Castelo Velho de Freixo de Numão

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Castelo Velho de Freixo de Numão
Apresentação
Tipo
Estatuto patrimonial
Sítio de Interesse Público (d) ()Visualizar e editar dados no Wikidata
Localização
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O chamado Castelo Velho de Freixo de Numão, ou Povoado do Castelo Velho de Freixo de Numã, é um povoado da Idade do Bronze com primeira ocupação do Calcolítico localizado na freguesia e povoação de Freixo de Numão, Município de Vila Nova de Foz Côa, Distrito da Guarda, em Portugal.[1]

Constitui um sítio arqueológico caracterizado pelos vestígios do que se acredita possa ter sido um castro pré-histórico. Implantado no alto de um esporão de xisto, aproveitando as condições naturais de defesa, é atualmente considerado um dos mais importantes povoados do Noroeste da Península Ibérica.[carece de fontes?]

Este sítio arqueológico encontra-se em classificado como Sítio de Interesse Público (SIP) desde 2010.[1]

História[editar | editar código-fonte]

As campanhas arqueológicas realizadas até ao momento permitem acreditar tratar-se de um sítio com ocupação datada entre 3000 a.C. e 2000 a.C., entre a Idade do Cobre e a Idade do Bronze.

O sítio foi sondado pela primeira vez no início da década de 1980, vindo a ser pesquisado sistemáticamente, a partir de 1989 pela Profa. Susana de Oliveira Jorge, no contexto de uma ampla campanha de prospecção realizada na região, a fim de avaliar o seu potencial arqueológico e estabelecer aqueles pontos merecedores de uma pesquisa mais detalhada. Integra atualmente o Parque Arqueológico do Vale do Côa.

A primeira fase construtiva do sítio é anterior ao terceiro milênio a.C., quando se registrou uma breve ocupação que, entretanto, permitiu fossem erguidas estruturas habitacionais, como testemunham alguns buracos de poste, lareiras e fragmentos cerâmicos. Data desse período a edificação de um torreão com evidências de ter sido utilizado até cerca de 1300 a.C..

Uma segunda fase construtiva registou-se entre cerca de 2900 a.C. e o início do segundo milénio a.C., abrangendo a edificação, na cota mais alta do esporão, do que se considera um "monumento" de planta sub-elíptica delimitado por uma pequena muralha e complementado, a Sul, por um recinto subcircular, bem como uma plataforma intermédia circundada por uma rampa ou talude, com átrio. Datam deste período algumas cabanas a ele associadas e diversos fragmentos de cerâmica, dormentes e moventes graníticos, pontas de seta, pesos de tear, diversos objetos de cobre e um de ouro, contas de colar e outros elementos de adorno.

Uma terceira fase construtiva decorreu entre o início do segundo milénio a.C. e 1300 a.C., enquanto as primitivas estruturas continuavam a ser utilizadas, enquanto se reconstruia uma rampa e se erguiam estruturas perecíveis. Data desta fase um espólio constituído por vasos cerâmicos, com motivos decorativos.

Uma quarta fase construtiva, mais recente, consistiu na petrificação da zona "monumental".

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Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]