Aláqueme I
Aláqueme I | |
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3º Emir de Córdova | |
Reinado | 796-822 |
Antecessor(a) | Hixame I |
Sucessor(a) | Abderramão II |
Nascimento | c. 770 |
Morte | 822 |
Dinastia | Omíadas |
Pai | Hixame I |
Mãe | Zocrufe |
Aláqueme ibne Hixame (em árabe: الحكم بن هشام, lit. 'Al-Hakam Ibn Hisham'), melhor conhecido como Aláqueme I,[1] Haquino I ou Haquim I[2] foi o emir de Córdova omíada entre 796 e 822 em Alandalus (a Espanha islâmica).
Vida e obras
[editar | editar código-fonte]Aláqueme foi o segundo filho de Hixame I e perdeu o irmão mais velho ainda criança. Quando ascendeu ao poder, ele foi desafiado por seus tios Solimão e Abedalá, filhos de seu avô Abderramão I. Abedalá levou os seus dois filhos, Ubaide Alá e Abedal Maleque, até a corte de Carlos Magno em Aix-la-Chapelle, para negociar uma aliança. Neste meio tempo, Solimão atacou Córdova, mas foi derrotado e teve que recuar até Mérida, onde ele foi capturado e executado. Abedalá foi perdoado, mas teve que permanecer, à força, em Valência[3].
Aláqueme gastou muito do seu reinado subjugando revoltas em Toledo, Saragoça e Mérida que, por duas vezes, chegaram até Córdova. Em 805, um golpe para destronar Aláqueme e substituí-lo por seu primo Maomé ibne Alcacim foi descoberto e 72 nobres foram capturados, crucificados e exibidos nas margens do rio Guadalquivir.
Em 818, ele esmagou uma revolta liderado pelos clérigos no subúrbio de al-Ribad na margem sul do Guadalquivir. Uns 300 nobres foram capturados e crucificados, enquanto que o resto da população da região foi exilada. Alguns se mudaram para Alexandria, no Egito, e outros para Fez e Creta. O restante se juntou aos piratas do Levante[3].
Aláqueme I morreu em 822 após um reinado de 26 anos.
Família
[editar | editar código-fonte]Aláqueme era filho de Hixame I, emir de Córdova, e de uma concubina chamada Zokhrouf[4]. Ele foi o pai de[5]:
- Abderramão II, Emir omíada de Córdova entre 822 e 852.
- Almugira
- Saíde
- Omaia
- Ualide ibne Aláqueme. Este foi o general que liderou um ataque à Galiza em 838[6].
Aláqueme tinha uma concubina chamada Ajab. Ela fundou um estabelecimento para o atendimento dos leprosos nos subúrbios de Córdova[7]. O leprosário foi custeado pelos fundos provenientes do Munyat 'Ajab, uma propriedade construída para ou em nome de Ajab[8]. Ela era mãe de:
- Abu Abedal Maleque Maruane
Uma outra concubina se chamava Mut'a e foi a fundadora de um cemitério que ainda existia no século X[7].
Referências
- ↑ Coelho 1989, p. 137-138; 175.
- ↑ Franca 1994, p. 103.
- ↑ a b Nagendra Kr Singh, International encyclopaedia of Islamic dynasties, Anmol Publications PVT. LTD., 2002
- ↑ Fagnan, E. (trans. & ed.) (1893) Histoire des Almohades d´Abd el-Wahid Merrakechi (Algiers) p. 15.
- ↑ [1] Moorish Spain page at Medieval Lands
- ↑ Barrau-Dihigo, L. (1989) Historia politica del reino Asturiano (718-910), p. 138.
- ↑ a b Caroline Goodson, Anne E. Lester, Carol Symes, Cities, texts, and social networks, 400-1500: experiences and perceptions of medieval urban space, Ashgate Publishing, Ltd., 2010
- ↑ D. Fairchild Ruggles, Gardens, landscape, and vision in the palaces of Islamic Spain, Penn State Press, 2003
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Coelho, António Borges (1989). Portugal na Espanha Arabe: História. Lisboa: Editorial Caminho. ISBN 9722104209
- Franca, Rubem (1994). Arabismos: uma mini-enciclopédia do mundo árabe. Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Biografias árabes» (em inglês). História do Islã. Consultado em 16 de junho de 2012