Ephedra (medicina)

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Embalagens de efedrina, um alcaloide presente em várias espécies do género Ephedra.
Ephedra funerea (chá-mormon) selvagem em Fiery Furnace no Arches National Park próximo de Moab, Utah

Efedra, por vezes referida como mahuang ouherba ephedra, é uma preparação medicinal de ervanária obtida a partir de plantas da espécie Ephedra sinica.[1] Várias espécies adicionais pertencentes ao género Ephedra têm sido tradicionalmente utilizadas para uma variedade de fins medicinais, e são um possível candidato para a planta usada para produzir a bebida soma das religiões indo-iranianas.[2] Este preparado é utilizada na medicina tradicional chinesa, na qual é designada por mahuang (chinês tradicional: 麻黃, chinês simplificado: 麻黄, pinyin: máhuángWade-Giles: ma-huanglit. ‘cânhamo-amarelo’), há mais de 5000 anos.[3][4] Os povos aborígenes americanos e os pioneiros mórmones bebiam uma tisana feita a partir de outras espécies de Ephedra, chamado "chá-mórmon" e "chá-índio".

Descrição[editar | editar código-fonte]

Os suplementos alimentares que contêm alcaloides de efedra foram considerados pouco seguros, com relatos de efeitos secundários graves e mortes relacionadas com o seu uso.[5][6][7][8] Em resposta à acumulação de provas de efeitos adversos e mortes relacionadas com a efedrina, a U.S. Food and Drug Administration (FDA) proibiu a venda de suplementos contendo alcaloides de efedrina em 2004.[9] A proibição foi contestada em tribunal pelos fabricantes de efedra, mas acabou por ser confirmada em 2006 pelo U.S. Court of Appeals for the Tenth Circuit.[10] Os extractos de efedra que não contêm efedrina não foram proibidos pela FDA e continuam a ser vendidos legalmente.[11]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Gurley B, Wang P, Gardner S (1998). «Ephedrine-type alkaloid content of nutritional supplements containing Ephedra sinica (Ma-huang) as determined by high performance liquid chromatography». J Pharm Sci. 87 (12): 1547–53. PMID 10189265. doi:10.1021/js9801844 
  2. Botany of Haoma Arquivado em 2007-10-13 no Wayback Machine, from Encyclopædia Iranica. Accessed Março 15, 2007.
  3. Abourashed E, El-Alfy A, Khan I, Walker L (2003). «Ephedra in perspective--a current review». Phytother Res. 17 (7): 703–12. PMID 12916063. doi:10.1002/ptr.1337 
  4. Kee C. Huang (12 de dezembro de 2010). The Pharmacology of Chinese Herbs, Second Edition. [S.l.]: CRC Press. p. 9. ISBN 978-1-4200-4826-1 
  5. Haller C, Benowitz N (2000). «Adverse cardiovascular and central nervous system events associated with dietary supplements containing ephedra alkaloids». N Engl J Med. 343 (25): 1833–38. PMID 11117974. doi:10.1056/NEJM200012213432502Acessível livremente 
  6. Bent S, Tiedt T, Odden M, Shlipak M (2003). «The relative safety of ephedra compared with other herbal products». Ann Intern Med. 138 (6): 468–71. PMID 12639079. doi:10.7326/0003-4819-138-6-200303180-00010Acessível livremente 
  7. «National Center for Complementary and Alternative Medicine Consumer Advisory on ephedra». 1 de outubro de 2004. Consultado em 13 de fevereiro de 2007 [ligação inativa] 
  8. «Food and Drug Administration summary of actions regarding sale of ephedra supplements». Food and Drug Administration. Consultado em 13 de fevereiro de 2007. Cópia arquivada em 10 de fevereiro de 2007 
  9. «FDA Final Rule Banning Dietary Supplements With Ephedrine Alkaloids Becomes Effective». U.S. Food and Drug Administration. Consultado em 7 de fevereiro de 2007 
  10. «FDA Statement on Tenth Circuit's Ruling to Uphold FDA Decision Banning Dietary Supplements Containing Ephedrine Alkaloids». U.S. Food and Drug Administration 
  11. «Is Ephedra legal? Consumer Reports Investigates». www.consumerreports.org. Consultado em 23 de novembro de 2015