Carlos Prudêncio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Carlos Prudêncio
Carlos Prudêncio
Nascimento 1937

Carlos Prudêncio (1937)[1] é considerado o inventor da urna eletrônica. Ele a criou quando trabalhava como juiz eleitoral.[2]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Juiz Eleitoral[editar | editar código-fonte]

Começou sua carreira como juiz eleitoral em 1969, na cidade de São Francisco do Sul.[3] Depois, em 1978, se tornou juiz da 5ª Seção Eleitoral do Estado.[1] No cargo, estudou maneiras de agilizar a apuração de votos nos municípios. Ele convidou seu irmão, Roberto Prudêncio, dono da Alcance Informática,[1] a ajudá-lo na construção do coletor eletrônico de voto.[3] O primeiro teste se deu nas eleições de 1982, em Joaçaba,[1] mas foi testada em larga escala nas eleições de 1988 no município de Brusque.[3] Nos testes seguintes, o sistema ganhou apoio de organizações públicas, como o Centro de Referência em Tecnologias Inovadoras (CERTI), o Centro de Tecnologia Aeronáutica (CTA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).[1] Em 1996, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encomendou a fabricação das urnas pela primeira vez.[1] Em 2000, o voto eletrônico já estava presente em 100% dos municípios brasileiros.[1]

Tribunal de Justiça de Santa Catarina[editar | editar código-fonte]

Foi eleito para o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), com posse em 1 de fevereiro de 2010. Sua eleição foi contestada por ser uma afronta ao artigo 102 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman), mas foi mantida pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.[4]

Se aposentou do TJSC em 17 de dezembro de 2013.[5]

Condenações na Justiça[editar | editar código-fonte]

Prudêncio foi interceptado por acaso pela Polícia Federal (PF) na Operação Arrastão, que investigava jogos de azar. De acordo com o relatório da Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ), Prudêncio tinha conhecimento que Nauro Galassini mantinha relações sexuais com uma garota menor de idade e incentivava o ato. Em 3 de abril de 2014, a CNJ o aposentou compulsoriamente do TJSC, porém a medida não teve efeito prático, já que Prudêncio já era aposentado. No dia da decisão, Prudêncio anunciou que seus advogados protocolariam uma contestação no STF.[5]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d e f g «Urna Eletrônica». artigos.etc.br. 26 de setembro de 2011. Consultado em 5 de junho de 2023. Cópia arquivada em 5 de junho de 2023 
  2. «'Votos são auditáveis', diz inventor da urna eletrônica». Uol. 5 de agosto de 2021. Consultado em 3 de junho de 2023. Cópia arquivada em 3 de junho de 2023 
  3. a b c Moacir Pereira (29 de outubro de 2022). «Desembargador Carlos Prudêncio: "Urna eletrônica previa voto impresso"». ND Mais. Consultado em 3 de junho de 2023. Cópia arquivada em 3 de junho de 2023 
  4. «Presidente do STF mantém posse de corregedor eleito do TJ/SC». Migalhas. 26 de janeiro de 2010. Consultado em 3 de junho de 2023. Cópia arquivada em 3 de junho de 2023 
  5. a b «CNJ condena ex-desembargador Carlos Prudêncio». O Município. 4 de junho de 2014. Consultado em 3 de junho de 2023. Cópia arquivada em 3 de junho de 2023