Diário de Bitita

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Journal de Bitita
Diário de Bitita
Diário de Bitita
Capa da segunda edição brasileira do livro Diário de Bitita.
Autor(es) Carolina Maria de Jesus
Idioma Português
País França
Assunto Diário, autobiografia, condições sociais, favela, racismo.
Gênero Literatura
Editora Nova Fronteira
Formato Brochura
Lançamento 1986
Páginas 206
Cronologia
Quarto de Despejo 1960

Diário de Bitita é um livro autobiográfico da escritora brasileira Carolina Maria de Jesus, que foi publicado postumamente em 1986.[1]

No livro, Carolina de Jesus narra desde seus primeiros anos de vida, passando por toda sua infância, adolescência e o princípio de sua vida adulta.[2]

Contexto[editar | editar código-fonte]

Publicado originalmente em francês, com o título de Journal de Bitita pela editora Métailié em 1982, o livro chegou no Brasil apenas em 1986 pela editora Nova Fronteira.[1]

Poucos anos antes de sua morte, em 1972, Carolina entregou para a jornalista Clélia Pisa dois cadernos com manuscritos, sendo um deles composto por diversos poemas, que posteriormente formariam o livro Um Brasil para Brasileiros, e outro composto por diversas narrativas autobiográficas que formam o livro Diário de Bitita.[3]

Em Janeiro de 2014 o livro foi republicado no Brasil, desta vez pela editora SESI-SP.[4]

O livro[editar | editar código-fonte]

Nascida em uma comunidade pobre na zona rural da cidade de Sacramento em Minas Gerais, em Diário de Bitita, Carolina Maria de Jesus narra as dificuldades enfrentadas no começo de sua vida, em meio à pobreza e à exclusão social contra a população negra, em um Brasil duas décadas após a abolição da escravatura.[5]

Em uma época onde o acesso à educação era extremamente restrito, especialmente para mulheres e pessoas negras como Carolina, o livro narra a busca de Bitita pelo estudo, seus primeiros anos frequentando a escola onde aprendeu a ler e escrever, algo raro para a época, e também o que o posterior abandono da escola.[6]

Diário de Bitita narra a vida de Carolina Maria de Jesus até o momento em que ela se muda para São Paulo após a morte de sua mãe, a vida de Carolina após essa mudança é narrado em seu livro de maior sucesso Quarto de Despejo.[5]

Referências

  1. a b Jesus, Carolina Maria de (1986). Diário de Bitita. Rio de Janeiro: Nova Fronteira 
  2. Seles, Tânia (4 de setembro de 2019). «Diário de Bitita: a infância de Carolina de Jesus em um Brasil pós-abolição». Delirium Nerd. Consultado em 3 de abril de 2023 
  3. Fernandez, Raffaella Andréa (2014). «Vários "Prólogos" para um Journal de Bitita/ Diário de Bitita ou Por que editar Carolina?». Scripta. 18 (35): 285. Consultado em 3 de abril de 2023 
  4. «Diário de Bitita - Carolina Maria de Jesus - Sesi». Livraria Simples. Consultado em 4 de abril de 2023 
  5. a b D'Angelo, Luisa Bertrami (12 de março de 2018). «O Diário de Bitita: a vida de Carolina de Jesus antes de seu "Quarto de despejo"». NotaTerapia. Consultado em 3 de abril de 2023 
  6. Bengozi, Bruna (6 de novembro de 2019). «Diário de Bitita (Carolina Maria de Jesus) e a memória de uma mulher às margens». Livro&Café. Consultado em 3 de abril de 2023