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Troquilíneos

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Troquilíneos
Selasphorus calliope no Colorado, Estados Unidos
Klais guimeti no leste do Equador
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Apodiformes
Família: Trochilidae
Subfamília: Trochilinae
Reichenbach, 1854
Tribos
3, ver texto

Trochilinae é uma das seis subfamílias de aves apodiformes pertencente à família dos troquilídeos, que inclui os beija-flores. Os representantes desta subfamília são por vezes denominados troquilíneos ou beija-flores típicos.

A subfamília se encontra dividida em três tribos: Lampornithini, contendo 18 espécies divididas em sete gêneros; Mellisugini, que contém 37 espécies divididas em 16 gêneros; e Trochilini, que contém 115 espécies divididas em 36 gêneros.[1][2][3]

Anteriormente, os beija-flores se encontravam divididos em apenas duas subfamílias, os eremitas (fetornitíneos) e os beija-flores típicos (troquilíneos).[4] Após os resultados de um estudo filogenético molecular de hibridização de DNA serem publicados em 2007, foi descoberto que esta última subfamília polifilética, sendo, então, desmembrada em cinco partes.[4]

Um estudo filogenético molecular sobre beija-flores publicado em 2007 descobriu que a família consistia em nove clados.[5] Após a atualização da quarta edição do catálogo Howard and Moore Complete Checklist of the Birds of the World, realizada por Edward C. Dickinson e James van Remsen, Jr. em 2013, a família dos beija-flores foi dividida em seis subfamílias com base nos resultados moleculares, redefinindo a subfamília dos troquilíneos em três clados, cada um dos quais colocados em tribos separadas: Trochilini, Lampornithini e Mellisugini.[6] Um estudo filogenético realizado a partir de amostras de 284 espécies de beija-flores foi publicado em 2014, confirmando os nove clados encontrados no estudo anterior, mas descobrindo que os fetornitíneos eram irmãos do clado de topázios (florisugíneos), contendo os gêneros Topaza e Florisuga. Muitos dos gêneros tradicionais no clado de esmeraldas (Trochilini) resultaram-se polifiléticos.[2] Com isso, muitos dos gêneros nesta parte da árvore foram revisados.[1][7]

Trochilidae

Florisuginae – colibris, topázios

Phaethornithinae – balança-rabos, rabos-brancos

Polytminae – bicos-de-lança, colibris

Lesbiinae

Heliantheini – brilhantes

Lesbiini – topetinhos, rabos-de-espinho

Patagoninae – colibri-gigante

Trochilinae

Trochilini – asas-de-sabre, esmeraldas

Lampornithini – colibris

Mellisugini – besourinhos

O cladograma acima se baseia nos estudos filogenéticos moleculares publicados por Jimmy McGuire e colaboradores entre 2007 e 2014.[2][5][8] As respectivas denominações em latim derivam daquelas propostas por Edward Dickinson e James van Remsen, Jr. em 2013.[9]

Referências

  1. a b Gill, Frank; Donsker, David; Rasmussen, Pamela, eds. (2020). «Hummingbirds». World Bird List Version 10.2. International Ornithologists' Union. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  2. a b c McGuire, Jimmy A.; Witt, Christopher C.; Remsen, J. V.; Corl, Ammon; Rabosky, Daniel L.; Altshuler, Douglas L.; Dudley, Robert (14 de abril de 2014). «Molecular Phylogenetics and the Diversification of Hummingbirds». Current Biology (8): 910–916. ISSN 0960-9822. PMID 24704078. doi:10.1016/j.cub.2014.03.016Acessível livremente. Consultado em 1 de maio de 2022 
  3. Dickinson, Edward C.; Remsen, J.V. (2013). The Howard and Moore Complete Checklist of the Birds of the World. 1: Non-passerines 4.ª ed. Eastbourne: Aves Press. ISBN 978-0-9568611-0-8. ISSN 0273-8570. doi:10.1111/jofo.12109. Consultado em 1 de maio de 2022 
  4. a b Bleiweiss, R.; Kirsch, J.A.; Matheus, J.C. (1997). «DNA hybridization evidence for the principal lineages of hummingbirds (Aves:Trochilidae)». Molecular Biology and Evolution. 14 (3): 325–343. PMID 9066799. doi:10.1093/oxfordjournals.molbev.a025767Acessível livremente 
  5. a b McGuire, J.A.; Witt, C.C.; Altshuler, D.L.; Remsen, J.V. (outubro de 2007). «Phylogenetic Systematics and Biogeography of Hummingbirds: Bayesian and Maximum Likelihood Analyses of Partitioned Data and Selection of an Appropriate Partitioning Strategy». Systematic Biology. 56 (5): 837–856. doi:10.1080/10635150701656360Acessível livremente. Consultado em 1 de maio de 2022 
  6. Dickinson & Remsen, 2013, p. 111.
  7. Stiles, F. Gary; Remsen, J. V. Jr; McGuire, Jimmy A. (24 de novembro de 2017). «The generic classification of the Trochilini (Aves: Trochilidae): Reconciling taxonomy with phylogeny». Zootaxa. 4353 (3): 401–424. ISSN 1175-5334. PMID 29245495. doi:10.11646/zootaxa.4353.3.1. Consultado em 1 de maio de 2022 
  8. McGuire, Jimmy A.; Witt, Christopher C.; Remsen, J. V.; Dudley, R.; Altshuler, Douglas L. (janeiro de 2009). «A higher-level taxonomy for hummingbirds». Journal of Ornithology (1): 155–165. ISSN 2193-7192. doi:10.1007/s10336-008-0330-xAcessível livremente. Consultado em 1 de maio de 2022 
  9. Dickinson & Remsen, 2013, pp. 105–136.