Ana Paula Lisboa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ana Paula Lisboa é uma escritora, jornalista e apresentadora afro-brasileira, que vive entre o Rio de Janeiro e Luanda em Angola . As poesias e contos dela foram publicados em coleções nacionais e internacionais. Em 2014 recebeu o primeiro Prêmio Carolina de Jesus. [1] É colunista do jornal O Globo .

Vida[editar | editar código-fonte]

Ana Paula Lisboa nasceu no Rio de Janeiro no final dos anos 1980, a mais velha de quatro filhos de operários negros. Começou a escrever aos 14 anos e se formou na universidade em Língua e Literatura Portuguesa. [2]

Em 2011 ingressou de Agência Redes Para Juventude. Começando como mediadora territorial das favelas de Cidade de Deus e Borel, no Rio de Janeiro, posteriormente trabalhou como coordenadora de metodologia. [2] Os escritos dela sobre as favelas foram incluídos em duas coletâneas traduzidas para o francês.

Em dezembro de 2014, ela recebeu o primeiro Prêmio Carolina de Jesus, em homenagem a Carolina Maria de Jesus, concedido a pessoas que mudaram suas vidas através da literatura. [2]

Ana Paula Lisboa esteve com Marielle Franco na reunião da Casa das Pretas, na região da Lapa , no Rio de Janeiro, antes do assassinato de Franco em 2016. A morte dele a fez reavaliar suas prioridades e passou a practicar ioga ao Candomblé :

É óbvio para todos que o assassinanto de Marielle (Franco) desencadeou essa onda de autocuidado, que me fez parar para me ouvir e de cuidar melhor de mim. .[3]

Ana Paula Lisboa era uma colaboradora da Jet Black Eyes (2017), coletânea de prosa afra-brasileira . [4] Em 2019, participou da da oitava Festa Literária das Periferias (FLUP), realizada no Museu de Arte do Rio . [5] Ela também esteve envolvida num projeto de livro – Carolinas: Uma Nova Geração de Escritores Negros – que surgiu e se desenvolveu a partir da oficinas de escrita da FLUP em 2020, que foram inspiradas no trabalho de Carolina Maria de Jesus seis décadas antes. [6]

Como parte das comemorações dos 95 anos de O Globo em 2020, ela se juntou a outros jornalistas para debater polarização política e democracia com Rodrigo Maia e Luís Roberto Barroso . [7]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • (com Veruska Delfino) Dicionário Agência . Brasil: Agência de Redes para Juventude, 2014.
  • (com Mário Feijó, Joana Ribeiro e outros) Je suis toujours favela . Paris: Anacaona, 2014. Traduzido por Paula Anacaona.
  • (com Denise Homem, Fernando Molica e outros) Je suis encore favela . Paris: Anacaona, 2018. Traduzido por Paula Anacaona.
  1. Patrícia Cassese (May 5, 2021). «'Carolinas – A Nova Geração De Escritoras Negras Brasileiras' tem lançamento». Consultado em July 27, 2021  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  2. a b c «Ana Paula Lisboa, Agência de Redes para Juventude (Brazil)». Stanford Center on Democracy, Development and the Rule of Law. June 25, 2015  Verifique data em: |data= (ajuda) Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "Stanford" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  3. Marques Travae (May 31, 2018). «Racism is bad for health: Black women and men speak of importance of 'care', respecting pain & infirmities, to cope with imposition of struggle and resilience». Black Brazil Today  Verifique data em: |data= (ajuda)
  4. Tom Farias (July 17, 2017). «Crítica: as vozes das mulheres negras brasileiras contemporâneas». CEERT  Verifique data em: |data= (ajuda)
  5. Daniel Persia. «Weekly Dispatches from the Front Lines of World Literature: Brazil». Asymptote. Consultado em July 27, 2021  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  6. «Carolinas: a Nova Geração de Escritoras Negras Brasileiras». Livraria Da Vila. Consultado em July 29, 2021  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  7. «Colunistas e convidados abordam em lives do GLOBO temas mais urgentes da atualidade». O Globo. July 2020  Verifique data em: |data= (ajuda)