Eleições municipais em Campo Grande em 1988
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Eleições municipais em  Campo Grande em 1988
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|---|---|---|---|---|
| 15 de novembro de 1988 (Turno único) | ||||
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| Candidato | Lúdio Coelho | Plínio Martins | ||
| Partido | PTB | PMDB | ||
| Natural de | Rio Brilhante, MS | Rio Brilhante, MS | ||
| Vice | Marilu Guimarães | Saulo Queiroz | ||
| Votos | 111 265 | 44 402 | ||
| Porcentagem | 64,15% | 25,60% | ||
Titular Eleito | ||||
As eleições municipais em Campo Grande em 1988 ocorreram em 15 de novembro, como parte das eleições em 24 estados brasileiros e nos territórios federais do Amapá e Roraima. Foram eleitos o prefeito Lúdio Coelho, a vice-prefeita Marilu Guimarães e 21 vereadores.[1][nota 1]
Nascido em Rio Brilhante, o agropecuarista Lúdio Coelho formou-se na Universidade Federal de Viçosa com curso de crédito na Universidade de Michigan, Estados Unidos, assumindo a presidência do Banco Agrícola de Dourados em 1959.[2] Membro da UDN, perdeu a eleição para o governo de Mato Grosso numa disputa contra Pedro Pedrossian, eleito pelo PSD em 1965.[3] Irmão de Italívio Coelho e cunhado de Saldanha Derzi, manteve fora das disputas eleitorais. Alinhou-se ao PMDB nos primeiros anos após a criação de Mato Grosso do Sul,[4][nota 2] foi nomeado prefeito de Campo Grande pelo governador Wilson Martins em 1983, filiou-se ao PTB ao fim do mandato. Derrotado na eleição para governador de Mato Grosso do Sul em 1986, recebeu o apoio da União Democrática Ruralista e venceu a disputa para prefeito de Campo Grande em 1988.[2][5]
Natural de Campo Grande, a professora Marilu Guimarães é formada em Educação Física pela Universidade Federal de Mato Grosso em 1974.[6] Produtora cultural formada em Arte e Cultura no Carnegie Hall, Ballets Arts Associates, em Nova York, presidiu o Núcleo de Desenvolvimento Comunitário (Nudescom) e atuou como empresária e jornalista. Eleita deputada estadual pelo PFL em 1986, apresentava o programa Recado na TV Morena (afiliada à Rede Globo) antes de eleger-se a vice-prefeita de Campo Grande em 1988, mandato que acumulou com o de deputada estadual. Porém, renunciou ao cargo executivo após eleger-se deputada federal pelo PTB em 1990.[7]
Resultado da eleição para prefeito[editar | editar código-fonte]
Foram apurados 173.439 votos nominais (86,25%), 18.611 votos em branco (9,26%) e 9.036 votos nulos (4,49%), resultando no comparecimento de 201.086 eleitores.
| Candidatos a prefeito de Campo Grande |
Candidatos a vice-prefeito | Número | Coligação | Votação | Percentual |
|---|---|---|---|---|---|
| Lúdio Coelho PTB |
Marilu Guimarães PFL |
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| Plínio Martins PMDB |
Saulo Queiroz PSDB |
(PMDB, PSDB, PDT) |
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| Nilton Servo PDC |
Alfredo Gomes PDC |
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| Alcides Bartolomeu de Farias PT |
Ricardo Brandão PT |
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| Alan da Rosa Pithan PCB |
Onofre da Costa Lima Filho PCB |
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| Bernardo Lahdo PL |
Júlia Fumiko Hayashi PL |
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| Maria Teresa Rojas Soto Palermo PCdoB |
Jairo de Alcântara PCdoB |
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| Fontes:[8][9] | |||||
Relação dos vereadores eleitos[editar | editar código-fonte]
O ícone 
indica os que foram reeleitos.
| Candidato(a) | Partido | Votação |
|---|---|---|
| Armando Tibana | PTB | 2.678 |
| Dr. Loester | PDT | 2.306 |
| Flávio Renato | PFL | 2.148 |
| Francisco Maia | PTB | 2.132 |
| José da Cruz Bandeira | PTB | 2.126 |
| Antônio Ribeiro Arruda | PFL | 2.055 |
| Edgar Lopes de Farias | PMDB | 1.939 |
| Licínio Moreira de Almeida | PTB | 1.936 |
| Antônio Parron Aranda |
PFL | 1.848 |
| Paulo Pedra | PTB | 1.800 |
| Francisco Giordano Neto |
PTB | 1.716 |
| João Pereira da Silva | PMDB | 1.709 |
| Antônio Braga |
PTB | 1.701 |
| Dr. Antonio Cruz | PFL | 1.680 |
| Valdir Gomes | PTB | 1.614 |
| Aluízio Borges | PTB | 1.529 |
| Rui de Oliveira Luiz | PMDB | 1.403 |
| Elias Dib | PMDB | 1.310 |
| Vicente Barros | PMDB | 1.303 |
| Frederico Valente | PMDB | 1.241 |
| Wilson Oshiro |
PMDB | 1.236 |
| Fontes:[8] | ||
Notas
- ↑ Como o processo eleitoral foi deflagrado antes da Constituição de 1988, não foram observados os dois turnos, além disso a Carta Magna criou o estado do Tocantins e elevou os territórios federais do Amapá e Roraima à condição de estados, além de conceder ao Distrito Federal o direito de eleger o seu governador e extinguiu o Território Federal de Fernando de Noronha.
- ↑ Desmembrado da parte meridional de Mato Grosso graças à Lei Complementar n.º 31 de 11 de outubro de 1977, sancionada pelo presidente Ernesto Geisel, o estado de Mato Grosso do Sul foi instalado em 1º de janeiro de 1979.
Referências
- ↑ BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 7.664 de 29/06/1988». Consultado em 11 de julho de 2023
- ↑ a b BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Lúdio Coelho no CPDOC». Consultado em 11 de julho de 2023
- ↑ Redação (22 de agosto de 2017). «Morre Pedro Pedrossian, ex-governador de Mato Grosso do Sul». g1.globo.com. G1 Mato Grosso do Sul. Consultado em 11 de julho de 2023
- ↑ BRASIL. Presidência da República. «Lei Complementar n.º 31 de 11/10/1977». Consultado em 11 de julho de 2023
- ↑ BRASIL. Senado Federal. «Biografia do senador Lúdio Coelho». Consultado em 11 de julho de 2023
- ↑ BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Marilu Guimarães no CPDOC». Consultado em 11 de julho de 2023
- ↑ BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia da deputada Marilu Guimarães». Consultado em 11 de julho de 2023
- ↑ a b BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul. «Resultado das eleições municipais de 1988». Consultado em 11 de julho de 2023
- ↑ «Acompanhamento das eleições municipais (resultados parciais)» (PDF). SIAN - Arquivo Nacional. Consultado em 11 de dezembro de 2023
