Albinovano Pedo

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Albinovano Pedo
Nascimento século I a.C.
Roma
Morte século I
Cidadania Roma Antiga
Ocupação poeta

Albinovano Pedo (em latim: Albinovanus Pedo) foi um poeta romano, que viveu entre o final do século I a.C. e o início do século I d.C., na época de Augusto e Tibério.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Escreveu Theseis, mencionada em uma carta de seu amigo Ovídio, epigramas que são elogios a Marcial, e um poema épico sobre as aventuras de Germânico.[2][3] Tinha a reputação de ser um excelente contador de histórias, e Quintiliano fez-lhe grandes elogios e qualificou-o como um escritor de épicos.[4]

Tudo o que restou das suas obras é um fragmento conservado na Suasoria do retórico Sêneca, o Velho, a partir de uma descrição da viagem de Germânico (16 d.C.) ao longo do rio Ems em direção ao Oceano Ártico, quando foi surpreendido pela tempestade descrita por Tácito.[5][6] O comandante da cavalaria, de quem fala o historiador, é provavelmente idêntico ao poeta.

Três elegias foram anteriormente atribuídas a Pedo por Joseph Justus Scaliger; dois sobre a morte de Mecenas (In Obitum Maecenatis e De Verbis Maecenatis moribundi), e uma dirigida a Lívia para consolá-la pela morte de seu filho Nero Cláudio Druso (Consolatio ad Liviam de Morte Drusi ou Epicedion Drusi, normalmente impressas com as obras de Ovídio); mas, atualmente é geralmente aceito que elas não foram escritas por Pedo.

O Consolatio foi considerado, até o século XV, como um trabalho de um imitador italiano, não havendo manuscritos e nenhum vestígio do poema antes da publicação do editio princeps de Ovídio, em 1471.

Notas

  1. Smith, William (1867), «Albinovanus, C. Pedo», in: Smith, William, Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology, 1, Boston: Little, Brown and Company 
  2. Ovídio, Ex Ponto iv. 10
  3. Marcial, ii. 77, v. 5
  4. Quintiliano, x. i. 90
  5. Sêneca, o Velho, Suaseriae i. 15
  6. Tácito, Annales ii. 23

Referências

Fonte primária
Fontes secundárias
  • E. Bahrens, Poetae Latini Minores (1879) e Fragmenta Poetarum Latinorum (1886)
  • Moritz Haupt, Opuscula, i. (1875)
  • Oskar Haube, Beitrag zur Kenntnis des Albinovanus Pedo (1880).