Apostolepis sanctaeritae

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Apostolepis sanctaeritae
Apostolepis sanctaeritae
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Colubridae
Subfamília: Dipsadinae
Tribo: Elapomorphini
Género: Apostolepis
Espécie: A. sanctaeritae
Nome binomial
Apostolepis sanctaeritae
WERNER , 1924

Apostolepis sanctaeritae, denominada popularmente como “falsa cobra coral”, é uma serpente endêmica do Brasil não venenosa. Anteriormente nomeada como Apostolepis ammodites, foi sinonimizada sendo Apostolepis sanctaeritae o nome válido atualmente.[1]

Morfologia geral[editar | editar código-fonte]

A Apostolepis sanctaeritae chega a 634 mm de comprimento total máximo, uma espécie relativamente grande. Sua cabeça possui um formato subcilíndrico, a qual não apresenta nítida do pescoço, com focinho arredondado ao mesmo tempo proeminente e olhos pequenos com pupila subelíptica; corpo alongado cilíndrico; cauda curta, grossa e pontiaguda. É caracterizada pela coloração, apresentada em vida, homogênea vermelha ou laranja no dorso do seu corpo, cabeça preta em vista dorsal exibindo entre as escamas rostral e frontal uma mancha branca, também observa-se uma mancha supralabial pequena, um colar na nuca branco alternando entre 2 a 6 escamas de comprimento, seguido de colar preto largo na nuca variando de 4 a 7 escamas de comprimento, pode apresentar um pequeno colar branco subsequente entre 1 a 3 escamas de comprimento e uma mancha preta na cauda. Seu ventre mostra-se análogo ao padrão dorsal, coloração laranja uniforme mais claro que em vista dorsal com manchas pretas infralabiais e ocasionalmente abaixo do colar preto e branco da nuca manchas pretas e mancha preta caudal; a folidose, ou seja seu padrão de distribuição de escamas, não atingem a metade de sua sutura interprefrontal; osteologia marcada pelos dentes curvos com 8–9 loci dentários, crista pré-articular moderadamente maior que a crista surangular.[2]

Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

Os registros de distribuição relatam que esta espécie é restringida à área central e nordeste do cerrado brasileiro, situando-se nos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso.[3]

Aspectos biológicos[editar | editar código-fonte]

São serpentes fossoriais encontradas em porções de vegetação descampadas do Cerrado, a qual acredita-se estar limitada a solos arenosos. Aquilo que se conhece quanto aos hábitos alimentares das espécies inerentes ao gênero Apostolepis está limitado a eventuais registros aleatórios e não foram realizadas publicações analisando a constituição alimentar destes animais. Deste modo, a alimentação habitual documenta deste grupo de serpentes consiste em pequenos vertebrados incluindo diferentes répteis de pequeno porte serpentiformes, assim como anfisbenídeos e outras serpentes.[3] São animais ovíparos e não foram achados mais estudos sobre a reprodução dessa espécie.[4]

Estado de conservação da espécie[editar | editar código-fonte]

O Ministério do Meio Ambiente do Brasil coloca a serpente como menos preocupante no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (2018) e não há indícios relevantes de ameaça.[5] O mesmo posicionamento foi dado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), e está listada como menos preocupante na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas publicada em 2012.[6]

Referências

  1. Santos, Fidélis Júnio Marra; Pires, Ricardo Araújo Prudente.(2020). Report of predator-prey interactions between the snake Apostolepis ammodites Ferrarezzi, Barbo & Albuquerque, 2005 (Serpentes: Colubridae) and Amphisbaena sp.(Amphisbaenia: Amphisbaenidae) in Cerrado Biome, Central Brazil. Herpetology Notes. 13: 827-830.
  2. Ferrarezzi, Hebert, Barbo, Fausto Erritto and Albuquerque, Cristina España.(2005). Phylogenetic relationships of a new species of Apostolepis from Brazilian Cerrado with notes on the assimilis group (Serpentes: Colubridae: Xenodontinae: Elapomorphini). Papéis Avulsos de Zoologia. 45(16):. 215-229.
  3. a b Santos, Fidélis Júnio Marra; Pires, Ricardo Araújo Prudente.(2020) Report of predator-prey interactions between the snake Apostolepis ammodites Ferrarezzi, Barbo & Albuquerque, 2005 (Serpentes: Colubridae) and Amphisbaena sp.(Amphisbaenia: Amphisbaenidae) in Cerrado Biome, Central Brazil. Herpetology Notes.13:827-830.
  4. Ferrarezzi, Hebert, Barbo, Fausto Erritto and Albuquerque, Cristina España.(2005). Phylogenetic relationships of a new species of Apostolepis from Brazilian Cerrado with notes on the assimilis group (Serpentes: Colubridae: Xenodontinae: Elapomorphini). Papéis Avulsos de Zoologia. 45(16):. 215-229.
  5. MMA, ICMBio (2018). «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção: Volume IV. Répteis.». ICMBio. -. Consultado em 15 de janeiro de 2022.
  6. «Apostolepis ammodites». IUCN. 31 de dezembro de 2012. Consultado em 4 de fevereiro de 2022