Bubbles (jogo eletrônico)

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Bubbles
Desenvolvedora(s) Williams Electronics
Publicadora(s) Williams Electronics
Designer(s) John Kotlarik
Tim Murphy
Python Anghelo
Plataforma(s) Arcade
Lançamento 1982
Gênero(s) Jogo eletrônico de plataforma
Gabinete De mesa, Miniatura, Vertical e de Duramold
Vídeo Orientação horizontal, com gráficos Raster

Bubbles (em português: Bolhas) é um jogo eletrônico de arcade fabricado pela Williams Electronics e lançado em 1982. É um jogo eletrônico de ação que possui gráficos bidimensionais (2D). Nele, jogador utiliza um joystick para controlar uma bolha numa pia de cozinha, onde objetivo é passar de nível limpando uma pia e evitando inimigos.

O desenvolvimento foi chefiado por John Kotlarik e Python Anghelo. Kotlarik desejava criar um videogame sem violência inspirado em Pac-man. Anghelo desenhou a arte e o cenário do jogo, assim como um gabinete especial de plástico que teve pouca utilização. O jogo recebeu uma opinião mesclada da crítica, que focou em sua premissa incomum. Bubbles foi depois lançado em uma versão online e em consoles domésticos como parte de compilações de jogos de arcade.

Jogabilidade[editar | editar código-fonte]

Bubbles é um jogo de ação com elementos de quebra-cabeça, onde o jogador controla o protagonista, uma bolha de sabão. O objetivo é limpar uma pia de cozinha movendo a bolha sobre formigas, migalhas de pão e gordura, para absorve-las. O jogador é atrapalhado por inimigos, como escovas, giletes, baratas e esponjas, que são mortais para o personagem. A bolha se torna maior a cada objeto absorvido, sendo que quando atinge certo tamanho, ela adquire um sorriso e se torna invulnerável à escova e à esponja, todavia o contato com elas faz a bolha ficar menor até que fique vulnerável novamente. No jogo, só é possível matar as baratas com uma vassoura, e não há modo de destruir os giletes.[1][2][3]

Após acabarem os objetos, o jogador avança de nível se sua bolha é grande o suficiente. Se neste ponto a bolha não tiver tamanho suficiente ou se o jogador entrar no ralo enquanto sua bolha é muito pequena, uma vida é perdida. Uma vez que a bolha se torna grande o bastante o ralo começa a emitir uma luz verde, indicando que o jogador pode entrar e avançar de fase.[1][2][3]

Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

O jogo possui um som monoaural e gráficos Raster, exibidos num Monitor CRT de dezenove polegadas. O conceito inicial foi desenvolvido por John Kotlarik, que pretendia criar um jogo não-violento. Inspirado por Pac-Man, ele imaginou uma jogabilidade semelhante, porém em um espaço aberto ao invés de um labirinto. Python Anghelo promoveu o conceito criando a arte e o cenário. Kotlarik desenhou o protagonista para ter um movimento fluido como se estive numa superfície escorregadiça. O esquema de controles permite à entrada digital operar de maneira similar a uma analógica. Ele programou a bolha para acelerar na direção em que o controle era segurado. Uma vez que ele retorna para a posição inicial, a bolha reduz, lentamente, a velocidade até parar. Anghelo também desenhou as tradicionais máquinas de madeira, assim como as novas, feitas de plástico com um formato cilíndrico, e Gary Berge, um engenheiro mecânico, criou as novas máquinas com um processo de moldagem rotacional.[3][4]

Recepção e Legado[editar | editar código-fonte]

O jogo recebeu uma opinião mista da crítica. O autor John Sellers listou Bubbles como um dos jogos de arcade mais estranhos já lançados. Clare Edgeley, da Computer and Video Games, fez declarações similares. Ela criticou o jogo, afirmando que o fundo azul era entediante e que faltava longevidade ao jogo. Já Darran Jones da Retro Gamer definiu o jogo como cativante e obscuro, também expressando o desapontamento de que poucas pessoas ainda se lembram do jogo. Brett Alan Weiss, escritor da Allgame afirmou que Bubbles é um jogo um pouco criticado demais, afirmando que, por mais que não fosse muito empolgante, tinha boas premissa e jogabilidade.[1][2][5][6]

As máquinas arcade de Bubbles tem variados níveis de raridade. As versões "de mesa" e em miniatura, são as mais raras, seguidas pelas versões de plástico e vertical, porém os modelos de plástico são mais valiosos entre os colecionadores. Como as máquinas de plástico eram muito duráveis, elas diminuiriam com o tempo, tornando o dispositivo inoperável. A Williams utilizou este formato para apenas mais um jogo, Blaster, lançado em 1983.[7][8] Desde seu lançamento, diversos jogadores tem competido para obter a maior pontuação em Bubbles, que desde 1984 é de aproximadamente um milhão e quinhentos mil pontos na versão arcade. Contudo, versões do jogo para outras plataformas possuem recordes diferentes.[9]

O jogo foi depois adaptado para outras plataformas. Em 2000, uma versão online de Bubbles foi ao ar juntamente com outros nove jogos de arcade clássicos no Shockwave.com. Quatro anos depois, a Midway Games também lançou um website que continha a versão do Shockwave. A Williams Eletronics também incluiu o jogo em três compilações de jogos de arcade: a Williams Arcade's Greatest Hits, de 1996, para SNES, PlayStation, Sega Genesis, e Sega Saturn; a Midway's Greatest Arcade Hits, de 2000, disponível apenas para Dreamcast; e a Midway Arcade Treasures, de 2003 para GameCube, PlayStation 2, Xbox e PC. [2][10][11][12][13][14]

Referências

  1. a b c Edgeley, Clare (1985). «Arcade Action». EMAP. Computer and Video Games (em inglês) (49). 80 páginas 
  2. a b c d Jones, Darran (2009). «Retrorevival: Bubbles». Imagine Publishing. Retro Gamer (em inglês) (60). 96 páginas 
  3. a b c «Bubbles - Videogame by Williams (1982)» (em inglês). Killer List of Videogames. Consultado em 27 de dezembro de 2011 
  4. Digital Eclipse (18 de novembro de 2003). Midway Arcade Treasures. PlayStation 2. Midway Games. Fase: The Inside Story On Bubbles 
  5. Sellers, John (2001). Arcade Fever. The Fan's Guide to The Golden Age of Video Games (em inglês). [S.l.]: Running Press. p. 88-89. ISBN 0762409371 
  6. Weiss, Brett Alan. «Bubbles - Allgame Review» (em inglês). Allgame. Consultado em 27 de dezembro de 2011 
  7. Ellis, David (2004). «Arcade Classics». Official Price Guide to Classic Video Games (em inglês). [S.l.]: Random House. p. 405. ISBN 0375720383 
  8. Digital Eclipse (18 de novembro de 2003). Midway Arcade Treasures. PlayStation 2. Midway Games. Fase: Blaster Trivia 
  9. Pequisa por "Bubbles" em http://www.twingalaxies.com/.
  10. Parker, Sam (5 de maio de 2000). «Midway Coming Back At You» (em inglês). Gamespot. Consultado em 27 de dezembro de 2011 
  11. Kohler, Chris (24 de setembro de 2004). «Midway Arcade Treasures Web site goes live» (em inglês). Gamespot. Consultado em 27 de dezembro de 2011 
  12. Weiss, Brett Alan. «Williams Arcade's Greatest Hits» (em inglês). Allgame. Consultado em 27 de dezembro de 2011 
  13. All Game Guide. «Midway's Greatest Arcade Hits: Vol. 1» (em inglês). Allgame. Consultado em 27 de dezembro de 2011 
  14. Harris, Craig. «Midway Arcade Treasures» (em inglês). IGN. Consultado em 27 de dezembro de 2011 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]