Doença de Wilson: diferenças entre revisões

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O quadro clínico inicial mais comum é o do paciente que fala de modo "arrastado" como se estivesse embriagado,e tem marcha de bases alargadas e titubeante, muito embora possa ter domínio perfeito de suas faculdades mentais. Posteriormente, a doença evolui para acometimento da percepção e da cognição (falta de lucidez).
O quadro clínico inicial mais comum é o do paciente que fala de modo "arrastado" como se estivesse embriagado,e tem marcha de bases alargadas e titubeante, muito embora possa ter domínio perfeito de suas faculdades mentais. Posteriormente, a doença evolui para acometimento da percepção e da cognição (falta de lucidez).


=== Outros órgãos ===
=== rins e intestinos ===
[[Ficheiro:Kayser-Fleischer ring.jpg|thumb|[[Anel de Kayser-Fleischer]], sinal característico da Doença de Wilson.]]
[[Ficheiro:Kayser-Fleischer ring.jpg|thumb|[[Anel de Kayser-Fleischer]], sinal característico da Doença de Wilson.]]


O acúmulo de cobre provoca uma mudança na pigmentação dos olhos, na [[membrana de Descemet]], onde é possível verificar o aparecimento de anéis normalmente escuro-avermelhados (podendo apresentar colorações amarelo-esverdeada, marrom-esverdeada, amarelo-dourada ou marrom-dourada) ao redor da [[íris]] chamados de [[anéis de Kayser-Fleischer]]. A presença dos [[anéis de Kayser-Fleischer]] configura uma manifestação oftalmológica característica de pacientes com Doença de Wilson. Uma em cada 100 pessoas que possuem a mutação que causa a doença são portadores não afetados.
e a sugeira acumulada nos rins e nos intestinos, na [[membrana de Descemet]], onde é possível verificar o aparecimento de anéis normalmente escuro-avermelhados (podendo apresentar colorações amarelo-esverdeada, marrom-esverdeada, amarelo-dourada ou marrom-dourada) ao redor da [[íris]] chamados de [[anéis de Kayser-Fleischer]]. A presença dos [[anéis de Kayser-Fleischer]] configura uma manifestação oftalmológica característica de pacientes com Doença de Wilson. Uma em cada 100 pessoas que possuem a mutação que causa a doença são portadores não afetados.


Também estão presentes problemas [[renais]] ([[nefrolitíase]]), [[oftálmicos]] ([[anel de Kayser-Fleischer]], [[catarata]]), [[cardíaco]]s ([[arritmia]]) e [[dermatológico]]s. A anemia por [[hemólise]] pode ocorrer em casos severos.
Também estão presentes problemas [[renais]] ([[nefrolitíase]]), [[oftálmicos]] ([[anel de Kayser-Fleischer]], [[catarata]]), [[cardíaco]]s ([[arritmia]]) e [[dermatológico]]s. A anemia por [[hemólise]] pode ocorrer em casos severos.

Revisão das 19h41min de 8 de maio de 2014

Doença de Wilson
Especialidade endocrinologia
Classificação e recursos externos
CID-10 E83.0
CID-9 275.1
CID-11 468161208
OMIM 277900
DiseasesDB 14152
MedlinePlus 000785
eMedicine med/2413 neuro/570 ped/2441
MeSH D006527
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A doença de Wilson ou degeneração hepatolenticular é uma doença hereditária autossômica recessiva cuja principal característica é o acúmulo tóxico de cobre nos tecidos, principalmente cérebro e fígado.

A doença de Wilson é causada por mutações em um gene do cromossomo 13 que codifica a proteína ATP7B, uma enzima do tipo ATPase que tem a função de secretar o cobre na bile.[1]

Sinais e sintomas

Os principais locais de acúmulo de cobre são o fígado e o cérebro, consequentemente, doença hepática e sintomas neuropsiquiátricos são os principais achados clínicos que levam ao diagnóstico. Os portadores com distúrbio hepático mais proeminente geralmente são crianças e adolescentes, o que permite um diagnóstico e cuidados médicos mais precoces, enquanto que os doentes com predominância de sintomas neurológicos e psiquiátricos, tendem a estar em seus vinte anos de idade ou mais no momento que procuram atendimento médico.

Doença hepática

Hepatite culminando em cirrose é a apresentação hepática mais comum, mas alguns pacientes apresentam falência hepática fulminante.

Cerca de 5% de todos os pacientes são diagnosticados somente quando desenvolvem insuficiência hepática aguda fulminante, muitas vezes no contexto de uma anemia hemolítica (anemia devido à destruição das células vermelhas do sangue). Esta insuficiência hepática se traduz por anormalidades na produção de proteínas (identificada pela redução de fatores de coagulação) e prejuízo ao metabolismo das proteínas no fígado. A dificuldade de metabolização leva ao acúmulo de substâncias tóxicas, como a amônia, na corrente sanguínea. Esses resíduos irritam o cérebro, e o paciente desenvolve encefalopatia hepática (confusão mental, coma, convulsões e hipertensão intracaniana por edema).

Sintomas neuropsiquiátricos

Os fenômenos neuropsiquiátricos são demência, psicose e sinais de asteríxis (movimentos anormais, especialmente das mãos) e parkinsonismo (tremores mais evidentes em movimentos finos e lentos).

O quadro clínico inicial mais comum é o do paciente que fala de modo "arrastado" como se estivesse embriagado,e tem marcha de bases alargadas e titubeante, muito embora possa ter domínio perfeito de suas faculdades mentais. Posteriormente, a doença evolui para acometimento da percepção e da cognição (falta de lucidez).

rins e intestinos

Anel de Kayser-Fleischer, sinal característico da Doença de Wilson.

e a sugeira acumulada nos rins e nos intestinos, na membrana de Descemet, onde é possível verificar o aparecimento de anéis normalmente escuro-avermelhados (podendo apresentar colorações amarelo-esverdeada, marrom-esverdeada, amarelo-dourada ou marrom-dourada) ao redor da íris chamados de anéis de Kayser-Fleischer. A presença dos anéis de Kayser-Fleischer configura uma manifestação oftalmológica característica de pacientes com Doença de Wilson. Uma em cada 100 pessoas que possuem a mutação que causa a doença são portadores não afetados.

Também estão presentes problemas renais (nefrolitíase), oftálmicos (anel de Kayser-Fleischer, catarata), cardíacos (arritmia) e dermatológicos. A anemia por hemólise pode ocorrer em casos severos.

Ver também

Referências

  1. Das SK, Ray K (2006). «Wilson's disease: an update». Nat Clin Pract Neurol. 2 (9): 482–93. PMID 16932613. doi:10.1038/ncpneuro0291 

Ligações externas

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