António Serra Lopes

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António Serra Lopes (1934 - 2021) foi um advogado português[1][2].

Biografia[editar | editar código-fonte]

Licenciado em Direito, em 1958, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Presidiu à Associação Académica dessa mesma Faculdade, empenhando-se na contestação contra o Decreto 40.900, de 1956, que submetia as associações de estudantes ao controlo do Governo. Tratou-se então do maior movimento de contestação dos estudantes à ditadura, precedendo a Crise académica de 1962[3][4] [5].

Foi admitido na Ordem dos Advogados Portugueses em 1962[6].

Juntamente com a sua mulher, Maria de Jesus Serra Lopes (posteriormente Bastonária da Ordem dos Advogados[7][1]), iniciou na mesma década o escritório que viria a originar a sociedade de advogados Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, com sede em Lisboa. Este escritório, que viria a completar 60 anos de atividade, [1][8][9] [10], seria, em 2023, incorporado na ibérica Cuatrecasas [11].

Em paralelo, nas décadas de 1960 e 1970, António Serra Lopes foi advogado e, posteriormente, diretor do Departamento Jurídico do Grupo CUF[12][7][1]. Exerceu essas atividades num período em que aquele grupo conheceu uma grande expansão, consolidando-se como o maior conglomerado empresarial da Península Ibérica e um dos maiores da Europa[13].

Nas décadas de 1980 e posteriores, assessorou o Estado em operações de investimento estrangeiro em Portugal e surgiu pontualmente envolvido em contenciosos mediáticos — foi, designadamente, o advogado de Francisco Sá Carneiro contra o jornal O Diário por causa da sua alegada dívida à banca (fazendo-o depois em parceria com Daniel Proença de Carvalho)[14] [15], e de Carlos Cruz, no âmbito do Processo Casa Pia (acabando por deixar a defesa, posteriormente, a cargo exclusivo de Ricardo Sá Fernandes)[16].

Referências