Elvira Garcia
Elvira Garcia | |
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Rainha consorte de Leão Regente de Leão | |
Reinado | consorte: 991—999 corregente: 999—1008 |
Consorte | Bermudo II de Leão |
Antecessor(a) | Sancha Gomes |
Sucessor(a) | Elvira Mendes |
Nascimento | c. 978 |
Morte | 1017 (39 anos) |
Sepultado em | Panteão dos Reis |
Pai | Garcia Fernandes, conde de Castela |
Mãe | Ava de Ribagorza |
Filho(s) | Afonso V de Leão Sancha Bermudes Teresa Bermudes |
Elvira Garcia (c. 978 — 1017) foi a filha de Garcia Fernandes, conde de Castela, e da sua esposa, Ava de Ribagorza. Ela foi rainha consorte de Leão por casamento com o rei Bermudo II e regente do reino leonês entre a morte do marido em 999, compartilhando a regência até 1008 com o conde Mendo Gonçalves que morreu nesse ano, após o qual, seu filho Afonso V, reinou sozinho.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nasceu provavelmente pouco antes ou depois de 978, já que não aparece com as suas irmãs Urraca e Toda no documento de fundação do Infantado de Covarrubias, datado de 24 novembro daquele ano.[2] Casou no final de novembro 991 com seu primo o rei Bermudo II de Leão,[3][4][a] aparecendo a partir de 992 nos diplomas concedidos pelo seu marido. O seu pai, Garcia Fernandes, decidiu este casamento depois do rei Bermudo ter repudiado a sua primeira esposa, a rainha Velasquita Ramires entre 988 e 991. Este casamento selou a aliança entre o rei de Leão e o condado de Castela e fortaleceu extraordinariamente o trono leonês.[5]
O marido, o rei Bermudo II, morreu em 999. A última aparição de Elvira foi em 18 agosto de 1017, quando aparece com o seu filho o rei Afonso V fazendo uma doação de diversos bens à catedral de Santiago de Compostela em memória de seu falecido marido e pela remissão de seus pecados. Essas doações incluíam a vila de Genestacio, que tinha sido do conde Gonçalo Bermudez e sua esposa Ildoncia, da qual foram despojados após a rebelião no castelo de Luna, no reino de Leão, contra o rei Bermudo. Elvira morreu nesse mesmo ano.[6]
Elvira foi enterrada no Panteão dos Reis na Basílica de Santo Isidoro. O corpo foi colocado num sepulcro de pedra, grande e liso, com tampo de mármore, com o seguinte epitáfio:[7]
Casamento e descendência
[editar | editar código-fonte]Do seu casamento com o rei Bermudo II nasceram os seguintes filhos:
- Afonso V (994 - 1028), rei de Leão.
- Sancha Bermudes, que viveu na Galiza;[8]
- Teresa Bermudes (morta em 25 de abril 1039).[8] De acordo com a Crônica do Bispo Pelayo de Oviedo, Tarasiam post mortem patris sui dedit Adefonsus in coniugio, ipsa nolente, cuidam pagano regi toletano pro pace.[9] O historiador árabe ibne Caldune observou que "em 993 Bermudo enviou a sua filha para Almançor, que fez seu escrava e depois emancipou e casou com ela."[8] Em suma, de acordo com essas histórias antigas, Teresa foi entregue pelo seu pai o pelo seu irmão Afonso a Almançor, o poderoso governador do alandalus ao serviço do Califado de Córdova e libertada após a morte de Almançor, voltando para o reino de Leão,[10] onde ingressou como freira no Mosteiro de São Pelágio, em Oviedo, onde foi enterrada.[11] Os historiadores modernos duvidam que isso aconteceu e dizer que ha uma confusão com a filha de Sancho Garcês II de Pamplona chamada Urraca ou Abda que foi dada por seu pai em 983 a Almançor. Teresa não nasceu até bem depois de 991 e nesses anos ela era uma criança.[12] De acordo com seu epitáfio, Teresa morreu a quarta-feira 25 abril de 1039.[13][b]
Notas
[editar | editar código-fonte]- [a] ^ Assumindo que que Bermudo era o filho legítimo do rei Ordonho III e da sua esposa Urraca Fernandes de Castela, como afirmado por alguns historiadores.
- [b] ^ Hic dilecta Deo recubans Tarasia Christo dicata proles Beremundi regis et Geloire reginae uel si obiit sub die vii kalendas magii feria IIII hora mediae noctis, era MLXXVII
Referências
- ↑ Martinez Diez 2005, p. 592–593, 650.
- ↑ Martinez Diez 2005, p. 553.
- ↑ Martinez Diez 2005, p. 554.
- ↑ Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 360.
- ↑ Martínez Diez 2005, p. 554.
- ↑ Martinez Diez 2005, p. 652.
- ↑ Elorza 1990, p. 52.
- ↑ a b c Fernández del Pozo 1999, p. 30.
- ↑ Fernández del Pozo 1999, p. 29.
- ↑ Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 64.
- ↑ Arco y Garay 1954, p. 160.
- ↑ Fernández del Pozo 1999, p. 31.
- ↑ Fernández del Pozo 1999, p. 33.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Elvira García», especificamente desta versão.
- Arco y Garay, Ricardo del (1954). Sepulcros de la Casa Real de Castilla (em espanhol). Madrid: Instituto Jerónimo Zurita. Consejo Superior de Investigaciones Científicas. OCLC 11366237
- Elorza, Juan C.; Lourdes Vaquero, Belén Castillo, Marta Negro (1990). El Panteón Real de las Huelgas de Burgos. Los enterramientos de los reyes de León y de Castilla (em espanhol). [S.l.]: Editorial Evergráficas S.A.; Junta de Castilla y León. Consejería de Cultura y Bienestar Social. ISBN 84-241-9999-5
- Fernández del Pozo, José María (1999). Reyes de León: Alfonso V (999-1028) - Vermudo III (1028-1037) (em espanhol). Burgos: La Olmeda, S.L. ISBN 84-89915-07-5
- Martínez Díez, Gonzalo (2005). El Condado de Castilla (711-1038): la historia frente a la leyenda (em espanhol). II. Valladolid: [s.n.] ISBN 84-9718-277-4
- Torres Sevilla-Quiñones de León, Margarita Cecilia (1999). Linajes nobiliarios de León y Castilla: Siglos IX-XIII (em espanhol). Salamanca: Junta de Castilla y León, Consejería de educación y cultura. ISBN 84-7846-781-5