Batalha de Maiorca

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Batalha de Maiorca
Parte da Guerra Civil Espanhola

Mapa mostrando a altura da ofensiva nas Baleares, com Minorca, Ibiza, Formentera, Cabrera e leste de Maiorca tudo sob controle republicano (em cinza).
Data 16 de agosto - 12 de setembro de 1936
Local Maiorca, Espanha
Desfecho Ocupação italiana de Maiorca
Beligerantes
Segunda República Espanhola República Espanhola Reino da Itália (1861–1946) Reino de Itália
Espanha Franquista Espanha Nacionalista
Comandantes
Segunda República Espanhola Alberto Bayo
Segunda República Espanhola Manuel Uribarri
Reino da Itália (1861–1946) Arconovaldo Bonaccorsi
Espanha Franquista García Ruiz
Forças
8.000 milicianos
1 navio de guerra
1 cruzador rápido
2 destroyers
3 submarinos
10 canhões
3.500 regulares e milicianos
3 bombardeiros

A Batalha de Maiorca também conhecida como os Desembarques de Maiorca, foi um desembarque anfíbio no início da Guerra Civil Espanhola,com vista a expulsar os nacionalistas de Maiorca e recuperar a ilha para a República. Depois de algum inicial sucesso tático, a expedição, comandada pelo capitão Alberto Bayo, terminou em fracasso quando os nacionalistas contra-atacaram com tropas terrestres e um superior poder aéreo que ocasionou os republicanos a se retirar. Tão confiante eram os republicanos em sua previsão de vitória que eles otimistas chamaram a operação de "la reconquista de Mallorca".

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Os planos para um ataque marítimo nas Ilhas Baleares parecem surgiram independentemente em vários grupos de milícias republicanas nos dias após a união de Ibiza, Formentera e Maiorca a rebelião militar nacionalista de Franco. No 23 de julho esquadrões de bombardeiros atingiram Palma e Cabrera, e em 01 de agosto, uma força expedicionária republicana de Minorca desembarcou em Cabrera resistindo a todos os esforços para desalojá-la.

Essas ações, no entanto, e em particular os desembarques Maiorca, nunca foram aprovados pelo governo de Madrid e teve desde o início muita confusão e improvisação. Em 2 de agosto, Bayo liderou uma coluna da milícia de Barcelona em Minorca, no dia seguinte, a força aérea republicana lançou bombas em Palma. No dia 06 agosto os preparativos logísticos, supervisionados pelo governo de Barcelona e pelo conselho de milícias catalães (Comité Central de Milícias Antifascistas de Cataluña) estavam completos.

A guarnição nacionalista de Formentera capitulou perante a milícia Valenciana comandada por Manuel Uribarri em 7 de agosto. No dia 13, quatrocentos milicianos da Catalunha ocuparam Cabrera em um assalto aparentemente sem relação com a expedição de Bayo, este tentou coordenar as duas forças, mas as milícias anarquistas, desconfiados dos comunistas, recusaram de comprometer-se em sua operação.

A batalha[editar | editar código-fonte]

Em 16 de agosto, com várias unidades da marinha republicana em apoio, Bayo conseguiu desembarcar 8000 milicianos em Punta Amer e Porto Cristo. Apesar dos problemas da descarga das peças de artilharia de 105 milímetros e de 75 milímetros, os republicanos conseguiram empurrar 12 km para o interior a guarnição nacionalista composta por 1.200 soldados da infantaria regular, 300 membros da Guardia Civil, e centenas de falangistas voluntários.

No entanto, a sorte dos nacionalistas melhorou dramaticamente em 27 de agosto quando suprimentos e apoio aéreo chegaram da Itália. A força aerea republicana desapareceu e foi substituída por aviões italianos. Consequentemente, os republicanos foram incapazes de resistir ao contra-ataque nacionalista e retrocederam em confusão, abandonando suas armas e equipamentos. Sua retirada começou no dia 05 durando até 12 de setembro, quando o último navio abandonou a ilha, deixando esta em mãos nacionalistas.

A resposta nacionalista foi rápida e, em contrapartida, extremamente bem sucedida. Uma semana após a retirada de Maiorca, Cabrera tinha mais uma vez sido tomada pelos nacionalistas, Ibiza foi capturada em 19 de setembro pela guarnição de Maiorca e Formentera caiu no dia 20.

Referências

  • Courcières, Gordillo; José Luis (1987). La Columna de Bayo. Madrid.: Ediciones Dyrsa. ISBN 84-86169-42-9 
  • Hugh, Thomas (1976). Historia de la Guerra Civil Española (em espanhol). Barcelona: Círculo de Lectores. ISBN 84-226-0873-1 

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