Alexander Yakovlev (político russo)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Alexander Yakovlev

Alexander Nikolaevich Yakovlev (russo : Александр Николаевич Яковлев; 2 de dezembro de 1923 - 18 de outubro de 2005) foi um político e historiador Soviético. Durante os anos 1980 ele foi membro do Secretariado do Comitê Central do PCUS e do Politburo do Partido Comunista da União Soviética. Ele foi chamado de "padrinho da glasnost"[1] por ele ser considerado a força intelectual por trás Mikhail Gorbachev nos programa de reformas conhecidos como glasnost e perestroika.

Yakovlev foi o primeiro político soviético a reconhecer em 1989 a existência do protocolo secreto de Ribbentrop-Molotov assinado com a Alemanha nazista em 1939.

Início da carreira[editar | editar código-fonte]

Yakovlev nasceu em uma família de camponeses em uma pequena aldeia nas margens do rio Volga perto de Yaroslavl. Ele serviu no Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial, sendo gravemente ferido no cerco nazista de Leningrado.[2] Em 1944 tornou-se membro do Partido Comunista da União Soviética.

Yakovlev atuou como editor de várias publicações do partido e subiu para a posição de chefe do Departamento de Ideologia e Propaganda do PCUS de 1969 a 1973. Em 1972, ele assumiu uma posição corajosa ao publicar o artigo intitulado Against Antihistoricism,[3] criticando o nacionalismo russo e o da URSS em geral. Como resultado, ele foi removido de seu cargo e nomeado como embaixador no Canadá permanecendo nesse posto por uma década.[4]

Perestroika e suas conseqüências[editar | editar código-fonte]

Yakovlev como o chefe da Comissão para a Reabilitação de Repressão das Vítimas Soviéticos se reúne com o presidente Vladimir Putin.

Quando Gorbachev tornou-se líder da União Soviética em 1985, promoveu Yakovlev a conselheiro sênior, o qual ajudando a moldar a política externa Soviética, ao defender a não-intervenção soviética na Europa Oriental. Internamente, ele argumentou em favor dos programas de reforma que ficou conhecido como glasnost (abertura) e perestroika (reestruturação) e desempenhou um papel fundamental na execução dessas políticas.

Durante décadas, foi a política oficial da União Soviética negar a existência do protocolo secreto de Ribbentrop-Molotov assinado com a Alemanha nazista em 1939. A mando de Mikhail Gorbachev, Yakovlev chefiou uma comissão que investigou a existência de tal protocolo. Em dezembro de 1989 Yakovlev concluiu que o protocolo tinha existido e revelou suas descobertas ao Parlamento soviético. Como resultado, o primeiro multi-partido eleito do Congresso dos Sovietes "passou a declaração admitindo a existência de protocolos secretos, condenando e denunciando-os".[5]

Nos anos seguintes a dissolução da União Soviética, Yakovlev escreveu e ensinou extensivamente sobre história, política e economia. Em 2002, na qualidade de chefe do Comitê Presidencial para a reabilitação das vítimas da repressão política, ele esteve presente no anúncio do lançamento de um CD detalhando nomes e pequenas biografias das vítimas dos expurgos soviéticos.

Honras e prêmios[editar | editar código-fonte]

Publicações[editar | editar código-fonte]

  • Alexander N. Yakovlev and Abel G. Aganbegyan, Perestroika, 1989, Scribner (1989), ISBN 0-684-19117-2
  • Alexander Yakovlev, USSR the Decisive Years, First Glance Books (1991), ISBN 1-55013-410-8
  • Alexander Yakovlev, The Fate of Marxism in Russia, Yale University Press (1993), ISBN 0-300-05365-7; Lightning Source, UK, Ltd. (17 Novembro 2004) ISBN 0-300-10540-1
  • Alexander N. Yakovlev, Century of Violence in Soviet Russia, Yale University Press (2002), ISBN 0-300-08760-8; trade paperback, Yale University Press (2002), ISBN 0-300-10322-0
  • Iakovlev A. N., Time of darkness, Moscow, 2003, 688 pages, ISBN 5-85646-097-9
  • Alexander N. Yakovlev, Digging Out: How Russia Liberated Itself from the Soviet Union, Encounter Books (December 1, 2004), 375 pages, ISBN 1-59403-055-3

Referências

  1. «Alexander Yakovlev, 81». The Globe and Mail. Toronto. Consultado em 24 de maio de 2013. Arquivado do original em 20 de outubro de 2005 
  2. Walker, Martin (25 de janeiro de 2009). «Paper Trail». The New York Times. Consultado em 27 de março de 2010 
  3. Александр Яковлев Против антиисторизма - Литературная газета», 15 ноября 1972
  4. Keller,Bill. Moscow's other Mastermind: Aleksandr Yakovlev, New York Times Magazine, 19 de fevereiro de 1989, paginas.30-33, 40-43. ISSN 0362-4331.
  5. Jerzy W. Borejsza, Klaus Ziemer, Magdalena Hułas. Totalitarian and Authoritarian Regimes in Europe. Berghahn Books, 2006. Pagina 521.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]