Saltar para o conteúdo

Bacúrio de Arzanena

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Bacúrio.
Bacúrio
Etnia Armênio
Ocupação General

Bacúrio (em latim: Bacurius; em grego: Βακούριος; romaniz.: Bakoúrios; em georgiano: Բակուր; romaniz.: Bakur) foi um nobre armênio (nacarar) do século IV, ativo durante o reinado do rei Cosroes III (r. 330–339). Serviu como vitaxa de Arzanena e supostamente descendia da dinastia orôntida.

Pácoro (Pacorus; Πάκορος, Πακώρος, Παχορος, Pákoros, Pakṓros, Pachoros),[1] Pacores (Πακορης, Pakorēs),[2] Pácuro (Πάκουρος, Pákouros), Pacúrio (Pacurius; Πακούριος, Pakoúrios) ou Bacúrio (Bacurius; Βακούριος, Bakoúrios)[3] são as formas latina e grega do iraniano médio Pacur (Pakur), derivado do iraniano antigo Baguepur (bag-puhr), "filho de um deus".[4] Foi registrado em armênio (Բակուր) e georgiano (ბაკური) como Bacur (Bakur),[5][3] em siríaco como Pacor (ܦܩܘܪ, Paqor),[6] em gandari como Pacura (𐨤𐨐𐨂𐨪)[2] e em aramaico como Pacur (𐡐𐡊𐡅𐡓𐡉, pkwry).[7]

Bacúrio nasceu no século IV e era pai de Hexai e uma filha de nome desconhecido.[8] Em data incerta, serviu como vitaxa de Arzanena. Sob Cosroes, iniciou uma rebelião independentista contra o rei e com apoio do Império Sassânida e de Sanatruces, rei de masságetas e/ou alanos, obrigando Cosroes e o católico Vertanes I, o Parto (r. 327/33–341/42) a se refugiarem em Terua.[9] Com ajuda de exército liderado por Antíoco e os príncipes das duas Sofenas, ambas vassalos do Império Romano, o rei ordenou que Vache I Mamicônio realizasse expedição punitiva contra os rebeldes. O exército coligado conseguiu derrotar Sanatruces, que foi repelido à Caspiana e então Pérsia. Com tal vitória, o exército romano partiu da Armênia, deixando o resto da expedição nas mãos do general Vache, que matou Bacúrio. Sua propriedade, dignidades e filha foram concedidas a Valinaces I, príncipe de Siúnia.[8]

Referências

  1. Gignoux 1986, p. 144.
  2. a b Gardner 1886, p. 110.
  3. a b Rapp 2014, p. 334.
  4. Marciak 2017, p. 224.
  5. Ačaṙyan 1942–1962, p. 367-368.
  6. Michelson 2016.
  7. Baums & Glass 2024.
  8. a b Toumanoff 1963, p. 180.
  9. Grousset 1973, p. 130.
  • Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Բակուր». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã 
  • Baums, Stefan; Glass, Andrew. «Pakura». A Dictionary of Gāndhārī 
  • Gardner, Percy (1886). The Coins of the Greek and Scythic Kings of Bactria and India in the British Museum. Londres: Museu Britânico 
  • Gignoux, Philippe (1986). «Faszikel 2: Noms propres sassanides en moyen-perse épigraphique». In: Schmitt, Rudiger; Mayrhofer, Manfred. Iranisches Personennamenbuch. Iranische namen in nebenüberlieferungen indogermanischer sprachen. Viena: Academia Austríaca de Ciências 
  • Grousset, René (1973) [1947]. Histoire de l'Arménie: des origines à 1071. Paris: Payot 
  • Marciak, Michał (2017). Sophene, Gordyene, and Adiabene: Three Regna Minora of Northern Mesopotamia Between East and West. Leida: BRILL. ISBN 9789004350724 
  • Rapp, Stephen H. (2014). The Sasanian World through Georgian Eyes: Caucasia and the Iranian Commonwealth in Late Antique Georgian Literature. Farnham: Ashgate Publishing, Ltd. ISBN 978-1472425522 
  • Toumanoff, Cyril (1963). Studies in Christian Caucasian History. Washington: Georgetown University Press