Discussão:Eurasianismo

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Refazendo edição desfeita[editar código-fonte]

  • WP:RUSSO não permite Aleksandr. A transliteração seria Alexandr, mas os livros autor foram traduzidos para o português como Alexander. Ambas as últimas formas são possíveis, mas a primeira não é.
  • Mervyn F. Bendle é um estudioso especializado em psicanálise, teoria social e religião comparada, não em filosofia política, autoritarismo, geopolítica, Rússia, etc. O site em que ele escreveu, Quadrant, tem um viés abertamente liberal-conservador, um histórico de colaboração com a CIA e já se viu envolvido na publicação de um artigo totalmente falso submetido apenas para confirmar seu viés de direita. Não é fonte neutra fiável, e não há surpresa que se meta a reducionismos. O trecho que o caracteriza como um nazista ecologista é uma citação de Robert Zubrin, um engenheiro aeroespacial...
  • Franklin Ferreira é um teólogo formado apenas em teologia, e o livro que foi utilizado sobre ele é sobre o pecado de idolatria, publicado por uma editora religiosa (como o nome já mostra). Zero credibilidade para uma enciclopédia.
  • As novas fontes são dois dos maiores jornais do Brasil e uma revista acadêmica de geopolítica revisada por pares, evidentemente superiores às duas antigas.

Leefeniaures audiendi audiat 19h54min de 22 de julho de 2020 (UTC)[responder]

Você removeu um parágrafo inteiro alegando no sumário que "as fontes eram ensaios opinativos de autores desconhecidos"

  • Mervyn F. Bendle é doutorado em história, professor universitário na James Cook University, comentador frequente em revistas e na televisão australiana e com vasta obra publicada sobre a sociedade contemporânea. Não sei onde você foi buscar a ideia de que neste artigo só se admitem fontes de quem seja doutorado em "Rússia" ou "geopolítica". Sobre a revista onde ele publicou, sim, tem uma orientação conservadora, tal como o Wall Street Journal ou o The Times. Que eu saiba, nenhuma dessas fontes foi alguma vez considerada "inválida". No mundo anglo-saxónico, é normal as publicações afirmaram claramente a sua orientação. O que determina a fiabilidade de uma fonte não é a declaração de orientação, é o rigor no tratamento da informação. Por exemplo, a FoxNews não é fiável não por se afirmar de orientação conservadora, mas porque tem um registo imenso de sensacionalismo, deturpação de factos, inexistência de fcat-checking e histórias falsas. Sobre essa história de colaboração com a CIA e do hoax, está a desenquadrar as coisas do contexto, pelo que deve ler melhor o artigo em inglês.
  • Sobre Franklin Ferreira concordo. Mas o parágrafo é suportado por Bendle. Essa referência só estava lá a encher chouriços.

O que é muito estranho é você ter removido um parágrafo de um doutorado em história com vasta obra publicada sobre o tema e comentários frequentes nos media alegando tratar-se de um "desconhecido" e ter substituído por:

  • Um tal de Gabriel Trigueiro, que não aparenta ser mais do que um colunista e não encontro CV em lado nenhum
  • Outro tal de Dídimo Matos, que aparenta ser um doutorando na universidade de são paulo com apenas 5 publicações, e cujo artigo usa blogs como fontes.
  • Outro artigo de uma tal Patrícia Campos Mello, que não aparenta ser mais do que repórter.

Para quem criticava tanto a fonte que estava no artigo, esperava-se que fosse buscar fontes de imenso calibre, autoridade e reputação mundial. Mas não. Foi buscar fontes de outros imensamente mais desconhecidos. Sendo assim, não vejo qualquer justificação para a alteração do parágrafo. JMagalhães (discussão) 20h31min de 22 de julho de 2020 (UTC)[responder]

Compreendo que as minhas fontes foram de qualidade mediana, mas por outro lado Bendle parece solitário em sua associação de Dugin com o nazismo, e sua tese ainda é fundada em citações parcas e um engenheiro aeroespacial. Este artigo, que inclui por coautor Shekhovtsov, um dos maiores especialistas em nacionalismo russo contemporâneos, qualifica Dugin como uma espécie de neofascista com raízes no Movimento Revolucionário Conservador, que, apesar de ter minado a confiança nas instituições democráticas entre a intelectualidade alemã antes do surgimento do nazismo, não participou do mesmo; ainda, discute sua relação com tradicionalistas. Este outro artigo de Shekhovtsov novamente o associa a um fascismo (embora citando três autores que discordam da etiqueta) dissimulado, localizando suas raízes em uma síntese entre o gramscismo e a direita radical, repetindo algumas afirmações que eu havia retirado do artigo do Dídimo (anticapitalismo, pluralismo, anti-imperialismo, valorização de nacionalismos) e traçando paralelos com a Nova Direita. Este artigo do The Europe Center novamente faz uma associação com o fascismo, mas é mais preocupado com o que interessa para este artigo que é apontar que o eurasianismo de Dugin pretenderia erguer diversos núcleos imperialistas cooperativos ao longo da Eurásia. Esta resenha de Marlenne Laruèle, citada em uma das fontes que coloquei, o caracteriza como um radical de direita interessado no expansionismo russo através de seu projeto eurasianista.

Como pode ver, existem amplas fontes caracterizando a teoria de Dugin como uma variante fascista, mas dizer que "predomina o nazismo" em sua elaboração é bastante impreciso e redutivo, especialmente se tendo por base em um engenheiro aeroespacial citado por um jornal com declarado viés de direita. Aguardo sua análise. Leefeniaures audiendi audiat 21h20min de 22 de julho de 2020 (UTC)[responder]

Não percebi. Afinal a sua intenção foi substituir as fontes por outras de melhor qualidade ou foi deliberada para remover a associação das ideias de Dugin com o nazismo? Fica difícil perceber o que é que está exatamente a contestar. JMagalhães (discussão) 22h16min de 22 de julho de 2020 (UTC)[responder]
Busquei reescrever um parágrafo que não fazia uma representação precisa do autor usando fontes ruins por um utilizando fontes melhores e termos mais precisos. Com a contestação da qualidade das fontes que eu trouxe, volto agora com fontes melhores e um resumo do que elas dizem. A questão não é só a associação godwiniana com o nazismo (que poderia ser sustentada com fontes melhores), mas também as raízes do pensamento de Dugin de forma geral e uma qualificação de no que consiste sua variante de neo-eurasianismo. Falar em ecologismo/ludismo/anti-industrialismo, por exemplo, parece-me simplesmente irrelevante, e só consigo presumir que a raiz disto estaria no fato de a opinião referenciada ser de um engenheiro aeroespacial. Leefeniaures audiendi audiat 23h02min de 22 de julho de 2020 (UTC)[responder]
Bendle não é uma "fonte ruim". Pode haver fontes ainda melhores? Pode. Mas as que você trouxe são manifestamente piores. Independentemente dessa questão, o que não falta são fontes fidedignas que afirmam que os dois livros de Dugin são praticamente decalcados dos princípios nazifascistas. JMagalhães (discussão) 23h28min de 22 de julho de 2020 (UTC)[responder]

Tenho uma sugestão por um meio-termo que retira as partes mais opinativas de Bendle e as substitui por uma visão geral mais ampla:

A versão de eurasianismo de Dugin trouxe amplas discussões sobre sua localização no espectro político, tendo suas influências apontadas no Movimento Revolucionário Conservador, no nazifascismo (o que é negado pelo mesmo), no comunismo (especialmente na corrente gramscista), no tradicionalismo e em correntes europeias da Nova Direita (tanto por influência mútua como por paralelo).[1][2][3] Dugin propõe a Rússia como líder de um movimento ao longo da Eurásia de oposição ao atlantismo e ao imperialismo, o que é criticamente recebido como uma busca por um imperialismo russo, talvez em conjunção com outros aliados imperialistas continentais.[3][4][5] Dugin propõe por valores políticos o anticapitalismo, o pluralismo de valores e a valorização de todos os nacionalismos, aliadas à palingênese e a um Estado hierárquico, o que fundamenta suas associações à extrema-direita.[3]

Referências

  1. Quadrant - Putin’s Rasputin. Mervyn F. Bendle, 3 de Setembro de 2014, (em inglês) Acessado em 26/03/2018.
  2. Shekhovtsov, Anton; Umland, Andreas (2009). «Is Aleksandr Dugin a Traditionalist? "Neo-Eurasianism" and Perennial Philosophy». The Russian Review. 68 (4). pp. 662–78 
  3. a b c Shekhovtsov, Anton (2009). «Aleksandr Dugin's Neo-Eurasianism: The New Right à la Russe». Religion Compass. 3 (4). pp. 697–716 
  4. Dunlop, John B. «Aleksandr Dugin's Foundations of Geopolitics» 
  5. Licourt, Julien (12 de março de 2015). Les États-Unis sanctionnent le théoricien du nouvel impérialisme russe. Le Figaro. [S.l.: s.n.] 
  • Citação: A versão de eurasianismo de Dugin trouxe amplas discussões sobre sua localização no espectro político
  • Citação: tendo suas influências apontadas ... no comunismo (especialmente na corrente gramscista)

Pode esclarecer melhor que texto e em que fonte sustenta estas duas afirmações, que não estou a encontrar? JMagalhães (discussão) 00h08min de 23 de julho de 2020 (UTC)[responder]

A primeira parte é mais uma introdução, para que as fontes aparentemente contraditórias não sejam "jogadas", mas é referenciado em Shekhovtsov (2009), junto com a associação ao gramscismo, no terceiro parágrafo da seção Ideas Matter. A associação ao comunismo (mas não especificamente ao gramscismo) também é levantada por Bendle. Leefeniaures audiendi audiat 00h25min de 23 de julho de 2020 (UTC)[responder]
Não. O que está escrito na fonte é:
Citação: Despite the fact that all of the 'nodes' that make up the broad [European New Right] ENR network are self-sufficient and have individual doctrines, they share common ideological origins19 and are characterised by the same set of distinctive features, which allows the scholars to assign these 'nodes' to a common school of thought that contrasts with the neoconservative Anglo-American manifestations of the New Right. The first feature is that the ENR is inherently opposed to individualism, multiculturalism, and egalitarianism. According to the ENR thinkers, these liberal democratic policies are the causes for the alleged contemporary crisis of the Europeanised world. Instead of them, the ENR longs to revive and revitalise Europe by implementing the principles of a hierarchically structured organic community and ethno-pluralism in a new post-liberal order. The second feature is the ENR's extensive adoption of the late Italian communist Antonio Gramsci's doctrine on cultural hegemony.20 This doctrine is based on the concept that a revolution can only be successful if based on the cultural domination over a given society by implanting certain ideological messages through newspapers, conferences, and higher education. The ENR's 'right-wing Gramscism' - together with the adoption of specific New Left ideas, especially its sophisticated anti-capitalist rhetoric, as well as regionalist and ecological stances - has certainly been a novel strategic move to veil its fascist agenda in post-war Europe.21 Having abandoned both the milieu of immediate revolutionary, but extremely marginal fascist groups, and the sphere of parliamentary contestation, to which radical right-wing populist parties adhere, the ENR preferred to 'focus on the battle for minds',22 thus choosing the way of 'metapolitical fascism'. The fascist nature of the ENR, however, is disputed by some scholars who argue that the ENR thinkers have moved beyond fascism and the older revolutionary right-wing project toward 'a unique post-modern ideological synthesis'.
Como se pode ver, o que está escrito na fonte é que a European New Right começou a adotar uma tática de domínio cultural semelhante à doutrina da hegemonia cultural de Gramsci. Como é que você salta disto para afirmar que o Eurasianismo foi genericamente influenciado pelo comunismo e pelo gramcismo? Que saltos de lógica formidáveis. JMagalhães (discussão) 00h45min de 23 de julho de 2020 (UTC)[responder]
Ao mesmo tempo, é estranho como na mesma fonte não reparou noutras caracterizações diretas do Eurasianismo, nomeadamente:
  • o objetivo de substituir os atuais países por uma federação de etno-comunidades homogéneas
  • a etnogénese com base nos estudos pseudocientíficos e racistas de Gumilev
  • o ultranacionalismo, com rejeição radical do multiculturalismo (projeto liberal) e do internacionalismo (projeto socialista/comunista)
  • a demonização dos valores ocidentais
  • a supremacia da etnia russa
E este trecho que acho catita: Citação: the idea behind the New Rightist federalism is 'an exclusionary national-socialist Europe','the proper field for the emergence of a new type of totalitarianism relying upon a European version of the "politics of identity JMagalhães (discussão)

Bom, as associações ao gramscismo são mais explícitas nas loas que o próprio Dugin faz a Gramsci, mas, por serem fontes primárias, não cabe trazê-las. De qualquer forma, o próprio Bendle diz explicitamente que há influência comunista na obra dele, você está implicando demais com esse dado para quem está promovendo com tanta energia o autor... Dito isto, vamos voltar ao que interessa:

A versão de eurasianismo de Dugin trouxe amplas discussões sobre sua localização no espectro político, tendo suas influências apontadas no Movimento Revolucionário Conservador, no nazifascismo (o que é negado pelo mesmo), no comunismo, no tradicionalismo, em correntes europeias da Nova Direita (tanto por influência mútua como por paralelos) e nas teorias de Lev Gumilov (que compatibilizavam o discurso racista com o internacionalismo soviético).[1][2][3] Dugin propõe a Rússia como líder de um movimento ao longo da Eurásia de oposição ao atlantismo e ao imperialismo, o que é criticamente recebido como uma busca por um imperialismo russo, talvez em conjunção com outros aliados imperialistas continentais, tendo por objetivo último a criação de uma única federação de comunidades etnicamente homogêneas.[3][4][5] Apesar de sua visão positiva quanto à miscigenação e ao pluralismo de valores, o projeto de Dugin foi descrito como a busca por uma nova espécie de nacional-socialismo europeu através de novas formas de políticas identitárias. Outros traços que aproximam seu pensamento de certas vertentes de extrema-direita incluem o anticapitalismo, o nacionalismo, o sentimento anti-Ocidente, a palingênese, o Estado hierárquico.[3]

P.S.: Estou escrevendo Gumilov, e não Gumilev, em observância de WP:RUSSO. Leefeniaures audiendi audiat 04h45min de 23 de julho de 2020 (UTC)[responder]

Referências

  1. Quadrant - Putin’s Rasputin. Mervyn F. Bendle, 3 de Setembro de 2014, (em inglês) Acessado em 26/03/2018.
  2. Shekhovtsov, Anton; Umland, Andreas (2009). «Is Aleksandr Dugin a Traditionalist? "Neo-Eurasianism" and Perennial Philosophy». The Russian Review. 68 (4). pp. 662–78 
  3. a b c Shekhovtsov, Anton (2009). «Aleksandr Dugin's Neo-Eurasianism: The New Right à la Russe». Religion Compass. 3 (4). pp. 697–716 
  4. Dunlop, John B. «Aleksandr Dugin's Foundations of Geopolitics» 
  5. Licourt, Julien (12 de março de 2015). Les États-Unis sanctionnent le théoricien du nouvel impérialisme russe. Le Figaro. [S.l.: s.n.] 

Há coisas que você escreve que são o inverso do que está nas fontes, outras que não estão nas fontes e outras que são ditas de forma tão vaga e ambígua que se deixa de perceber o sentido. JMagalhães (discussão) 14h23min de 23 de julho de 2020 (UTC)[responder]

Precisará ser mais específico se desejar obstar essa mudança... Aliás, eu havia mantido o trecho "(especialmente na corrente gramscista)" nesse novo parágrafo por falta de atenção, está corrigido agora. Leefeniaures audiendi audiat 20h25min de 23 de julho de 2020 (UTC)[responder]

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Acredito que o termo "Tradicionalismo" usado nesse artigo refere-se à "Escola Tradicionalista", também denominada "Perenialista" [[1]]. Para confirmar, sugiro as seguintes fontes: Gurus presidenciais: a guerra pela eternidade de Olavo de Carvalho, Steve Bannon e Aleksandr Dugin (revista da USP), “Guerra pela Eternidade” desvenda a base ideológica que funda a nova direita (revista da Unicamp), A destruição como uma política do espírito (revista Quatro Cinco Um) e “Destruição é a agenda do Tradicionalismo”, a ideologia por trás de Bolsonaro e Trump (jornal ElPaís). A definição da "Escola Tradicionalista" para o que costumamos chamar de "tradicionalismo" é bem distinta. Acho importante avaliar seu uso no artigo e subtituir pelo conceito que considero correto e mais apropriado para ilustrar as ideias de Dugin. Kleberbrito (discussão) 02h50min de 18 de janeiro de 2023 (UTC)[responder]