 1963 - Eleito presidente do Conselho Sinodal da Igreja Presbiteriana de Moçambique, tendo Casimiro Matié assumido a vice-

-presidência.

  • 1966 - Segunda visita à Suíça, de 27 de Maio a 13 de Outubro. Encontra-se com Eduardo Mondlane em Basin, a 17 de Julho do mesmo ano.
  • 1968 Reconduzido ao lugar de presidente do conselho do sínodo.
  • 1970 - Terceira visita à Suíça, de 10 de Março a 15 de Maio. Assinatura da Convenção entre o DM e a IPM para a independência

da igreja moçambicana.

  • 1972 - Sínodo de Antioca; visita ao centro e norte do país acompanhado por Andrié; prisão de Zedequias Manganhela (13 de Junho) e de outros membros da IPM, ao abrigo da "Operação Vendaval" (Junho); visita de uma delegação do DM a Moçambique, composta por de Rham e Georges Andrié, para esclarecimento das prisões de membros da IPM; celebrada missa na cadeia da Machava com os prisioneiros da IPM, a 08 de Setembro, com a participação dos representantes do DM e do bispo Pina Cabral, na presença do inspector Lontrão; morte de Zedequias Manganhela (11 de Dezembro); a 12 de Dezembro, o DM toma conhecimento da morte de Manganhela; 13 de Dezembro, funeral de Manganhela; bispo Pina Cabral intercede junto a Marcello Caetano para esclarecimento das razões das prisões de membros da IPM (carta de 15 de Dezembro); informação oficial sobre a morte de Manganhela aos órgãos de comunicação social a 17 de Dezembro; nomeada comissão de inquérito, chefiada por Valadas Preto, para averiguar as causas da morte do Pastor Manganhela; 24 de Dezembro, os Pastores Vonnez e Funzamo celebram a Santa Ceia na cadeia da Machava para os prisioneiros da IPM; a 28 de Dezembro, são libertos da cadeia da Machava, depois de uma reclusão de cerca de seis meses, 37 presos membros da IPM.[2]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Tereza Cruz e Silva, Zedequias Manganhela - Uma Biografia Contextualizada, Editora, 2013
  2. Tereza Cruz e Silva, Zedequias Manganhela - Uma Biografia Contextualizada, p. 17, Editora, 2013