Badé (vodum)
Aspeto
Badé (em fon, Gbadé ou Àgbadé [1][2][3]) é um vodu da família de Keibiossô, que, na língua fon, significa milho, conformw assinala Basilio Segurola (1911-1987) [4]: "em Uidá dizem gbadé; em Abomei, a forma abadé é usada."
Em 1741, António da Costa Peixoto (n. Lamas, Entre Douro e Minho, 1703; fl. 1731-1741[5]) menciona, em Obra nova de língua geral de Mina, o termo abadê como 'milho'.[3] De acordo com Edmundo Correia Lopes, citado por Parés, "Keibiossô, o Xangô gege, passou a Badé; Badé é o milho, e nada mais natural do que se ter ligado o culto de Keibiossô ao cultivo da gramínea,..." [6][7]
Referências
- ↑ Castro, Yeda Pessoa de (2004). «Badé». A língua mina-jeje no Brasil: um falar africano em Ouro Preto do século XVIII. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro/Secretária da Cultura do Estado de Minas Gerais. ISBN 8585930454
- ↑ Castro, Yeda Pessoa de (2001). Falares africanos na Bahia: um vocabulário afro-brasileiro. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras. p. 165
- ↑ a b Silva, Wellington Santos. A Língua Geral de Mina e o Ciclo do Ouro: um capítulo da história dos contatos no Brasil. FFLeCH-USP, 2020, p. 137.
- ↑ Segurola, Basilio; Rassinoux, Jean. Dictionnaire fon-français. Cotonou: Procure de l'Archidiocèse, 1988 [1963]; Madrid: Sociedad de Misiones Africanas, 2000.
- ↑ Märzhäuser, Christina; Rodrigues-Moura, Enrique . António da Costa Peixoto’s Obra nova de língua geral de Mina (1731/1741). A print and online edition of a unique historical document on the Ewe-Fon-legacy in Brazil. Universidade de Bamberg, julho de 2017.
- ↑ Parés, Luis Nicolau. A formação do Candomblé: história e ritual da nação jeje na Bahia. Campinas: Unicamp, 2018, p. 358.
- ↑ Verger, Pierre. Notas sobre o culto aos orixás e voduns na Bahia de Todos os Santos, no Brasil, e na Antiga Costa dos Escravos, na África. Tradução: Carlos Eugênio Marcondes de Moura. 2ª ed., São Paulo: Edusp, 2000, p. 524.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Dahomey: An Ancient West African Kingdom, Volume 2, Melville Jean Herskovits, Frances Shapiro Herskovits, J.J. Augustin, 1938, pag.287