Dia dos Santos Inocentes

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Massacre dos Inocentes.
Por Girolamo Donnini.

O Dia dos Santos Inocentes é uma celebração cristã em homenagem aos Santos Inocentes, os meninos assassinados no evento bíblico que ficou conhecido como Massacre dos Inocentes, relatado em Mateus 2:16–18, festejada entre os dias 27 e 29 de dezembro, dependendo da denominação cristã.

Comemoração[editar | editar código-fonte]

A comemoração do massacre dos "Santos Inocentes" - considerados por muitos cristãos como sendo os primeiros mártires[1] - apareceu primeiro como uma festa na igreja ocidental no "Sacramentário Leonino" (ca. 485 d.C.). As primeiras comemorações estavam ligadas à Festa da Epifania, em 6 de janeiro: Prudêncio menciona os Inocentes em seu hino sobre a Epifania. Leão Magno, em suas homilias sobre a Epifania, fala sobre os Inocentes. Fulgêncio de Ruspe (séc. VI) também compôs uma homilia (De Epiphania, deque Innocentum nece et muneribus magorum - "Sobre a Epifania e sobre o assassinato dos Inocentes e os presentes dos Magos").[2]

Atualmente, a data da festa varia. Para os sírios ocidentais (Igreja Ortodoxa Síria, Igreja Católica Siro-Malancar e a Igreja Maronita) e os sírios orientais (Igreja Católica Caldeia e a Igreja Católica Siro-Malabar), o dia é 27 de dezembro. Para a Igreja Católica, Igreja da Inglaterra e a Igreja Luterana, a data é 28 de dezembro. Já a Igreja Ortodoxa comemora os Inocentes em 29 de dezembro.

Dia dos Tolos[editar | editar código-fonte]

Els Enfarinats, em Ibi.

Na Espanha, na América Espanhola e nas Filipinas, o dia 28 de dezembro é dia para pregar peças, o equivalente ao Dia da mentira em muitos países. As piadas (bromas) também são conhecidas por lá como inocentadas e suas vítimas são chamadas de inocentes ou, alternativamente, os piadistas é que são os inocentes e suas vítimas não podem ficar bravas com eles, uma vez que eles não cometeram nenhum "pecado". Uma das mais famosas dessas tradições é o festival "Els Enfarinats", em Ibi (Alicante), onde os inocentes se vestem com roupas militares e provocam uma guerra de farinha.[3]

Referências

  1. Sir William Smith e Samuel Cheetham , A dictionary of Christian antiquities, s.v. "Innocents, Festival of the" relata Ireneu de Lyon (Adv. Haer. iii.16.4) e Cipriano (Epístola 56) no início de uma extensa lista.
  2. Prudêncio, Leão Magno e Fulgêncio de Ruspe são citados na obra de Sir William Smith e Samuel Cheetham, A dictionary of Christian antiquities, s.v. "Innocents, Festival of the".
  3. BBC News report of the 2010 festival