Discussão:Pornografia infantil

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Categorização errada[editar código-fonte]

  • Fiquei espantado com a inclusão do artigo "Pornografia Infantil" na categoria "Pedofilia", o que me parece uma aberração de parcialidade e uma forçação de barra muito grande, por dois motivos -

a) a pedofilia é uma doença mental e vai somente até a puberdade, enquanto a pornografia infantil vai até os 18 anos; qualquer coisa diferente é uma forma bastante séria de difamação.

Os editores da Wikipédia responsáveis pelas categorizações deveriam levar isso seriamente em conta.

Sinceramente, não dá pra colocar uma coisa maior dentro de outra menor. Seria como colocar a América do Sul na categoria Brasil.

b) em todas as outras línguas que pesquisei, isso NUNCA acontece, o que mostra uma maturidade dos editores das outras wikis.

Em inglês, "Child Pornography" [1] está dentro da categoria "Sex and the Law".

Em espanhol, "Pornografía Infantil" [2] está dentro das categorias "Abuso y maltrato infantil" e "Pornografia".

Em italiano, "Pedopornografia" [3] está categorizado dentro de "Pornografia" e "Reati contro l'infanzia".

Em italiano, há dois artigos - “Pedopornografia" se refere apenas às crianças pré-púberes (in età pre-puberale) e “Pornografia minorile" refere-se a todos os menores.Quovadis (discussão) 16h05min de 27 de abril de 2009 (UTC)[responder]

Em francês, "Pornographie Enfantine" [4] está dentro das categorias "Infraction Sexuelle" e "Droits de l'enfant".

Francamente, não dá pra sermos nós a vanguarda do atraso.

Assim, sou da opinião de que este artigo "Pornografia infantil" deve ser retirado da categoria "Pedofilia". Caso ninguém se oponha pelas próximas semanas, farei a mudança eu mesmo.

Aguardo ajuda de editores formados em Direito para que possam me dar uma luz sobre o acima referido. Obrigado a todos.Navajo (discussão) 23h03min de 21 de abril de 2009 (UTC)[responder]

Concordância com a re-categorização[editar código-fonte]

Olha, Navajo, eu concordo apenas em parte com o que você disse.

O Brasil não é um país de gente "atrasada" ou "imatura". Lógico que tem isso também. Mas tem muita boa e inteligente, disposta a trabalhar, aprender e melhorar as coisas. Outras pessoas simplesmetne ignoram as informações. Não é o Brasil, mas a Wikipédia em português é que pode estar com uma visão "medieval" em relação às outras wikis, e precisando de um upgrade científico. Além do mais, a Wikipédia em língua portuguesa não é só brasileira, mas também portuguesa e africana.

Toda informação científica é bem vinda e deve ser incluída, de preferência com fontes. Obviamente uma enciclopédia deve mostrar as definições corretas. Não estamos numa conversa de bêbados num botequim.

Eu concordo com a sua proposta de retirar o artigo "Pornografia infantil" da categoria "Pedofilia", pois realmente não dá pra colocar uma coisa maior dentro de uma coisa menor. Imagine colocar a Europa dentro da categoria Portugal, mão na categoria dedo ou o verbete carro na categoria roda.

Sou advogado e posso ajudar a melhorar este artigo na parte jurídica. Vou ver o que posso faezer no futuro.

O seu raciocínio está correto e se baseia na Ciência. (1) É um fato científico definido por médicos e psiquiatras de diversos países reunidos na OMS que a pedofilia é uma doença mental e que a mesma só vai realmente até a puberdade. (2) Também é um fato inconteste que o estigma de "pedófilo" por si só é altamente ofensivo na sociedade atual. (3) Juntando estas duas peças, temos como muitíssimo razoável que alguém se referir a outra pessoa que não é doente como se o fosse, é de fato algo fortemente difamatório.

Quanto a incitar ao ódio e à violência, faço minhas reservas. Isso vai depender da legislação do país e da interpretação do juiz. No Brasil, o crime de incitação ao crime está no artigo 286 do Código Penal - "incitar publicamente a prática de crime". Incitar é instigar, induzir, persuadir, provocar, excitar a prática do crime. Neste caso, o crime a ser incitado pela linguagem difamatória pode ser o de lesões corporais (artigo 129 do CP) ou o de homicídio qualificado por motivo fútil (art. 121 do CP). Acredito que pode ser visto desta forma se ficar provado que a intenção do agente é maldosa, ou seja, se a incitaçao for intencional (distorcer a linguagem de propósito para ofender, sabendo o agente do seu real significado).

Veja o seguinte: como advogado, já tive a oportunidade de defender um cliente acusado de enviar pornografia infantil para alguns amigos (na época, a posse era permitida mas o envio era ilegal). Meu cliente justamente baixou meia dúzia de vídeos da Internet contendo sexo apenas com adolescentes, mas não com crianças. Possivelmente por ignorância, na peça inicial do processo o promotor usou três vezes a palavra pedofilia (lamentável), e isso foi até bom porque eu pedi a anulação do processo e o envio de ofício à COrregedoria de Justiça (para investigar o promotor). O juiz não deu, mas meu cliente ganhou a pena mínima. O caso foi levemente noticiado em cidades do interior, e entre algumas notícias, somente uma foi difamatória. Eu processei o dono do jornal pela difamação (JEC criminal) e por danos morais (Vara Cível), e ganhei os dois em primeira instância. Os recursos dele aguardam julgamento.

Acho, sim, que temos que lutar pelo que acreditamos justo. Você tem razão neste ponto. Não pode haver carta branca de uma enciclopédia para a prática da difamação.

Suponho que não seja necessário esperar "diversas semanas" como você sugeriu. A meu ver, uma semana já será demais. Abraços. Verdoquin.Verdoquin (discussão) 23h41min de 23 de abril de 2009 (UTC)[responder]

Concordo - Parabéns pelo nível do debate. Acho que vocês têm razão. Também concordo com a re-categorização. Só para constar - o artigo já está na categoria “Direitos da criança”. Só tenho uma dúvida – muita gente já sabe que namorar adolescente não é pedofilia, mas com relação à pornografia de adolescentes pouca gente sabe – será que uma mentira como essa pode ser um fato consumado?Quovadis (discussão) 16h05min de 27 de abril de 2009 (UTC)[responder]
Réplica - Em parte sim, mas Papai Noel também é uma mentira na qual muitas crianças pequenas acreditam e nem por isso é um fato consumado. Depois de certa idade, a criança descobre a mentira. Alguns jornais podem tratar o público como criança, com base em mentiras, como nesse caso, e o público só engole se quiser..... até o dia em que resolve amadurecer. Alguém pode dizer onde estão as armas de destruição em massa do Iraque? Outra mentira descoberta...Navajo (discussão) 13h20min de 29 de abril de 2009 (UTC)[responder]

Retirada da categoria ou retirada do "template" ?[editar código-fonte]

Eu concordo que é preciso separar com bastante cuidado os adolescentes, de um lado, e as crianças antes da puberdade de outro (chamadas “pré-púberes” ou “prepubescentes”), pois a pedofilia realmente só vai até esta faixa etária e não se refere a adolescentes. Isso pode e deve ser feito com muito cuidado no texto dos artigos, não somente deste “pornografia infantil”, mas em todos os demais relacionados - “abuso sexual infantil”, “prostituição infantil”, etc.

Mas uma coisa não ficou clara, usuário Navajo. O que vc propõe é somente a retirada de “pornografia infantil” da categoria “pedofilia” ou a retirada neste artigo do template “artigos sobre pedofilia” ??

Eu concordo com a retirada da categoria (uma coisa maior de fato não deve se colocar dentro de uma menor), mas não concordo com a retirada do template. Eu tenho formação matemática e acho que vocês são da área de ciências humanas.

Não está errado colocar este template (de artigos sobre pedofilia) dentro do artigo “pornografia infantil”, pois se trata de um artigo também sobre pedofilia. Por exemplo, o Kurdistão é um povo sem país, que ocupa parte do Irã, parte do Iraque, parte da Síria e parte da Turquia. Assim, se alguém criar um template de artigos sobre o Kurdistão e relacionar nesse template os artigos de Irã, Iraque, Síria e Turquia, não estará errado, pois todos estes países possuem um pedaço do Kurdistão.

A categoria tudo bem, está mesmo errada e concordo em retirá-la. Aliás, vou retirá-la agora mesmo.201.8.45.191 (discussão) 23h22min de 5 de maio de 2009 (UTC)[responder]

Depoimento[editar código-fonte]

Queria dar o meu depoimento rápido sobre esse tema. Há algum tempo meu melhor amigo tentou se suicidar por causa desse tipo de humilhação causada pela linguagem. Graças a Deus, ele hoje passa bem. Eu o conheço desde os tempos da escola primária e acompanhei sua trajetória. Ele tinha problema de fala pois era fanho, e por isso foi muito humilhado na escola (bullying), o que causou diversos traumas e dificuldade em arranjar namorada na adolescência. Depois de uns 10 anos de muito esforço pessoal e tratamento fonoaudiológico, ele curou sua fala e superou a timidez com autenticidade, e hoje ele gosta de adolescentes de forma assumida e quer recuperar o tempo perdido. Não vejo nada demais nisso. Conseguiu uma namorada adolescente, que gostava dele, mas numa discussão o pai da moça – autoritário, ignorante e toroglodita - proibiu que ele a visse de novo e o chamou de pedófilo, agredindo-o em seguida. O trauma causado pela linguagem difamatória levou à depressão, à volta do problema com a fala e à tentativa de se matar, pois ele sabia o significado correto de pedofilia, tinha pesquisado e sabia que é uma doença mental e sabe muito bem que esse não é o caso dele.

A partir daí, percebi a importância vital de utilizarmos os termos corretamente. Há palavras que ferem, há palavras que incitam ao ódio e à violência e há palavras que matam. Não vou duvidar se alguém somatizar doenças ou tiver problemas de saúde com mentiras difamatórias.

Estou empenhada na Wikipédia em separar corretamente a pedofilia de qualquer outro termo mais ampliado, porque isso caracteriza difamação braba, e incita os sentimentos de ódio, o conflito social, a violência e a prática de crimes contra quem não é pedófilo, além de uma possível reação violenta do não-pedófilo contra os difamador.

Assim, eu também concordo com a retirada de Pornografia infantil da categoria Pedofilia, o que aliás já foi feito. Vou pesquisar se há outros artigos para tirar dessa categoria. Fica aqui o meu apoio e meu registro.--- NandaSáDiscussão 19 maio 2009

Comentário - Pois é, NandaSá. Não dá pra esquecer o fanho, o gago, o surdo-mudo. Ou quem simplesmente namora um(a) adolescente, que não tem nada a ver com as calças e realmente não é um(a) doente mental. Acho que vc chamar um não-pedófilo de pedófilo é sim uma forma de agressão comparável ao racismo e à homofobia. Algumas pessoas têm dificuldade em enxergar a diferença no outro, não vêem que outras pessoas têm histórias e experiências variadas. Quem foi humilhado na infância ou adolescência por bullying busca agora uma segunda chance, o resgate da sua auto-estima, se auto-superar, e não merece ser humilhado novamente. Parabéns pelo depoimento e coragem para ajudar o seu amigo! ShirleyTM (discussão) 21h43min de 27 de maio de 2009 (UTC)[responder]

Desmembramento do artigo em dois[editar código-fonte]

Também acho que o artigo poderia passar por um “split”, desmembrando-se em duass partes, como já foi feito em italiano que tem dois artigos – “Pedopornografia" se refere apenas às crianças pré-púberes (in età pre-puberale) e “Pornografia minorile" refere-se a todos os menores.Quovadis (discussão) 16h05min de 27 de abril de 2009 (UTC)[responder]

Essa é uma idéia interessante, mas não interfere com a questão da categorização difamatória. Se esssa divisão for feita, somente o artigo referente à crianças pré-púberes deverá estar na categoria "pedofilia" e o outro artigo (sobre menores em geral) não deverá estar.Navajo (discussão) 13h20min de 29 de abril de 2009 (UTC)[responder]