Tetrafármaco

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Tetrafármaco (em latim: tetrapharmacum; em grego clássico: τετραφάρμακος/τετραϕάρμακον; romaniz.:tetraphármakos/tetrapharmakon; lit. "as quatro drogas") era um composto farmacêutico conhecido na farmacologia da Grécia Antiga como uma mistura de cera, resina, breu e gordura animal, na maioria das vezes a gordura de porco.

Metáfora de Epicuro[editar | editar código-fonte]

A palavra 'Tetrafármaco' foi usada por Epicuro e seus discípulos como preceito de quatro remédios para a cura da alma (em especial às ansiedades humanas)[1]:

  • Não há nada a temer quanto aos deuses;
  • Não há necessidade de temer a morte (fim das sensações);
  • A felicidade é possível (ético-lógica: a história tem mudança; fases finitas);
  • Podemos escapar à dor (educação dos sentidos).

Prato romano[editar | editar código-fonte]

Também foi um prato complicado e caro em cozinha romana imperial. Continha úbere de porca, faisão, javali e presunto em massa. A única fonte de informações sobrevivente sobre o tetrafármaco é a história de Augusto, que menciona três vezes, uma brincadeira do final do século IV alegando ser uma história do final do século III. Todas as três menções são creditadas à biografia redescoberta de Adriano por Mário Máximo. Segundo esta fonte, o César Lúcio Élio (morto em 138) inventou o prato, o seu colega sênior, o imperador Adriano aprovou; o imperador seguinte, Alexandre Severo, gostou muito.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. PAULO GHIRALDELLI JR. JustTV, programa hora da coruja: Tetrapharmakon de Epicuro. 3 de março de 2012. Disponível em: http://www.justtv.com.br/portal/hora-da-coruja/. Acessado em: 27 fev. 2013.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Galen, On the properties of simples (vol. 12 p. 328 Kühn).
  • Augustan History Hadrian 21, Aelius 5, Alexander Severus 30.