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Envelhecimento: diferenças entre revisões

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*[http://robertexto.com/archivo6/imag_envelhecer.htm/ O Imaginario do envelhecer]
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*[http://www.chamada.com.br/mensagens/evolucao.html Criação ou Evolução?]
*[http://www.chamada.com.br/mensagens/evolucao.html Criação ou Evolução?]
*[http://www.sissaude.com.br/sissaude/inicial.php?case=2&idnot=877/ Suplementação alimentar na terceira idade. Vitamina D pode prevenir fraturas em idosos]
*[http://www.sissaude.com.br/sissaude/inicial.php?case=2&idnot=555/ Tratamento integrativo para a demência.Benefícios da abordagem]
*[http://www.sissaude.com.br/sissaude/inicial.php?case=2&idnot=502/ Depressão na terceira idade.Patologia com alta prevalência e um dos principais problemas nessa faixa etária]
*[http://www.sissaude.com.br/sissaude/inicial.php?case=2&idnot=227/ Ossos e envelhecimento.Cálcio: nutriente contra a osteoporose]


[[Categoria:Saúde]]
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Revisão das 13h04min de 23 de abril de 2009

 Nota: Se procura o tratamento térmico de peças metálicas, veja Envelhecimento (metalurgia).

O Envelhecimento, nos seres vivos, é o processo de desgaste do corpo, depois de atingida a idade adulta.

Introdução

Hans Baldung Grien: As Idades e a Morte, c. 1540-1543

O envelhecimento do organismo como um todo está relacionado com o facto das células somáticas do corpo irem morrendo uma após outra e não serem substituídas por novas como acontece na juventude. O motivo é que para a substituição poder acontecer as células somática têm de se ir dividindo para criarem cópias que vão ocupar o lugar deixado vago pelas que morrem. Em virtude das multiplas divisões celulares que a célula individual regista ao longo do tempo, para esse efeito, o telomero (extensão de DNA que serve para a sua protecção ) vai diminuindo até que chega a um limite crítico de comprimento, ponto em que a célula deixa de se poder dividir envelhece e morre com a conseqüente diminuição do número de células do organismo, das funções dos tecidos, orgãos, do próprio organismo e o aparecimento das chamadas doenças da velhice e não só. Existe uma enzima natural (telomerase) em todos os organismos vivos que está encarregada de proceder à manutenção dos telómeros. Por cada divisão da célula acrescenta a parte do telómero que se perde em virtude da mesma, de modo que o telómero não diminui e a célula pode-se dividir sempre que precisa. O que acontece é que ela faz essa função unicamente nas células germinativas fazendo com que estas sejam permanentemente jovens independentemente do organismo ser já velho. Devia fazer o mesmo nas células somáticas do organismo, mas, isso não acontece. As células somáticas têm o gene da telomerase mas não a produzem pois, este não está activado. Actualmente a ciência já consegue activar a telómerase e criar células saudáveis imortais. Revistas científicas como a Science (1998) já trouxeram artigos sobre este assunto. FIM 12/07 Jov

O envelhecimento pode ser entendido como a consequência da passagem do tempo ou como o processo cronológico pelo qual um indivíduo se torna mais velho. Esta tradicional definição tem sido desafiada pela sua simplicidade.

No caso dos seres vivos relaciona-se com a diminuição da reserva funcional, com a diminuição da resistência às agressões e com o aumento do risco de morte. Rosangela Machado postula que no ser humano caracteriza-se por um processo biopsicossocial de transformações, ocorridas ao longo da existência, suscitando diminuição progressiva de eficiência de funções orgânicas (biológica), criação de novo papel social que poderá ser positivo ou negativo de acordo com os valores sociais e culturais do grupo ao qual o idoso pertence (socio-cultural); e pelos aspectos psiquicos vistos tanto pela sociedade quanto pelo próprio idoso (psicológico).

Inicialmente foi postulado que o envelhecimento do ser humano seria o processo de deterioração dos sistemas com o tempo, permitindo assim a existência de filosofias “antienvelhecimento” (onde velho é tão bom quanto novo, ou mesmo potencialmente igual ao novo) e mesmo de intervenções designadas a reparar ou impedir o envelhecimento.

Em que pese que, à luz do conhecimento atual, o envelhecimento é um processo inexorável e irreversível, este artigo tratará especificamente dos aspectos sociais, cognitivos, culturais e econômicos do envelhecimento. A biologia do envelhecimento será considerada em detalhe em senescência.

O envelhecimento é uma parte importante de todas as sociedades humanas, refletindo as mudanças biológicas, mas também as convenções sociais e culturais. Também na maioria das sociedades é comum a negação do processo de envelhecimento e dos eventos a este associados. Muita energia, tempo e dinheiro são gastos exclusivamente para esconder os efeitos do envelhecimento. Tingimento capilar, maquiagens elaboradas ou mesmo cirurgia plástica por razões cosméticas são exemplos muito comuns. Contrastando com estes fenômenos, entre os mais jovens é muito comum procurar aparentar mais idade no intuito de receber o respeito associado às idades mais avançadas ou mesmo permissão para realizar atividades reservadas às pessoas mais velhas, como comprar bebidas alcoólicas ou dirigir veículos.

Assuntos ligados ao envelhecimento populacional, em que a idade média das populações tem aumentado nas últimas décadas, constituem um fator importante em muitas nações do mundo. Os efeitos sociais deste envelhecimento são enormes. Por um lado, a criminalidade tende a ser maior entre os mais jovens; uma população muito jovem também demandará altas taxas de emprego, acesso à educação básica e universitária e adoção de novas tecnologias. Idosos apresentam diferentes necessidades à sociedade e aos governos, bem como freqüentemente diferentes valores. Em nações em que o voto é voluntário, os idosos tendem a votar com mais freqüência que os jovens, aumentando seu peso político. Por outro lado, em nações com voto obrigatório é freqüente a adoção do voto voluntário para idosos, diminuindo potencialmente seu peso político.

Senescência: a biologia do envelhecimento

Ver artigo principal: Senescência
Uma mulher idosa.

Em biologia, “senescência” é o processo natural de envelhecimento ou o conjunto de fenômenos associados a este processo. Este conceito se opõe à senilidade, também denominado envelhecimento patológico, e que é entendido como os danos à saúde associados com o tempo, porém causados por doenças ou maus hábitos de saúde.

“Envelhecimento ou senescência celular” é o fenômeno em que células isoladas demonstram uma habilidade limitada de se dividirem em um meio de cultura, bem como as alterações bioquímicas – elucidadas ou não – associadas a esta limitação.

“Senescência orgânica” é o envelhecimento do organismo como um todo, ligado, entre outros fenômenos, ao envelhecimento celular. O envelhecimento do organismo é geralmente caracterizado pela diminuição da capacidade de responder a desafios à função orgânica. Estes desafios em geral oneram a capacidade funcional de nossos órgãos e sistemas, que diminui com o passar dos anos. De forma interessante, em indivíduos jovens e saudáveis, esta capacidade funcional se encontra muito além do necessário para o quotidiano, de forma que existe uma denomidada reserva funcional; o envelhecimento fisiológico ou normal pode também ser entendido como uma diminuição progressiva desta reserva funcional, de forma a diminuir a capacidade de resposta a desafios. Esta diminuição na capacidade de manter a homeostase do organismo tem sido denominada homeostenose e está ligada a riscos progressivamente maiores de doença ou perda da capacidade funcional. Por esta razão, a morte é a conseqüência final do envelhecimento, mas vale notar que a diminuição das reservas funcionais em seres humanos é lenta e progressiva, sendo compatíveis com a vida saudável em idades tão avançadas como a dos centenários. É o stress adicional das doenças (especialmente as doenças crônicas) e dos maus hábitos de vida (como tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, obesidade e outros) o grande vilão para a saúde do idoso: ao atingirem begativamente uma reserva funcional já normalmente diminuída em relação ao jovem que estas causam insuficiências orgânicas em idades menos avançadas.

Alguns pesquisadores trataram no passado o envelhecimento como mais uma doença. No entanto, esta visão está cada vez menos arraigada nos meios científicos, à medida que a presença deste fenômeno se demostra em praticamente todos os seres vivos e a genética demonstra estar relacionada pelo menos em grande parte ao mesmo.

Dividindo o ciclo de vida

Mapa mostrando a idade média global em 2001.

A vida humana é freqüentemente dividida em várias etapas. Esta divisão é arbitrária, uma vez que todos os processos biológicos de modificação são lentos e progressivos – e muitas vezes coexistem uns com os outros, como o processo de envelhecimento e o de desenvolvimento, ambos se iniciam desde a concepção, se considerados todos os aspectos bioquímicos já conhecidos.

Assim, a divisão da vida humana em períodos de um ciclo reflete fenômenos ou estados observáveis, mas padece de enorme variabilidade individual. Dada a influência cultural destas divisões, em algumas culturas, a divisão mostrada abaixo não reflete um dado homogêneo.

Na maioria dos países ocidentais, a idade adulta inicia-se entre os 16 e os 21 anos, enquanto que é geralmente considerado idoso aquele que tem 65 anos ou mais.

Aspectos legais

Há grande variação entre os países sobre com qual idade um indivíduo se torna legalmente um adulto.

No Brasil existem questões como a idade mínima para o voto (16 anos), a obrigatoriedade do voto (entre 18 e 65 anos), o voto opcional (entre 16 e 18 anos de idade ou mais de 65 anos), bem como a maioridade civil e criminal aos (18 anos), bem como a aposentadoria compulsória para servidores públicos (70 anos).

Aspectos econômicos e mercadológicos do envelhecimento

Um homem idoso.

A economia do envelhecimento é da maior importância. Crianças e adolescentes em geral dispõem de pouco dinheiro, mas a maior parte deste é destinada à aquisição de bens de consumo. Estes também têm grande impacto no modo como seus pais gastam seu dinheiro.

Adultos jovens são considerados uma coorte muito valorizada pelo mercado. Estes em geral recebem seu próprio dinheiro e apresentam poucas responsabilidades, como crianças ou dividas. Em geral, estes ainda não têm hábitos de consumo fixos e estão mais abertos a novos produtos. Assim, em geral, os mais jovens constituem o alvo central das estratégias de marketing. A televisão é programada principalmente para atrair pessoas entre 15 e 35 anos de idade, e os filmes também são construídos em torno deste apelo.

As pessoas de meia-idade e os idosos tendem a comprar menos e são tradicionalmente enxergados como possuindo hábitos de compra muito arraigados e estáveis, portanto, estando menos abertos ao marketing. Idosos em geral tendem a possuir maior patrimônio, mas tendem a ser mais econômicos, estando assim mais abertos ao marketing de instituições financeiras do que ao mercado de consumo. É importante notar que isto reflete, nos países em desenvolvimento, o estado dos idosos das classes média e alta, enqunato que idosos oriundos das classes menos favorecidas podem não apresentar renda e depender de seus filhos, por exemplo.

No Brasil, o fenômeno da pobreza e do desemprego tem levado, no entanto, a situações em que são os idosos aposentados ou pensionistas a sustentar seus descendentes desempregados.

Finalmente, a diminuição da população jovem (e, portanto, da percentagem da população contribuidora dos sistemas de pensão e impostos) está projetando uma situação de queda na arrecadação dos sistemas previdenciários e aumento nos gastos (com aumento da parcela de aposentados), ameaçando um colapso dos sistemas previdenciários. Embora diferentes estratégias tenham sido propostas, esta é ainda uma questão aberta atualmente.

Variações culturais

Certas culturas se encontram diante de uma situação ou entendimento menos problemático do que o descrito acima, pela própria maneira como entendem o ser idoso: a idade avançada é vista como um estágio a ser atingido e o idoso, visto com respeito e status. Isto é particularmente mais comum nas culturas orientais.

Mudanças cognitivas no envelhecimento

Um declínio constante em muitos processos cognitivos é visto ao longo da vida, particularmente a partir dos 30 anos de idade. A maioria das pesquisas tem se focalizado em memória e envelhecimento e tem-se verificado declínio em diferentes tipos de memória com o envelhecimento, mas não na memória semântica ou no conhecimento geral, como definições e vocabulário, os quais tipicamente aumentam ou mantêm-se estáveis.

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