Dorsal de Knipovich

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Dorsal Nikolai Knipovich)
Carta do fundo do mar da Gronelândia e águas adjacentes. A dorsal de Knipovich está no nordeste do mapa.[1]

A dorsal de Knipovich é um segmento de dorsal oceânica que continua através do Oceano Ártico a dorsal Mesoatlântica. A estrutura, que separa o mar da Gronelândia do mar da Noruega, tem como epónimo o oceanógrafo russo Nikolai Mikhailovich Knipovich (1862–1939).[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

A dorsal de Knipovich estende-se desde a zona de fratura de Molloy, no norte da costa oeste de Spitsbergen (ver também fossa de Molloy), até ao arco Mohn-Knipovich no sul, onde continua em direção sudoeste através da dorsal de Mohn. A sua extensão total é de cerca de 550 km.[2][3]

A estrutura é o prolongamento para nordeste da dorsal Mesoatlântica, da qual é na realidade parte integrante, mega-estrutura tectónica que se estende desde a dorsal de Gakkel, no norte do Oceano Ártico, até à ilha Bouvet, no Hemisfério Sul, ao largo da Antártida.

A dorsal de Knipovich foi descoberta em 1970 durante uma viagem do navio de investigação russo Akademik Knipovich,[4] tomando como epónimo oceanógrafo russo Nikolai Mikhailovich Knipovich (1862–1939), o mesmo que dera nome ao navio.[2]

Um vale de rift central atravessa a cadeia de montes submarinos da dorsal de Knipovich, atingindo profundidades de 3 000 a 3 600 m. Os montes submarinos da cordilheira elevam-se 500-1000 m acima do fundo oceânico circundante.[3] A estrutura da dorsal é formada pela ascensão de magma em resultado da expansão dos fundos oceânicos entre placas litosféricas divergentes, nomeadamente a placa Norte-Americana e a placa Euroasiática. Com uma taxa de expansão crustal de 14,7 mm por ano, é uma das cordilheiras submarinas de expansão ultralenta. A direção de expansão, que é oblíqua ao eixo de expansão, é incomum.[3]

A leste da dorsal de Knipovich, a água salina e quente do Atlântico flui para o norte (corrente de Spitsbergen Ocidental), enquanto o Mar da Gronelândia, a oeste, tem água ártica predominantemente fria.[5] No norte da dorsal de Knipovich, foi descoberto um campo de pelo menos 1×0,2 km² de fontes hidrotermais a uma profundidade de 3 000 m em 2022. O campo hidrotermal foi designado por Campo Hidrotermal Jøtul.[6]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b erstellt mit GeoMappApp, auf Basis von GMRT-Daten: W. B. F. Ryan, S.M. Carbotte, J. Coplan, S. O'Hara, A. Melkonian, R. Arko, R.A. Weissel, V. Ferrini, A. Goodwillie, F. Nitsche, J. Bonczkowski, and R. Zemsky (2009). «Global Multi-Resolution Topography (GMRT) synthesis data set». Geochem. Geophys. Geosyst. 10 (Q03014). doi:10.1029/2008GC002332 
  2. a b «Marine Gazetteer Placedetails». Consultado em 21 de abril de 2021 
  3. a b c Jonah Geils (junho de 2018). Bathymetrische Kompilation und geomorphologische Analysen am Knipovich-Rücken (PDF). Hydrographische Nachrichten. [S.l.: s.n.] doi:10.23784/HN110-04 
  4. "Akademik Knipovich" type fishery research trawler design 399.
  5. S. L. Ypma, S. Georgiou, J. S. Dugstad, J. D. Pietrzak, C. A. Katsman (agosto de 2020). «Pathways and Water Mass Transformation Along and Across the Mohn‐Knipovich Ridge in the Nordic Seas». Journal of Geophysical Research – Oceans. doi:10.1029/2020JC016075 
  6. Zentrum für Marine Umweltwissenschaften, ed. (19 de agosto de 2022). «Neues Hydrothermalfeld durch MARUM-Expedition entedeckt». Consultado em 23 de agosto de 2022