Saltar para o conteúdo

Elvira Garcia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Elvira Garcia
Rainha consorte de Leão
Regente de Leão
Elvira Garcia
Reinado consorte: 991—999
corregente: 999—1008
Consorte Bermudo II de Leão
Antecessor(a) Sancha Gomes
Sucessor(a) Elvira Mendes
Nascimento c. 978
Morte 1017 (39 anos)
Sepultado em Panteão dos Reis
Pai Garcia Fernandes, conde de Castela
Mãe Ava de Ribagorza
Filho(s) Afonso V de Leão
Sancha Bermudes
Teresa Bermudes
Panteão dos Reis de Leão, na Basílica de Santo Isidoro, em Leão, onde está sepultada Elvira Garcia

Elvira Garcia (c. 9781017) foi a filha de Garcia Fernandes, conde de Castela, e da sua esposa, Ava de Ribagorza. Ela foi rainha consorte de Leão por casamento com o rei Bermudo II e regente do reino leonês entre a morte do marido em 999, compartilhando a regência até 1008 com o conde Mendo Gonçalves que morreu nesse ano, após o qual, seu filho Afonso V, reinou sozinho.[1]

Nasceu provavelmente pouco antes ou depois de 978, já que não aparece com as suas irmãs Urraca e Toda no documento de fundação do Infantado de Covarrubias, datado de 24 novembro daquele ano.[2] Casou no final de novembro 991 com seu primo o rei Bermudo II de Leão,[3][4][a] aparecendo a partir de 992 nos diplomas concedidos pelo seu marido. O seu pai, Garcia Fernandes, decidiu este casamento depois do rei Bermudo ter repudiado a sua primeira esposa, a rainha Velasquita Ramires entre 988 e 991. Este casamento selou a aliança entre o rei de Leão e o condado de Castela e fortaleceu extraordinariamente o trono leonês.[5]

O marido, o rei Bermudo II, morreu em 999. A última aparição de Elvira foi em 18 agosto de 1017, quando aparece com o seu filho o rei Afonso V fazendo uma doação de diversos bens à catedral de Santiago de Compostela em memória de seu falecido marido e pela remissão de seus pecados. Essas doações incluíam a vila de Genestacio, que tinha sido do conde Gonçalo Bermudez e sua esposa Ildoncia, da qual foram despojados após a rebelião no castelo de Luna, no reino de Leão, contra o rei Bermudo. Elvira morreu nesse mesmo ano.[6]

Elvira foi enterrada no Panteão dos Reis na Basílica de Santo Isidoro. O corpo foi colocado num sepulcro de pedra, grande e liso, com tampo de mármore, com o seguinte epitáfio:[7]

H. R REGINA DOMNA GELORIA, UXOR REGIS VEREMUNDI

Casamento e descendência

[editar | editar código-fonte]

Do seu casamento com o rei Bermudo II nasceram os seguintes filhos:

  • Afonso V (994 - 1028), rei de Leão.
  • Sancha Bermudes, que viveu na Galiza;[8]
  • Teresa Bermudes (morta em 25 de abril 1039).[8] De acordo com a Crônica do Bispo Pelayo de Oviedo, Tarasiam post mortem patris sui dedit Adefonsus in coniugio, ipsa nolente, cuidam pagano regi toletano pro pace.[9] O historiador árabe ibne Caldune observou que "em 993 Bermudo enviou a sua filha para Almançor, que fez seu escrava e depois emancipou e casou com ela."[8] Em suma, de acordo com essas histórias antigas, Teresa foi entregue pelo seu pai o pelo seu irmão Afonso a Almançor, o poderoso governador do alandalus ao serviço do Califado de Córdova e libertada após a morte de Almançor, voltando para o reino de Leão,[10] onde ingressou como freira no Mosteiro de São Pelágio, em Oviedo, onde foi enterrada.[11] Os historiadores modernos duvidam que isso aconteceu e dizer que ha uma confusão com a filha de Sancho Garcês II de Pamplona chamada Urraca ou Abda que foi dada por seu pai em 983 a Almançor. Teresa não nasceu até bem depois de 991 e nesses anos ela era uma criança.[12] De acordo com seu epitáfio, Teresa morreu a quarta-feira 25 abril de 1039.[13][b]
[a] ^ Assumindo que que Bermudo era o filho legítimo do rei Ordonho III e da sua esposa Urraca Fernandes de Castela, como afirmado por alguns historiadores.
[b] ^ Hic dilecta Deo recubans Tarasia Christo dicata proles Beremundi regis et Geloire reginae uel si obiit sub die vii kalendas magii feria IIII hora mediae noctis, era MLXXVII

Referências

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Elvira García», especificamente desta versão.
  • Arco y Garay, Ricardo del (1954). Sepulcros de la Casa Real de Castilla (em espanhol). Madrid: Instituto Jerónimo Zurita. Consejo Superior de Investigaciones Científicas. OCLC 11366237 
  • Elorza, Juan C.; Lourdes Vaquero, Belén Castillo, Marta Negro (1990). El Panteón Real de las Huelgas de Burgos. Los enterramientos de los reyes de León y de Castilla (em espanhol). [S.l.]: Editorial Evergráficas S.A.; Junta de Castilla y León. Consejería de Cultura y Bienestar Social. ISBN 84-241-9999-5 
  • Fernández del Pozo, José María (1999). Reyes de León: Alfonso V (999-1028) - Vermudo III (1028-1037) (em espanhol). Burgos: La Olmeda, S.L. ISBN 84-89915-07-5 
  • Martínez Díez, Gonzalo (2005). El Condado de Castilla (711-1038): la historia frente a la leyenda (em espanhol). II. Valladolid: [s.n.] ISBN 84-9718-277-4 
  • Torres Sevilla-Quiñones de León, Margarita Cecilia (1999). Linajes nobiliarios de León y Castilla: Siglos IX-XIII (em espanhol). Salamanca: Junta de Castilla y León, Consejería de educación y cultura. ISBN 84-7846-781-5