Igaratá

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Igaratá
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Igaratá
Bandeira
Brasão de armas de Igaratá
Brasão de armas
Hino
Gentílico igaratense
Localização
Localização de Igaratá em São Paulo
Localização de Igaratá em São Paulo
Localização de Igaratá em São Paulo
Igaratá está localizado em: Brasil
Igaratá
Localização de Igaratá no Brasil
Mapa
Mapa de Igaratá
Coordenadas 23° 12' 14" S 46° 09' 21" O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Região metropolitana Vale do Paraíba e Litoral Norte
Municípios limítrofes Norte: Joanópolis
Leste: São José dos Campos
Sudeste: Jacareí
Sudoeste: Santa Isabel
Oeste: Piracaia e Nazaré Paulista
Distância até a capital Não disponível
História
Fundação 19 de abril de 1864 (159 anos)
Administração
Prefeito(a) Elzo Elias de Oliveira Souza (PL, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 293,953 km²
População total (Estimativa IBGE/2021[1]) 9 631 hab.
Densidade 32,8 hab./km²
Clima Tropical de Altitude (Cwa)
Altitude 745 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [2]) 0,764 alto
PIB (IBGE/2008[3]) R$ 70 606,621 mil
PIB per capita (IBGE/2008[3]) R$ 7 936,90

Igaratá é um município brasileiro do estado de São Paulo, na microrregião de São José dos Campos.

Nele foi descoberta em 1981 uma espécie ainda não descrita de árvore da Mata Atlântica, a Buchenavia igaratensis, que está em extinção e só foi localizada em mais dois lugares.[4]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O nome “Igaratá” vem do Tupi – “Igara” significa barco/barca, canoa indígena. O significado mais conhecido é “canoa alta”, porém há registros do significado ser “canoa grande”, ou "canoa forte ou resistente".

História[editar | editar código-fonte]

Não há registros que conte toda a origem do povoado de Igaratá. Nascida no fundo do vale do rio do Peixe, quase na confluência do rio Jaguari, surgiu o pequeno amontoado de casas em torno de uma capela. Nem mesmo anotações batismais ou de casamentos registram a passagem das missões pela aldeia. O primeiro registro oficial marca o início da primeira fase da história da cidade. No dia 19 de abril de 1864, a Capela de Nossa Senhora do Patrocínio é levada à categoria de Freguesia e anexada à Comarca de São José dos Paraitininga. Quatro anos depois, no dia 9 de Maio de 1.868, a Freguesia muda de Comarca, com anexação ao município de Santa Isabel.

Em 23 de abril de 1863, com o mesmo nome, pela lei n.º 80 do Imperador, foi transformada em Município e anexada à comarca de Jacareí. O nome Igaratá, denominação de canoas com encostados altos, utilizada pelos índios guaranis que viviam na região passou a designar o nome da cidade em 22 de dezembro de 1.906, através da lei n.º 1402.

Como município, constituiu-se apenas como distrito de paz de Igaratá, e assim foi até que, em 21 de Maio de 1934, o município foi extinto e anexado novamente a Santa Isabel. Em 1.954, pela lei 2456 de 30 de Dezembro tornou-se novamente independente e, emancipado administrativa e politicamente, condições em que permanece até hoje.

No início dos anos 1960, surgiu o projeto de construção de uma represa que produzisse energia para satisfazer às necessidades de desenvolvimento do Vale do Paraíba. Por sua condição de ribeirinha do rio Jaguari, decidiu-se sacrificar o município. Com muitos esforços e dedicação das autoridades municipais, em 1968 surgiu a esperança de se reconstruir a cidade em outro sítio. Em 24 de abril de 1969 chegaram às primeiras máquinas para a construção da Nova Igaratá, marcando o início da Segunda fase da história do Município.

A “Nova Igaratá” nasceu, oficialmente, em 5 de dezembro de 1969, a três quilômetros da “Igaratá velha”. Todos os moradores da velha foram transferidos para a nova cidade, construindo suas casas em terreno doado pela CESP (Centrais Elétricas de São Paulo). Os que eram de fora ou não moravam na cidade velha poderiam comprar terrenos, se quisessem, e no início o preço era bem baixo para incentivar e promover o progresso local. Aos poucos foi construído ginásio, escola, delegacia de polícia, prefeitura e outras repartições.

Geografia e clima[editar | editar código-fonte]

Localiza-se a uma latitude 23º12'16" sul e a uma longitude 46º09'22" oeste, estando a uma altitude de 745 metros. Sua população estimada em 2021 era de 9 631 habitantes.[1] Possui um inverno relativamente frio e semi-seco e um verão super úmido e quente, sendo que as estações de outono e primavera são estações de transições apresentando características tanto do verão quão do inverno, com dias quentes ou frios e umidade aumentando ou diminuindo ao longo dos dias de ambas estas estações.

Os municípios limítrofes são Joanópolis ao norte, Piracaia a noroeste, Nazaré Paulista a oeste, Santa Isabel a sudoeste, Jacareí a sudeste e São José dos Campos a leste.[5]

Demografia[editar | editar código-fonte]

Dados do Censo - 2000

População total: 8.292

  • Urbana: 5.877
  • Rural: 2.415
  • Homens: 4.298
  • Mulheres: 3.994

Densidade demográfica (hab./km²): 28,27

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 15,42

Expectativa de vida (anos): 71,46

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,61

Taxa de alfabetização: 85,82%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,764

  • IDH-M Renda: 0,682
  • IDH-M Longevidade: 0,774
  • IDH-M Educação: 0,837

(Fonte: IPEADATA)

Hidrografia[editar | editar código-fonte]

Rodovias[editar | editar código-fonte]

Comunicações[editar | editar código-fonte]

A cidade foi atendida pela Companhia de Telecomunicações do Estado de São Paulo (COTESP) até 1973, quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que transferiu a concessão para a Companhia Telefônica da Borda do Campo (CTBC)[6]. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[7], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[8] para suas operações de telefonia fixa.

Economia[editar | editar código-fonte]

A maior parte do município está em áreas rurais, o que poderia dizer que a agricultura sustenta o município, porém a área agropecuária não é bem desenvolvida, bem como a área industrial, fazendo o município depender do turismo por suas belezas naturais e de um comércio pequeno e restrito. Há tentativas de desenvolver agricultura de subsistência e trabalhos artesanais, porém estas têm se revelado tímidas.

Na agropecuária destaca-se a atividade de criação de gado para corte e leite. Há alguns poucos criadores de peixes e ovinos, entre outras atividades. Na agricultura destaca-se o cultivo de frutas e culturas vegetais para subsistência própria ou venda no comércio cidade.

A cidade conta com um comércio local e restrito, pequenas indústrias (tornearia automática, peças de fixação, arames e molas) e os serviços autônomos e temporários são normalmente informais e garantem a sobrevivência de uma boa parte dos igarataenses.

Referências

  1. a b c «Igaratá». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Julho de 2021 
  2. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  3. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  4. IUCN Red List
  5. Municípios de São Paulo (mapa)
  6. «CTBC - Relatório Anual de 1975» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo 
  7. «Nossa História». Telefônica / VIVO 
  8. GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]