Copernicus (cratera)

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Copernicus (cratera)
Geografia
Astro
Coordenadas
Diâmetro
96,07 km
Profundidade
3 800 m
Quadrângulo
LQ11 (d)
Geologia
Tipo
Exploração
Epónimo
Localização no mapa de Lua
ver no mapa de Lua
Copernicus vista da Apollo 12.

Copernicus é uma grande cratera de impacto com 93 km de diâmetro e 3.8 km de profundidade, situada na região chamada de Oceanus Procellarum, na Lua. Ela tem estimados 800 milhões de anos de existência e é típica do período chamado de Copérnico, no qual estas crateras, ao serem criadas, possuíam um proeminente sistema de raios marcando a superfície ao redor, consistindo de fina ejecta expelida quando de sua formação sob o impacto de um objeto celeste.[1][2]

Características[editar | editar código-fonte]

A cratera Copernicus é visível da Terra através de binóculos e se localiza a noroeste do centro do hemisfério da face visível da Lua. Ao sul da mesma, encontra-se o Mare Insularum e a sul-sudoeste está a cratera Reinhold. Ao norte, erguem-se os Montes Carpatus, que demarcam o limite sul do vizinho Mare Imbrium. A oeste de Copernicus encontra-se um grupo de pequenas colinas lunares dispersas. Devido a sua relativa juventude em termos de astrogeologia, ela permanece na mesma forma primitiva em que foi formada.[3]

Sua borda circular tem um forma notadamente hexagonal, com uma parede interna em camadas planas e um platô em declive com cerca de 30 km de extensão, que desce quase 1 km até os 'mares' ao redor.[3]

Devido em grande parte a sua formação recente, o chão da cratera não foi inundado de lava. O terreno ao longo do fundo dela é enrugado no sul e mais suave em direção ao norte. Os picos existentes em seu centro, consistem de tres cadeias separadas entre si, erguendo-se cerca de 1,2 km do solo. separadas umas das outras por vales. Observações através de raios infravermelhos destes montes durante os anos 80, determinaram que sua composição primária é do tipo máfico de olivina.[2]

Programa Apollo[editar | editar código-fonte]

No início da década de 1970, a NASA chegou a escolher a cratera Copernicus como um dos possíveis locais de pouso da nave Apollo 20, que levaria os astronautas Stuart Roosa, Jack Lousma e Don Lind à superfície da Lua.[4] Posteriormente, contudo, um grupo optou por realizar o pouso na região lunar de Marius Hills. Esta seria a nona e última missão tripulada à Lua, segundo o cronograma original. Contudo, devido a cortes orçamentários, as três últimas missões tripuladas à Lua terminaram canceladas.[5][6]

Referências

  1. KLEPESTA, J.; KOPAL, Z.; RACKHAM, T. W. Photographic Atlas of the Moon. Academic Press, Houston, TX, 1965.
  2. a b SAGAN, Carl. Pálido Ponto Azul: uma visão do futuro da Humanidade no espaço. Tradução de Rosaura Eichemberg. Companhia das Letras, São Paulo, 1996.
  3. a b CADOGAN, Peter. Lua: nosso planeta irmão. Tradução de João Guilherme Linke. Francisco Alves, Rio de Janeiro, 1985.
  4. COLLINS, Michael. O Fogo Sagrado: a jornada de um astronauta. Tradução de Affonso Blacheyre. São Paulo: Artenova, 1977.
  5. http://www.spacefacts.de/english/bio_cancelled.htm
  6. https://www.nasa.gov/feature/50-years-ago-nasa-cancels-apollo-20-mission