Palacete Mendonça

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Palacete Mendonça
Palacete Mendonça
Nomes alternativos Diwan Imamat Ismaili
Casa Ventura Terra
Palácio Mendonça
Palacete Henrique Mendonça
Palacete Henrique Monteiro Mendonça
Tipo Palacete
Arquiteto Miguel Ventura Terra (1902)
Canteiro
José António de Almeida (1907-1908)
Pardal Monteiro (1907-1908)
Carpinteiro
José Pedro Santos (1902-1909)
Ceramista
Rafael Bordalo Pinheiro (1907-1908)
Construtores
João Pedro dos Santos
Rafael da Silva Castro (1902-1909)
Dourador
Manuel João da Costa (1907-1908)
Escultor
João Pereira (1907-1908)
Estucadores
Cruz & Franco (1907-1908)
Fornecedor de aquecimento
Jacquemet, Mesnet & Cie (1909)
Serralheiro
Jacob Lopes da Silva (1907-1908)
Fim da construção 1909 (115 anos)
Restauro Manuel Taínha (1990-1992)
Prémios
Precedido por
Almirante Reis, 2-2K
1908
Prémio Valmor
1909
Sucedido por
Fontes Pereira de Melo, 30
1910
Proprietário inicial Henrique José Monteiro de Mendonça
Função inicial Residencial
Proprietário atual Fundação Aga Khan Portugal
Estilos arquitetónicos Ecletismo
Número de andares 3
Estado de conservação Excelente
Património Nacional
Classificação Logotipo Imóvel de Interesse Público
Ano 1982
DGPC 72351
SIPA 2532
Geografia
País Portugal Portugal
Cidade Lisboa Lisboa
Rua Marquês de Fronteira, 18-28
Distrito Lisboa
Freguesia Avenidas Novas
Coordenadas 38° 43' 56.94" N 9° 9' 21.39" O
Mapa
Localização do edifício em mapa dinâmico

O Palacete Mendonça está localizado na Rua Marquês de Fronteira em São Sebastião da Pedreira, atual freguesia das Avenidas Novas, em Lisboa. Foi projectado entre 1900 e 1902 pelo arquiteto Ventura Terra para Henrique José Monteiro de Mendonça.

História[editar | editar código-fonte]

Henrique de Mendonça, c. 1910

Encomendado por Henrique José Monteiro de Mendonça (1864-1942), que fizera fortuna com café em São Tomé e Príncipe, ao arquiteto Ventura Terra em 1902 e inaugurado em 1909, ano em que recebeu o Prémio Valmor. A construção ficou a cargo de João Pedro dos Santos e Rafael da Silva Castro, tendo a escultura sido realizada por João Pereira, a cerâmica por Rafael Bordalo Pinheiro, as carpintarias por José Pedro Santos, os estuques por António Joaquim Alves da Cruz & Franco, o douramento por Manuel João da Costa, as cantarias por José António de Almeida e Pedro M. Pardal Monteiro e as serralharias por Jacob Lopes da Silva.

O palácio e respetivo parque mantiveram-se na família do seu primeiro dono até aos anos 70, quando foi vendido a uma imobiliária.

Passou para a posse da Universidade Nova de Lisboa em 1990. Foi posteriormente submetido a obras internas de adaptação, da autoria do arquiteto Manuel Tainha, entre 1990 e 1992.[1]

Em 2016 foi vendido por 12 milhões de euros ao Imamat Ismaeli (Comunidade Ismaelita) que deverá gastar ainda 6 milhões de euros na sua reabilitação e adaptação.[2]

Em Julho 2018 estreou-se para as comemorações do Jubileu do Príncipe Aga Khan IV[3], estando a sua abertura oficial prevista para 2019[4].

Caraterísticas[editar | editar código-fonte]

Trata-se de um palacete de arquitetura clássica de influências italianas com três corpos visíveis, um central de maiores dimensões e dois laterais onde se localizam uma sala de almoço e um jardim de inverno.

Aquando da sua construção e uso inicial enquanto residência privada o interior desenvolvia-se a partir de um hall central com uma escadaria de madeira entalhada, a partir daí tinha-se acesso às salas de estilo Império, Luís XV, Luís XVI, à sala de jantar e à sala de almoço.

Já no andar nobre existiam um gabinete de trabalho, um jardim de Inverno, um terraço de acesso ao jardim nas traseiras, assim como áreas de serviço. No piso superior ficavam ainda os quartos, um oratório, uma sala dois terraços e casas de banho. No segundo andar tinha-se acesso à loggia, a uma galeria, uma sala, quartos, banhos, toilete e a rouparia.

No piso térreo existiam uma casa forte, arrecadações, uma dispensa, garrafeira, cozinha, vestíbulo e a casa de jantar dos criados.

De entre os interiores dignos de nota encontramos várias das peças de mobiliário que decoravam originalmente a casa e que terão sido executadas com madeiras exóticas provenientes de São Tomé, um elevador, aquecimento central e um sistema de alarme (verdadeiras inovações à época da construção).

Localiza-se numa zona elevada do jardim com uma vista panorâmica sobre a cidade[5]

Fotografias[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Palacete da Nova pode ser a futura sede Aga Khan» 
  2. «Universidade vende palácio classificado para sede dos ismaelitas» 
  3. «AGA KHAN estreia nova casa em Lisboa» 
  4. «Palacete Mendonça: o sítio onde Aga Khan vai receber chefes de Estado». Diário de Notícias 
  5. Ribeiro, Ana Isabel; Silva, Hélia; Megré, Rita (2017). Ventura Terra, Aquiteto do util e do bello. Lisboa: Pelouro da Cultura, Direcção Municipal da Cultura 
  6. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Não_nomeado-yA0I-1
  7. «No interior do Palacete Mendonça: nova casa de Aga Khan em Lisboa». www.lisbonne-idee.pt (em po). Consultado em 18 de julho de 2018 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Palacete do Exmo. Sr. Henrique José de Mendonça, in A Architectura Portugueza, Ano IV, nº 9, Setembro 1911;
  • Palacete do Sr. Henrique de Mendonça in A Construcção Moderna e as Artes do Metal, Ano XII, nº 361, Janeiro 1912;
  • PEDREIRINHO, José Manuel, História do Prémio Valmor, Lisboa, 1988;
  • CALADO, Maria, FERREIRA, Vítor Matias, Lisboa. A Freguesia de São Sebastião da Pedreira, Lisboa, 1993;
  • Arquitecto Ventura Terra (1866-1919), Lisboa, Assembleia da República, 2009.
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