Mogi das Cruzes

Mogi das Cruzes é um município da Microrregião de Mogi das Cruzes, na Mesorregião Metropolitana de São Paulo, conhecido também como Grande São Paulo no estado de São Paulo, no Brasil. Pertence a região leste da Região Metropolitana de São Paulo, a cidade está localizada a cerca de 42 quilômetros da capital São Paulo. Em 1º de julho de 2015 o município já contava com 424 633 habitantes. É o mais populoso município da Região do Alto Tietê, com um IDH de 0,783.
A cidade foi fundada em 1560 por exploradores portugueses, eventualmente se tornando um ponto de parada entre São Paulo e Rio de Janeiro.
Índice
Topônimo[editar | editar código-fonte]
"Mogi" é um nome de origem tupi antiga: significa "rio das cobras", através da junção de moîa, mboîa, "cobra" e 'y, "rio",[8] referindo-se ao Tietê, o qual, em seu alto curso, cruza o município. Ao longo dos anos, a grafia M'Boijy foi alterada para Boigy, depois para Mogy, Moji e finalmente para Mogi.
Segundo as normas ortográficas vigentes da língua portuguesa, este topônimo deveria ser grafado Moji pois prescreve-se o uso da letra "j" para a grafia de palavras de origem tupi-guarani. Assim, tanto o dicionário Houaiss como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística usam a grafia Moji. Historicamente, no entanto, o uso mais comum, apoiado pela administração pública e pela imprensa, é Mogi para o nome da cidade. Dois outros municípios que usam o nome de Mogi são Mogi Guaçu e Mogi Mirim.
Por se tratar de topônimo com tradição histórica secular e uso consagrado pelos brasileiros, a grafia com "g" também é aceita (assim como em "Sergipe"), de acordo com a norma ortográfica vigente em sua Base XI:
- Base XI - Nomes Próprios: regras do Formulário para aportuguesamentos e nomes próprios. Ressalva ao direito de manter a grafia original dos nomes próprios de pessoas e empresas. Exceção feita aos topônimos de tradição histórica, tais como "Bahia".
História[editar | editar código-fonte]


Mogi das Cruzes começou como um povoado, por volta de 1560, servindo como um ponto de repouso aos bandeirantes e exploradores indo e vindo de São Paulo, entre eles Brás Cubas. Gaspar Vaz Guedes foi responsável pela abertura da primeira estrada entre a capital e Mogi, iniciando o povoado, posteriormente elevado à "Vila", com o nome "Vila de Sant'Ana de Mogi Mirim".[9] O fato foi oficializado em 1º de setembro de 1611. Em 13 de março de 1865 foi elevada à cidade, e em 14 de abril de 1874 à comarca.
Mogi das Cruzes acolhe colônias de todos os cantos do mundo, com destaque especial para a colonização japonesa, com uma grande quantidade de japoneses e seus descendentes (aproximadamente 20% segundo a prefeitura), que já estão em sua terceira geração no município. Além disso, o município possui uma considerável população nordestina, sendo que a maioria veio para a capital estadual e, depois, mudou-se para Mogi das Cruzes em busca de melhor qualidade de vida.[10]
Geografia[editar | editar código-fonte]
Mogi das Cruzes situa-se a uma altitude média de 780 metros. Seu ponto mais alto é o Pico do Urubu com 1 160 metros, localizado na Serra do Itapety. O município é cortado por duas serras: a Serra do Mar e a Serra do Itapety e ainda pelo Rio Tietê. Em seu território se encontram duas represas que fazem parte do Sistema Produtor do Alto Tietê, os reservatórios de Taiaçupeba e do rio Jundiaí.
Localização[editar | editar código-fonte]
Mogi das Cruzes está situada na região leste da Grande São Paulo, no Alto Tietê. O ponto de referência é o marco zero, um obelisco instalado na Praça Coronel Benedito de Almeida, em frente à Igreja Matriz Catedral Sant'Ana.
- Latitude: -23º31'23,7" sul.
- Longitude: -46º11'31,2" oeste.
- Altitude: 742 metros acima do nível do mar.
Os limites são Arujá a noroeste, Santa Isabel a noroeste e norte, Guararema a nordeste, Biritiba-Mirim a leste, Bertioga e Santos a sul, Santo André a sudoeste, Suzano a sudoeste e oeste e Itaquaquecetuba a oeste.
Após a capital, Mogi das Cruzes é o maior município em área da Grande São Paulo, com 713,291 quilômetros quadrados.
Clima[editar | editar código-fonte]
Dados climatológicos para Mogi das Cruzes | |||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 34 | 34,7 | 33,9 | 31,6 | 28,7 | 26,3 | 24,6 | 30,2 | 35,0 | 34 | 33,6 | 33,7 | 34,7 |
Temperatura máxima média (°C) | 27,5 | 27,2 | 26,8 | 24,7 | 22,8 | 22 | 21,6 | 23,5 | 24,5 | 24,6 | 25,3 | 26,3 | 24,7 |
Temperatura média (°C) | 19,8 | 19,9 | 19,6 | 17,4 | 13,3 | 9,5 | 8,1 | 10,4 | 14 | 16,3 | 17,8 | 18,8 | 16,8 |
Temperatura mínima média (°C) | 14,1 | 14,5 | 14,4 | 12,1 | 9,9 | 7,8 | 7,2 | 8,3 | 10 | 10,6 | 12,3 | 13,3 | 11,2 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 6,8 | 7 | 7,4 | 2,2 | -0,1 | -3,9 | -4,4 | -5,2 | 2 | 5,5 | 5,4 | 6,4 | -5,5 |
Precipitação (mm) | 239 | 225 | 190 | 88 | 72 | 30 | 11 | 21 | 20 | 163 | 152 | 209 | 1 582 |
Dias com precipitação (≥ 1 mm) | 13 | 12 | 10 | 7 | 5 | 5 | 5 | 5 | 6 | 11 | 12 | 12 | 103 |
Umidade relativa (%) | 80,8 | 80,9 | 81,9 | 84,2 | 84,5 | 83,7 | 82,9 | 81,1 | 81,6 | 82,2 | 81,5 | 81,4 | 82,2 |
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (normal climatológica de 1961-1990;[11][12][13][14][15] recordes de temperatura: 01/1961 a 05/1977).[16][17] | |||||||||||||
Fonte #2: Climate Data (precipitação, 1982-2012).[18] |
O clima do município, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o subtropical, tipo Cwa. O verão é pouco quente e chuvoso; o inverno, ameno e subseco. A média de temperatura anual gira em torno dos 17 °C, sendo o mês mais frio julho (média de 13 °C) e o mais quente fevereiro (média de 20 °C). O índice pluviométrico anual é de aproximadamente 1 600 milímetros. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), de 1961 a 1977 (até 31 de maio) a menor temperatura registrada em Mogi das Cruzes foi de 0,2 °C em 25 de agosto de 1962,[16] e a maior atingiu 34,7 °C em 22 de fevereiro de 1973.[17] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 132,1 milímetros em 27 de fevereiro de 1969.[19] O menor índice de umidade relativa do ar foi registrado na tarde de 25 de setembro de 1974, de 36%.[20]

Demografia[editar | editar código-fonte]
- População total:430.901[21]
- Homens: 188.857
- Mulheres: 198.922
- População Urbana: 400.435
- População Rural: 30.466
- Densidade demográfica (hab./km²): 544,12
- Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 14,18 (dados de 2014)
- Expectativa de vida (anos): 71,08
- Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,15
- Taxa de alfabetização: 93,50%
- Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,783
- IDH-M Renda: 0,762
- IDH-M Longevidade: 0,851
- IDH-M Educação: 0,740
Composição racial[editar | editar código-fonte]
Raça | Porcentagem |
---|---|
Branca | 52,1% |
Negra | 36,88% |
Parda | 28,8% |
Amarela | 14,8% |
Indígena | 0,1% |
Segurança Pública[editar | editar código-fonte]
Ocorrências por 100 mil habitantes:[editar | editar código-fonte]
Os dados referente ao número de ocorrências por 100 mil habitantes, no ano de 2016:
- Homicídio Doloso : 7,23
- Furto: 416,20
- Roubo: 217,51
- Furto e Roubo de Veículos: 226,93
Ocorrências absolutas em 2016:[editar | editar código-fonte]
- Homicídio Doloso: 30 ( 0,08 por dia)
- Furto: 2.973 (8,14 por dia)
- Roubo: 1.318 (3,60 por dia)
- Furto e roubo de veículos: 942 (2,6 por dia)
Gráfico de Roubo e Furto de Veículos:[editar | editar código-fonte]
Abaixo está o gráfico que mostra a evolução do número de roubo e furto de veículos a partir de 2001 até 2016:

Gráfico de homicídios dolosos:[editar | editar código-fonte]
Abaixo está o gráfico que mostra a evolução do número de homicídios dolosos a partir de 2001 até 2016:

CDP Mogi das Cruzes[editar | editar código-fonte]
Mogi das Cruzes conta também com um Centro de Detenção Provisória (CDP), que foi inaugurado em 15 de Outubro de 2002 e que é administrado pela SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) e está localizado na Estrada do Taboão.[22] Segundo a SAP a capacidade do CPD Mogi das Cruzes é de 584 detentos, mas na realidade sofre com superlotação de mais de 2.000 pessoas.[23]
Transportes[editar | editar código-fonte]
Trens[editar | editar código-fonte]
O município é servido pelos trens da Linha 11 da CPTM da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e conta com quatro estações ferroviárias[24]:
- Estação Jundiapeba (distrito de Jundiapeba);
- Estação Brás Cubas (distrito de Brás Cubas);
- Estação Mogi das Cruzes (centro);
- Estação Estudantes (acesso às universidades mogicruzenses UMC e UBC, ao Mogi Shopping e ao terminal Rodoviário Geraldo Scavone).
Também no município situa-se a antiga Estação Sabaúna, atualmente utilizada como espaço cultural e ocasionalmente usada como destino do Expresso Turístico da CPTM, principalmente na época do Natal.
Ônibus[editar | editar código-fonte]
Duas empresas são responsáveis por fornecer e operar os ônibus municipais: a CS Brasil e a Princesa do Norte. Os ônibus são integrados pelo Sistema Integrado Mogiano, que separa a cidade em oito regiões diferentes. É possível realizar a integração com linhas diferentes com o passe eletrônico SIM.[25]
Há dois terminais de ônibus na cidade: o Terminal Central, que se interliga a Estação Mogi das Cruzes da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e o Terminal Estudantes, que fica próximo da estação de mesmo nome, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
Também faz parte da Área 4 da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo, com o Consórcio Unileste, com linhas intermunicipais, que ligam a cidade com as demais cidades da região do Alto Tietê e com a capital estadual.
Há ainda os ônibus rodoviários que partem do Terminal Rodoviário Geraldo Scavone, para a capital e litoral, além de outros estados.
Rodovias[editar | editar código-fonte]
O município é cortado e servido pelas seguintes rodovias estaduais:
- SP-39 Estrada das Varinhas (Rodovia Engenheiro Cândido do Rego Chaves);
- SP-43 Estrada Quatinga-Barroso;
- SP-66 Estrada Velha São Paulo-Rio e Mogi-Guararema (Rodovia Henrique Eroles);
- SP-70 Rodovia Ayrton Senna;
- SP-88 Mogi-Dutra (Rodovia Pedro Eroles) e Mogi-Salesópolis-Pitas (Rodovia Prof. Alfredo Rolim de Moura);
- SP-98 Mogi-Bertioga (Rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro);
- SP-102 Rodovia Prefeito Francisco Ribeiro Nogueira.
Educação[editar | editar código-fonte]
No ensino básico (ensino fundamental e ensino médio), de acordo como o Ministério da Educação, entre as dez escolas com médias mais elevadas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica da Região do Alto Tietê, cinco estão no município – incluindo a que conquistou o primeiro lugar entre as instituições do primeiro ciclo do ensino fundamental (1ª a 4ª série), a Escola Municipal Professor Jair Rocha Batalha, que obteve nota 6,5 em uma escala de 0 a 10. A nota coloca a escola entre as poucas do país com qualidade de escola de país desenvolvido. Para entrar neste grupo, uma escola deve obter uma nota maior ou igual a 6 no IDEB.[26]
Em relação ao ensino técnico, a cidade abriga diversas escolas técnicas particulares e a escola técnica pública ETEC Presidente Vargas, vinculada ao Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, fundada em 1948 e em funcionamento desde 1957.[27]
Mogi das Cruzes conta com duas universidades de grande porte, a Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e a Universidade Braz Cubas (UBC), duas faculdades (Clube Náutico Mogiano e Instituto de Filosofia e Teologia Paulo VI), uma unidade de educação a distância da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, e um campus da Faculdade de Tecnologia de Mogi das Cruzes (FATEC), sendo esta última vinculada ao Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza.[28]
SENAI Nami Jafet[editar | editar código-fonte]
Mogi conta também com uma unidade do SENAI, que oferece cursos técnicos, cursos de aprendizagem industrial além de cursos de formação inicial e continuada. O SENAI em Mogi das Cruzes foi inicialmente denominada como Escola SENAI Zona C (Central), prefixo Z-21 e iniciou suas atividades em 09 de maio de 1945, na Rua Senador Dantas, n.º 326, no centro da cidade, onde permaneceu funcionando até 1962. Suas instalações foram transferidas para o novo prédio, construído, em terreno próprio cedido pela Prefeitura, localizado na Rua Dom Antônio Cândido de Alvarenga, 353 - Centro - Mogi das Cruzes, SP, em uma área de 8.544 m², sendo 4.423 m² de área construída. A Escola recebeu em 1964, sua atual denominação de Escola SENAI “Nami Jafet”.
Saneamento básico[editar | editar código-fonte]
O município, a partir da infraestrutura de esgoto do SEMAE, serve 92,14% da população,[29] com uma taxa de 60,93% do tratamento de esgoto.[30] O SEMAE é uma autarquia municipal, responsável pelo esgoto, coleta e tratamento.[31]
Economia[editar | editar código-fonte]
Mogi das Cruzes tem uma economia diversificada. Possui uma agricultura muito forte: é o maior polo produtor de hortaliças, cogumelos, caqui, orquídeas e nêsperas do Brasil. Por outro lado, é uma cidade que vive uma expansão industrial forte, com 891 indústrias, entre elas a General Motors (GM), Júlio Simões Logística (JSL), a Valtra, controlada pela AGCO Corporation, que é a maior fabricante de tratores agrícolas do Brasil, a Imerys do Brasil, indústria química, a Kimberly Clark,Höganäs Brasil Ltda, empresa no setor de higiene e bem-estar e a Gerdau. O setor industrial emprega 20 mil pessoas. No setor de serviços, há 21 mil pessoas empregadas e duas das maiores empresas de telemarketing do País, a TIVIT e a Contractor, que empregam mais de 5 mil pessoas. No comércio, há 7 200 estabelecimentos comerciais e 17 mil pessoas empregadas.
No espaço de 15 milhões de metros quadrados, a prefeitura oferece incentivos fiscais, que variam de acordo com o faturamento e geração de empregos do empreendimento e já abriga 35 indústrias, entre elas a GM Motors e a Kimberly Clark.
Turismo[editar | editar código-fonte]
Um levantamento feito pela prefeitura constatou que o município tem cinco principais atrações turísticas: Pico do Urubu (Serra do Itapeti), Parque Centenário (César de Sousa), Parque Leon Feffer (Brás Cubas), Pedreira de Sabaúna e a Represa do Rio Jundiaí (Taiaçupeba). O Parque Centenário da Imigração Japonesa foi inaugurado em 2008 pelo então prefeito Junji Abe, em comemoração aos 100 anos do estabelecimento da colônia japonesa na cidade e no país.[32][33] [34]
O Parque Natural Municipal Francisco Affonso de Mello – Chiquinho Veríssimo, na Serra do Itapeti, pode ser considerado um grande viveiro da flora e fauna nativas da Mata Atlântica. Atende com visitas monitoradas com agendamento prévio.
Além dessas atrações naturais e parques, Mogi das Cruzes conta desde 13 de junho de 2009 com um "Expresso Turístico". Trata-se de uma locomotiva da CPTM que puxa dois vagões fabricados na década de 1960, entre as estações da Luz e Mogi das Cruzes.[35]
Arte e cultura[editar | editar código-fonte]
Mogi das Cruzes possui produção cultural nas mais variadas vertentes artísticas. Possui dois teatros municipais: o Theatro Vasques, inaugurado em 1902 e recentemente restaurado, localizado no Largo do Carmo, e o Teatro Doutor Bóris Grinberg, inaugurado em 2007, localizado no bairro Nova Mogilar.
O "Salão da Primavera" - exposição artística de quadros sobre o tema - é um dos mais antigos da região. São diversas academias de dança, companhias teatrais, músicos, pintores, fotógrafos, escritores.
Também é da cidade o grupo teatral mais antigo da Região do Alto Tietê, o "TEM - Teatro Experimental Mogiano" fundado em 1965, onde atuou Ricardo Blat.
O cartunista Maurício de Sousa, apesar de nascido no município vizinho de Santa Isabel, iniciou sua produção artística durante o período em que morou em Mogi das Cruzes, produções estas distribuídas nos veículos de mídia do município e da região. Vários de seus personagens mais famosos foram inspirados em habitantes de Mogi das Cruzes.
Além disso, existe, em Mogi das Cruzes, uma antiga música para orquestra e coro composta no Brasil. Trata-se da Ladainha de Nossa Senhora Aparecida, composta por Faustino Xavier do Prado, mestre de capela da igreja do Carmo de Mogi das Cruzes, no início do século XVIII (entre 1725 e 1740).
Seguindo essa tradição musical, há em Mogi, atualmente, duas bandas sinfônicas e uma orquestra sinfônica: a Banda Sinfônica Jovem Mario Portes, que tem como regente o maestro Felipe Bordignon; a Banda Sinfônica de Mogi, que tem como regente o maestro Daniel Bordignon; e a Orquestra Sinfônica de Mogi das Cruzes, que tem como regente o maestro Lelis Gerson.
O CECAP - Centro Cultural Antônio do Pinhal, fundado em 15 de dezembro de 2006, desenvolve um conjunto de atividades artísticas culturais, oferecendo gratuitamente o curso de História da Arte do Século XX, que resgata a história da arte e o artista mogiano.
Religião[editar | editar código-fonte]
De acordo com o Censo 2010,[36][37] a religião católica apostólica romana constitui 51,47% da população, os segmentos evangélicos 35%, a religião espírita 11% e os demais segmentos religiosos, juntamente com os habitantes que se declaram sem religião, somam 2,53%.
Esportes[editar | editar código-fonte]
O Mogi das Cruzes Basquete, por razões de patrocínio, Mogi das Cruzes/Helbor, ou simplesmente Mogi Basquete, é um clube de basquete brasileiro com sede em Mogi das Cruzes, São Paulo
O basquete profissional de Mogi das Cruzes surgiu em 1995,[1][2] e começou a brilhar em 1996, quando a equipe se chamava Mogi/Report/Eroles e conquistou o Campeonato Paulista, vencendo na final o tradicional time do Cougar/Franca.[3] Na semifinal havia batido o outro time francano, o Dharma/Yara/Franca. Ainda neste ano participa pela primeira vez do Campeonato Brasileiro, terminando na sexta colocação.
Em 1997 o time mogiano chega às semi-finais do campeonato nacional, perdendo para o campeão daquele ano, o Cougar/Franca.
Em 1998, já como Mogi/Valtra Tratores a equipe é vice-campeã paulista, perdendo a final para o Mackenzie/Microcamp/Barueri, de Oscar Schmidt, com uma sexta de três pontos no último segundo do quinto jogo feita por Paulinho Villas Boas, ex-jogador do time mogiano.[4] No Campeonato Brasileiro a equipe chega novamente aos playoffs, perdendo nas quartas para o Rio Claro, terminando a competição na quinta colocação.
Entre 1999 e 2005 a equipe manteve-se entre as principais equipes do basquete brasileiro, conseguindo resultados expressivos, jogando com os nomes fantasiaValtra/UBC/D'avó e Mogi/UBC/D'avó. Em 2003, com o nome de Corinthians/UMC/Mogi, o time é mais uma vez vice campeão paulista, perdendo a final para o COC/Ribeirão Preto.[4] Em 2004 o time fica em 4º lugar no Campeonato Brasileiro, perdendo nas semifinais para o campeão daquele ano, o Unitri/Uberlândia.[5]Em 2005, no último ano em atividade, disputou o Campeonato Brasileiro.
Em 2011, no retorno às atividades, o time disputou o Torneio Novo Milênio, buscando uma vaga no Campeonato Paulista de Basquete, para isso, era preciso terminar entre os 4 primeiros colocados do campeonato, classificação conquistada com a chegada às semifinais do campeonato.[6] No retorno à elite do basquetebol paulista como Mogi/Sanifill, a equipe faz boa campanha e se classifica para a fase playoff, voltando a encontrar um rival tradicional e reeditando um clássico do basquete contra a equipe de Bauru, sendo eliminada por ela nas quartas de final. A equipe termina o Campeonato Paulista de 2011 em 8º lugar.[6][7]
Ainda em 2011, a equipe é convidada a disputar o torneio Basketball Days, na Holanda, chegando à final, sendo derrotada pela equipe da casa, o Landstede Basketball. Neste torneio teve dois jogadores premiados: o ala Guilherme Filipin e o ala-pivô Fernando Alvin.[8] Já em 2012, o Mogi Basquete participa da Copa Brasil Sudeste e termina com o 3º lugar, o que credenciou a equipe a participar da Super Copa Brasil,[9] competição que levaria o campeão e vice à elite do basquete brasileiro, o NBB. A equipe sediou e foi campeã invicta da Super Copa Brasil, realizada em maio, vencendo os times do Palmeiras, Campo Mourão (PR) e Sport Recife (PE) na fase classificatória. Garantiu classificação à Liga Nacional de Basquete temporada 2012/2013 vencendo o Lajeado (RS). Na final derrotou o Palmeiras, que também já havia garantido sua vaga no NBB.[10][11] No Campeonato Paulista a equipe novamente se classifica aos playoffs, sendo derrotada mais uma vez pela equipe de Bauru.
Em 24 de novembro de 2012 a equipe, com o nome fantasia de Mogi/Helbor, e com a presença do jogador Rafael Bábby no elenco, faz a sua estreia na Liga Nacional de Basquete.
Em 2014, a equipe se classifica para os playoffs do NBB pela primeira vez, sendo eliminado nas semifinais pelo Flamengo. A boa campanha credenciou o Mogi Basquete a disputar a Liga Sul-Americana de Basquete,[12] onde foi vice-campeão perdendo a final para a equipe do Bauru Basket.[13][14]
Em 2015, após 12 anos, a equipe mogiana voltou a disputar uma final de Campeonato Paulista,[15] mas ficou com o vice ao ser derrotada por São José por 2 X 1.[16] Em 2016, o Mogi participou pela primeira vez da Liga das Américas. Os mogianos conseguiram a vaga por ser o segundo melhor brasileiro na Liga Sul-Americana (Limeira tinha garantido a vaga na Liga das Américas 2016, mas encerrou suas atividades).[17] O time teve boa participação e terminou em terceiro lugar ao bater o Flamengo na disputa do bronze.[18]
Em 2016 o Mogi/Helbor conquistou o 1º lugar no Campeonato Paulista de Basquete ao vencer a equipe de Bauru, tornando-se bi-campeão vinte anos após a conquista do primeiro título paulista.[38]
Ainda em 2016, a equipe conquistou seu primeiro título da Liga Sul-Americana de basquete com uma campanha invicta e vencendo a equipe Bahía Blanca da Argentina.[39]
Filhos Ilustres[editar | editar código-fonte]
- Dona Yayá (herdeira da abastada família Melo Freire, que legou todos os bens à Universidade de São Paulo (USP), bem como sua chácara ao poder executivo e legislativo de Mogi, universidades, tiro de guerra, shopping e centro cívico da cidade [40][41])
- Duca Rachid (escritora de telenovelas)
- Hélio Bicudo (jurista, político e militante dos direitos humanos)
- Luiz Bacci (jornalista e apresentador)
- Maikon Leite (futebolista)
- Nilo Guimarães (basquetebolista)
- Pedro Gicca (modelo)
- João Olavo Souza "Feijão" (tenista)
- Nelson Freitas (ator e humorista)
- Canarinho (humorista)
- Neymar Jr. (futebolísta)
- Maurício de Sousa (escritor e ilustrador de quadrinhos)
- Gigi Monteiro (fotógrafa, atriz e apresentadora de televisão)
Política municipal[editar | editar código-fonte]
O Poder Executivo da cidade de Mogi das Cruzes é representado pelo prefeito e seu gabinete de secretários, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ «Mogi das Cruzes dá início à festa da padroeira Sant'Anna». G1. 15 de julho de 2016. Consultado em 11 de julho de 2017
- ↑ «O recorte das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias de 2017» (PDF). Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2017. p. 20–34. Consultado em 10 de agosto de 2017
- ↑ «Distâncias entre a cidade de São Paulo e todas as cidades do interior paulista». Consultado em 26 de janeiro de 2011
- ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Estimativa da população 2017 » população estimada » comparação entre os municípios: São Paulo». Consultado em 20 de outubro de 2017. Cópia arquivada em 20 de outubro de 2017
- ↑ «Ranking IDHM dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 31 de julho de 2013
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2009». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 Texto "s%EDntese-das-informa%E7%F5es " ignorado (ajuda)
- ↑ NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 588.
- ↑ «Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes»
- ↑ «O sonho:uma cidade humana»
- ↑ «Temperatura Média Compensada (°C)». Instituto Nacional de Meteorologia. 1961–1990. Consultado em 20 de julho de 2015. Cópia arquivada em 4 de maio de 2014
- ↑ «Temperatura Máxima (°C)». Instituto Nacional de Meteorologia. 1961–1990. Consultado em 20 de julho de 2015. Cópia arquivada em 4 de maio de 2014
- ↑ «Temperatura Mínima (°C)». Instituto Nacional de Meteorologia. 1961–1990. Consultado em 20 de julho de 2015. Cópia arquivada em 4 de maio de 2014
- ↑ «Número de Dias com Precipitação Maior ou Igual a 1 mm (dias)». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 20 de julho de 2015. Cópia arquivada em 4 de maio de 2014
- ↑ «Umidade Relativa do Ar Média Compensada (%)». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 20 de julho de 2015. Cópia arquivada em 4 de maio de 2014
- ↑ a b «BDMEP - Série Histórica - Dados Diários - Temperatura Mínima (°C) - Mogi das Cruzes». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 20 de julho de 2015
- ↑ a b «BDMEP - Série Histórica - Dados Diários - Temperatura Máxima (°C) - Mogi das Cruzes». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 20 de julho de 2015
- ↑ «Clima: Mogi das Cruzes». Climate Data. Consultado em 20 de julho de 2015
- ↑ «BDMEP - Série Histórica - Dados Diários - Precipitação (mm) - Mogi das Cruzes». Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa. Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 20 de julho de 2015
- ↑ «BDMEP - Série Histórica - Dados Horários - Umidade Relativa (%) - Mogi das Cruzes». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 20 de julho de 2015
- ↑ a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. «IBGE». Consultado em 26 de Junho de 2017
- ↑ Fernandes, Fernanda (4 de Fevereiro de 2017). «Secretaria transfere mais de três mil detentos dos CDPs». Consultado em 26 de Junho de 2017
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