Benedito Barbosa de Moraes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Benedito Barbosa de Moraes
7º Prefeito de Itaquaquecetuba Bandeira de Itaquaquecetuba
Período 1 de fevereiro de 1977
até 31 de janeiro de 1983
Antecessor(a) Pedro da Cunha Albuquerque Lopes
Sucessor(a) Gumercindo Domingos de Lima
Dados pessoais
Nascimento 06 de maio de 1919[1]
Itaquaquecetuba (distrito de Mogi das Cruzes), São Paulo
Morte 12 de maio de 1994 (75 anos)[2]
Itaquaquecetuba (município), São Paulo
Primeira-dama Maria Diniz de Moraes
Partido MDB
Profissão Comerciante

Benedito Barbosa de Moraes (Itaquaquecetuba, 6 de maio de 1919 - 12 de maio de 1994), conhecido como Gibi, foi um político brasileiro. Eleito prefeito em novembro de 1976 com 3.396 votos, para governar sua cidade natal entre 1977 e 1983.[3][1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido na mesma cidade que governou, quando esta era distrito de Mogi das Cruzes, filho de João Barbosa e Rosária Isolina de Moraes. Casou com Maria Diniz de Moraes, que foi primeira-dama do município durante o seu período de governo, de cuja união concebeu dois filhos. No campo profissional, se formou contador pelo Instituto Técnico Santos Dumont, além de trabalhar no complexo industrial das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo em São Paulo e por causa de sua formação, proprietário de olarias na cidade natal, antes desta receber indústrias ao longo do tempo.

Histórico Político[editar | editar código-fonte]

Tentativas na Política[editar | editar código-fonte]

Antes de tornar prefeito, Gibi tentou durante a década de 50 a eleição a vereador na cidade e logo depois, em 1972, para prefeito, só que ficou em segundo lugar ao perder para o prefeito anterior, Pedro da Cunha Albuquerque Lopes.

Desapropriações de Terra[editar | editar código-fonte]

Barbosa levou à Câmara Municipal uma série de denúncias de corrupção contra o seu antecessor, o ex-prefeito Pedro da Cunha Albuquerque Lopes (1973-1977), da ARENA, além de acusá-lo de criar “uma verdadeira indústria de desapropriações” de terrenos públicos da cidade, com o objetivo de repassá-los para grandes indústrias. Essa prática teria se apoiado em concorrências forjadas, beneficiando vereadores, dentre eles o então presidente da Câmara Municipal, Ludovico Feijó e o próprio prefeito Pedro Albuquerque.

Na ocasião, o jornal Folha de S. Paulo chegou a destacar que o valor dos bens de Ludovico passou de 600 mil para 17 milhões de cruzeiros em apenas dois anos. No início da gestão Barbosa, 102 hortifrutigranjeiros da cidade protestaram contra a desapropriação de terras agrícolas para fins industriais e pediram que o prefeito encerrasse o processo criado na administração anterior. Ainda nesse ano, Barbosa revogou um decreto que desapropriava mais de 40 mil alqueires de terra, além de um laudo judicial da época demonstrou que se não houvesse sido revogado o decreto, Itaquaquecetuba levaria 330 anos para conseguir realizar o pagamento das desapropriações.[1][4][5][6][7][8]

Obras[editar | editar código-fonte]

Na Gestão Gibi foi construído o túnel que liga a Vila Japão à Estrada de Santa Isabel (conhecido como Buraco do Gibi, ainda existente); a pavimentação da Avenida Ítalo Adami, que liga o Centro de Itaquaquecetuba a Poá; e em 1983, foi construída a atual sede da Prefeitura, na Vila Virgínia.[1][9][10]

Tentativa de Cassação[editar | editar código-fonte]

Apenas 3 meses após a posse, Benedito Barbosa de Moraes foi acusado pela Câmara Municipal de não honrar um contrato que cederia prédios ociosos da Prefeitura para aulas de um colégio da cidade. Então, a Câmara entra com um processo de cassação, no qual o prefeito foi absolvido. Na ocasião, Gibi acusou o processo de ser uma retaliação pelas denúncias feitas contra a gestão anterior e vereadores da época, acusados de serem subornados por não terem rejeitado nenhum projeto de Pedro durante o período em que comandara.[6][11]

Legado[editar | editar código-fonte]

Devido às suas contribuições significativas na cidade, Benedito Barbosa de Moraes, por meio da lei municipal nº 2244, em 14 de novembro de 2003, durante a gestão de Mário Moreno, tornou-se nome de uma escola municipal, localizada na Vila São Carlos.

Referências

  1. a b c d «Falta de planejamento afeta Itaquaquecetuba». Acervo Folha. 27 de maio de 1981. p. 21. Consultado em 4 de janeiro de 2016 
  2. «Diário de Arujá - Escolas municipais têm história para contar, 30 de junho de 2015 - Edição 4657, pág. 7». www.diariodearuja.com.br. Consultado em 28 de setembro de 2016 
  3. «Chegam ao fim as apurações em todo o Interior». Acervo Folha. 19 de novembro de 1976. p. 8. Consultado em 4 de janeiro de 2016 
  4. «Denúncia de corrupção em Itaquá». Acervo Folha. 23 de maio de 1977. p. 1. Consultado em 4 de janeiro de 2016 
  5. «Câmara pode cassar prefeito». Acervo Folha. 23 de maio de 1977. p. 4. Consultado em 4 de janeiro de 2016 
  6. a b «Prefeito de Itaquaquecetuba se defende denunciando corrupção». Acervo Folha. 26 de maio de 1977. p. 6. Consultado em 4 de janeiro de 2016 
  7. «Galeria de Presidentes». Câmara Municipal de Itaquaquecetuba. Consultado em 23 de janeiro de 2016. Arquivado do original em 18 de maio de 2015 
  8. «6ª Legislatura». Câmara Municipal de Itaquaquecetuba. Consultado em 22 de janeiro de 2016. Arquivado do original em 28 de janeiro de 2016 
  9. «Cr$ 100 Mil para o prédio da prefeitura». Acervo Folha. 26 de janeiro de 1983. p. 13. Consultado em 4 de janeiro de 2016 
  10. «Governo Mamoru finaliza trabalho para construir viaduto de R$ 30 milhões no 'buraco do Gibi». Oi Diário. 11 de março de 2014. Consultado em 22 de janeiro de 2016. Arquivado do original em 27 de janeiro de 2016 
  11. «Câmara absolve prefeito de Itaquaquecetuba». Acervo Folha. 30 de setembro de 1977. p. 6. Consultado em 4 de janeiro de 2016 

Precedido por
Pedro da Cunha Albuquerque Lopes
Prefeito de Itaquaquecetuba
1977 - 1983
Sucedido por
Gumercindo Domingos de Lima
Ícone de esboço Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.