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Ataque israelense contra o Iêmen em julho de 2024

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Operação Braço Estendido
Parte de Crise do Mar Vermelho
Tipo Ataque aéreo
Localização Al Hudaydah, Iêmen
Alvo central elétrica, armazém de combustível pertencente à Yemen Petroleum Corporation, guindaste de contêiner
Data 20 de julho de 2024
Executado por Forças de Defesa de Israel
Baixas 14 mortos (incluindo 12 funcionários da Yemen Petroleum Corporation), mais de 90 feridos, 6 desaparecidos[1]

O ataque israelense contra o Iêmen em julho de 2024 ocorreu em 20 de julho de 2024 quando as Forças de Defesa de Israel lançaram um ataque ao Porto de Hudaydah em Al Hudaydah, Iêmen. O ataque danificou uma estação de geração de energia, uma refinaria de petróleo, instalações de armazenamento de combustível pertencentes à Yemen Petroleum Corporation (YPC) e guindastes portuários.[2][3] Israel alegou que tinha como alvo instalações de armazenamento de armas. 14 pessoas foram mortas, incluindo 12 funcionários do porto e mais de 90 ficaram feridas, muitas com queimaduras graves.[1]

O ataque foi codinomeado pelas forças israelenses como Operação Braço Estendido (em inglês: Operation Outstretched Arm; em hebraico: מבצע יד ארוכה).[4] No dia anterior ao ataque, um veículo aéreo não tripulado houthi colidiu com um prédio de apartamentos em Tel Aviv, Israel, matando um civil. Os Houthis têm atacado Israel em resposta à invasão israelense da Faixa de Gaza, que matou mais de 30.000 palestinos na época.[5] As autoridades houthis condenaram o bombardeio israelense de Al Hudaydah, prometeram retaliação e disseram que não vão parar até que o que eles chamaram de "genocídio em Gaza" seja interrompido.[6]

A operação marca a primeira vez que Israel atacou diretamente o Iêmen.[7] Foram utilizados caças a jato F-15 e F-35I, juntamente com jatos Boeing 707 para reabastecimento aéreo.[8] Os analistas notaram a importância da operação, enfatizando que envolveu alvos a 1.700 quilômetros de Israel, aproximadamente 200 quilômetros mais longe que Teerã, demonstrando o alcance estendido das operações militares israelenses.[9]

Referências

  1. a b «اليمن.. ارتفاع حصيلة قتلى الغارات الإسرائيلية إلى 14 قتيلا | سكاي نيوز عربية». www.skynewsarabia.com 
  2. «Israel strikes on Yemen port: what is the damage?». France 24 (em inglês). 22 de julho de 2024 
  3. Salhani, Justin. «Yemen's Hodeidah port, an economic lifeline now threatened by Israel». Al Jazeera (em inglês). Consultado em 30 de julho de 2024 
  4. Fabian, Emanuel (21 de julho de 2024). «IDF shoots down missile heading to Israel in 1st Houthi attack since Yemen port strike». Times of Israel. Cópia arquivada em 22 de julho de 2024 
  5. «Yemen's Houthis to step up Red Sea strikes, use 'submarine weapons,' leader says» 
  6. Motamedi, Maziar. «Everything to know about Israeli and Houthi attacks amid war on Gaza». Al Jazeera (em inglês). Consultado em 4 de agosto de 2024 
  7. Poole, Thom; Tanno, Sophie; Kourdi, Eyad; Pourahmadi, Adam; Carey, Andrew; Izso, Lauren; Humayun, Hira; Raine, Andrew (20 de julho de 2024). «At least 3 killed and 87 injured, Houthis say, as Israeli airstrikes hit Yemen day after Tel Aviv drone attack». CNN (em inglês). Consultado em 20 de julho de 2024. Cópia arquivada em 20 de julho de 2024 
  8. Fabian, Emanuel (20 de julho de 2024). «IDF releases footage of F-15s prepping for Yemen airstrikes». Times of Israel 
  9. Zeyton, Yoav (20 de julho de 2024). «200 ק"מ רחוק יותר מטהרן: "צה"ל תקף אחרי 220 שיגורים" | זה השימוש החות'י בנמל שנפגע». Ynet (em hebraico). Consultado em 20 de julho de 2024. Cópia arquivada em 20 de julho de 2024