Antonio Guerreiro (fotógrafo)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Antonio Guerreiro
Nascimento 10 de julho de 1947
Madrid
Morte 28 de dezembro de 2019
Rio de Janeiro
Cidadania Espanha, Brasil
Cônjuge Sônia Braga, Sandra Bréa
Ocupação fotógrafo

Antonio Guerreiro (Madri, 10 de julho de 1947Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 2019) foi um fotógrafo luso-espanhol-brasileiro, que fez muito sucesso nas décadas de 1970 e 1980.

Várias de suas fotos ilustraram capas das principais revistas brasileiras, e algumas de suas imagens tornaram-se famosas, como a que retrata o autor de telenovelas Gilberto Braga nu.[1]

Morreu em 28 de dezembro de 2019, de câncer.[2]

Infância[editar | editar código-fonte]

Filho de empresário milionário português, nasceu em Madri e morou no Marrocos quando mudou-se ainda com cinco anos de idade para o Brasil, onde o pai estabeleceu indústria na cidade mineira de Juiz de Fora (lançou no país os doces com figurinhas de jogadores de futebol e um chocolate com formato de guarda-chuva).[1]

Quando tinha 14 anos mudou-se para o Rio de Janeiro, indo morar numa cobertura no Leme que continuaria a ser sua residência, a fim de estudar.[1]

Início da carreira[editar | editar código-fonte]

Guerreiro estava na faculdade de economia quando em 1966 e com 19 anos, namorando uma baiana herdeira de fazendeiros de cacau, resolvera fotografá-la com uma Rolleiflex e descobriu que tinha jeito para a arte; ele então começou a fotografar as jovens socialites do Rio, depois as prostitutas da Lapa, quando o colunista Daniel Más o conheceu e, trabalhando com ele, formou uma dupla que no Correio da Manhã produzia textos escandalosos com lindas fotografias.[1]

Aos 20 anos sofreu um acidente de motocicleta que o fez perder a memória.[1]

Seu trabalho era tão requisitado que o colunista Jacinto de Thormes registrara que deveria ter sido ele, e não David Hemmings, que deveria interpretar o fotógrafo que as beldades perseguiam no filme Blow-Up de Michelangelo Antonioni; o sucesso logo o levou para a revista Setenta da Editora Abril.[1]

Trabalho de sucesso[editar | editar código-fonte]

A revista Setenta, de curta duração, foi contudo um marco na fotografia de moda no país; logo Guerreiro foi contratado por Adolpho Bloch para ser correspondente da Manchete em Paris, onde ficou por dois anos.[1]

Quando retornou ao país abriu um estúdio, o Zoom, ao lado da sede da TV Globo, onde passou a fotografar os principais nomes da sociedade, do meio artístico, moda, etc., fazendo mais de setenta capas das principais revistas das maiores editoras e agências de publicidade.[1]

Viveu com a socialite Ionita Salles, que deixara o playboy Jorge Guinle para ficar com ele; casou-se em seguida com a atriz Sônia Braga e depois Sandra Bréa; ao longo da vida, teve entre suas conquistas belas mulheres, como as atrizes Bruna Lombardi e Denise Dumont.[1] Viveu também com a modelo Enoli Lara.

Em 1975 inaugurou o Studium, no Catete, onde passou a fotografar nus, tornando-se o principal fotógrafo da Playboy, e que funcionou até 1990; no final desta década os negócios do pai faliram, e ele fechou o estúdio.[1]

Manteve um blog pessoal, onde mostrou parte de seu trabalho, possuindo um acervo com mais de 300 mil negativos e cromos.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k Ronaldo Bressane (19 de janeiro de 2009). «Antonio Guerreiro». revista Trip. Consultado em 6 de abril de 2016 
  2. Fotógrafo Antônio Guerreiro morre no Rio