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Ali Babá: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Ali-Baba.jpg|thumb|260px|''Ali Babá'' de [[Maxfield Parrish]] (1909).]]
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'''Ali Babá''' ({{lang-ar|علي بابا}}) é uma [[personagem fictícia]] baseada na [[Arábia pré-islâmica]]. O conto está descrito nas aventuras de ''Ali Babá e os Quarenta Ladrões'', que faz parte do ''[[As Mil e uma Noites|Livro das Mil e Uma Noites]]'' ou (''Noites na Arábia''). Alguns críticos acreditam que esta história tenha sido adicionada ao ''Livro das Mil e Uma Noites'' por um dos seus transcritores europeus, [[Antoine Galland]], que foi um orientalista [[França|francês]] do século XVIII que talvez a tenha ouvido, de um contador de histórias [[árabe]] de [[Alepo]]. No entanto, [[Richard Francis Burton|Richard F. Burton]] garantiu que o conto faz parte do original ''Livro das Mil e Uma Noites''. Esta história também tem sido utilizada como popular [[pantomima]] no famoso pantomima/[[teatro musical|musical]] ''[[Chu Chin Chow]]'' (1916).
'''Ali Babá''' ({{lang-ar|علي بابا}}) é um [[personagem fictícia|personagem fictício]] baseada na [[Arábia pré-islâmica]]. O conto está descrito nas aventuras de ''Ali Babá e os Quarenta Ladrões'', que faz parte do ''[[As Mil e uma Noites|Livro das Mil e Uma Noites]]'' ou (''Noites na Arábia''). Alguns críticos acreditam que esta história tenha sido adicionada ao ''Livro das Mil e Uma Noites'' por um dos seus transcritores europeus, [[Antoine Galland]], que foi um orientalista [[França|francês]] do século XVIII que talvez a tenha ouvido, de um contador de histórias [[árabe]] de [[Alepo]]. No entanto, [[Richard Francis Burton|Richard F. Burton]] garantiu que o conto faz parte do original ''Livro das Mil e Uma Noites''. Esta história também tem sido utilizada como popular [[pantomima]] no famoso pantomima/[[teatro musical|musical]] ''[[Chu Chin Chow]]'' (1916).


, que é aberta por magia. A gruta abre-se usando-se a expressão "Abre, ó Simsim" (geralmente escrito como "Sésamo", em português), e fecha-se com as palavras "Fecha, ó Simsim" ("Fecha-te, Sésamo"). Quando os ladrões saem, Ali Babá entra na caverna, e leva parte do tesouro para casa.
, que é aberta por magia. A gruta abre-se usando-se a expressão "Abre, ó Simsim" (geralmente escrito como "Sésamo", em português), e fecha-se com as palavras "Fecha, ó Simsim" ("Fecha-te, Sésamo"). Quando os ladrões saem, Ali Babá entra na caverna, e leva parte do tesouro para casa.

Revisão das 22h28min de 13 de maio de 2016

 Nota: Para outros significados, veja Ali Babá (desambiguação).
Ali Babá de Maxfield Parrish (1909).

Ali Babá (em árabe: علي بابا) é um personagem fictício baseada na Arábia pré-islâmica. O conto está descrito nas aventuras de Ali Babá e os Quarenta Ladrões, que faz parte do Livro das Mil e Uma Noites ou (Noites na Arábia). Alguns críticos acreditam que esta história tenha sido adicionada ao Livro das Mil e Uma Noites por um dos seus transcritores europeus, Antoine Galland, que foi um orientalista francês do século XVIII que talvez a tenha ouvido, de um contador de histórias árabe de Alepo. No entanto, Richard F. Burton garantiu que o conto faz parte do original Livro das Mil e Uma Noites. Esta história também tem sido utilizada como popular pantomima no famoso pantomima/musical Chu Chin Chow (1916).

, que é aberta por magia. A gruta abre-se usando-se a expressão "Abre, ó Simsim" (geralmente escrito como "Sésamo", em português), e fecha-se com as palavras "Fecha, ó Simsim" ("Fecha-te, Sésamo"). Quando os ladrões saem, Ali Babá entra na caverna, e leva parte do tesouro para casa.

O irmão rico de Ali Babá, Qassem, questiona o seu irmão sobre a sua inesperada riqueza, e Ali Babá conta-lhe tudo sobre a gruta. Qassem vai até À gruta para tirar mais uma parte do tesouro, mas na sua ganância esquece as palavras mágicas para abrir a caverna e os ladrões acabam por encontrá-lo lá e matam-no. Como seu irmão não volta, Ali Babá vai à gruta com o fim de o procurar. Encontra o corpo e tira-o da gruta, mas não o leva para casa. Com a ajuda de Morjana, uma astuta escrava da família de Qassem, ele faz um bom enterro a Qassem sem suscitar quaisquer suspeitas sobre a causa da sua morte. Antes o enterrarem, Morjana foi a uma sapateiro da cidade, vendou-lhe os olhos e mostrou-lhe o caminho até à casa de Ali Babá. Quando chegaram, ela pediu ao sapateiro que cosesse o corpo.

Os ladrões, quando não encontram o corpo, concluem que alguém sabe dos seus segredos e saem em busca de uma pista. Um dos ladrões oferece-se para buscar pistas e foi até à cidade onde viu o sapateiro coser sapatos, ele perguntou como conseguia ver com a sua idade para coser. O sapateiro disse que tinha bons olhos e até já coseu um corpo de um homem. O ladrão pediu para levar ao lugar onde tinha feito isso e assim o fez. Chegaram à casa de Ali Babá e o ladrão marcou com giz a porta e voltou para a floresta. Morjana, que ia a sair viu a marca de giz e estranhou, depois marcou também com giz mais algumas portas da mesma rua. O ladrão quando contou ao chefe o que fez, levou-o à casa que tinha marcado, mas viram que também estavam marcadas outras casas, o ladrão foi de imediatamente ksols,soldos,soslaio decapitado por ter falhado a sua missão. Outro ladrão também foi enviado com a mesma missão e graças outra vez ao sapateiro, mais uma vez a casa ficou marcada com giz, mas Morjana foi outra vez esperta, e também o segundo enviado acabou morto. Depois foi a vez do chefe, e como era mais esperto que os outros ladrões, em vez de marcar a casa com giz, fixou-a e estudou todos os seus pormenores para não se esquecer dela.

Então, o chefe dos ladrões finge ser um mercador de azeite que necessita da hospitalidade de Ali Babá. Traz consigo mulas carregadas com trinta e oito odres de azeite, sendo que apenas dois tinham azeite enquanto que os outros trinta e seis escondiam os outros ladrões. Os ladrões planejam matar Ali Babá enquanto ele dorme. No entanto, Morjana descobre-os novamente e os trinta e oito ladrões são mortos, nos jarros onde se escondiam, quando neles se verteu azeite fervente. Descobrindo que todos os seus homens já estão mortos, o chefe dos ladrões fugiu.

Para se vingar, o chefe dos ladrões estabelece-se como comerciante e finge-se de amigo do filho de Ali Babá (que agora está a cargo da empresa do falecido Qassem). Logo é convidado para jantar à casa de Ali Babá. O ladrão é reconhecido por Morjana, que demonstra uma dança com um punhal e termina por espetá-lo no coração do ladrão, num momento em que ele está desprevenido. A princípio, Ali Babá fica irritado com Morjana, mas quando descobre que o ladrão o queria matar, ele concede a liberdade a Morjana e ela casa-se com o filho de Ali Babá. Assim, a história termina feliz para todos, exceto para os quarenta ladrões e para Qassem.

Origens do conto

A história tem a sua origem na saga do rei Ali Babá do Sudão, (habitava perto de Port Sudan). Aquele rei recusou-se a pagar os impostos a Al-Mutawakkil, o décimo califa legatário de Bagdá. O rei rebelde selou todo o ouro nas montanhas e impediu os funcionários de irem à região do Mar Vermelho. Bagdá enviou o seu exército para manter o seu poder sobre a comercialização do ouro do mundo islâmico (acredita-se que o Sudão fornecia mais de sessenta por cento do ouro aos Abássidas na época pré-cruzadas) e, em cinco anos, a rebelião foi esmagada. Ali Babá, levado a Bagdá, transportou todo o ouro escondido por seus homens para o legatário. Uma exibição pública do grande tesouro e do rei derrotado passou em todas as cidades importantes no caminho até a capital Samarra, criando o mito da caverna e da lenda dos quarenta ladrões. No final, foi concedida anistia a Ali Babá em Samarra e, ao seu retorno, ele deu o ouro aos necessitados, em todas as principais cidades, ao longo da estrada, como um bom sinal aos muçulmanos contra quem ele lutou.

Adaptações

  • O filme francês estrelando Gérard Jugnot e Michèle Bernier (2007).
  • Bollywood filme Ali Baba aur 40 Chor, com Dharmendra, Hema Malini e Zeenat Aman, foi, em grande parte baseado neste conto.
  • A história foi retratada em um filme Tamil de 1955 "Alibabhavum Narpathu Thirudargalum" (Ali Baba e os Quarenta Thieves), com MGRamachandran interpretando Ali Baba e Bhanumathi Ramakrishna como Morgiana.
  • Em Portugal uma comédia, Ali Baba Bujang Lapok (1960) foi vagamente baseado na história, que certo número de anacronismos utilizados com humor, por exemplo, o uso de um Caminhão por Kassim Baba para roubar os ladrões.
  • A história foi adaptada em 1971 no anime Ali Baba e os Quarenta Ladrões (アリババと40匹の盗賊 Aribaba to Yonjuppiki no Tozoku?), desenhado por Hayao Miyazaki.
  • No anime Magi.
  • O conceito de Ali Baba e os Quarenta Ladrões foi utilizado no último filme da série Aladdin da Disney, Aladdin and the King of Thieves, lançado em 1996
  • Na mini-série televisiva As 1001 Noites, a história é contada fielmente, com duas grandes mudanças. A primeira é que quando Morgiana descobre os ladrões nos jarros de óleo, ela alerta Ali Babá e, juntamente com um amigo, soltam os jarros em uma rua com uma forte inclinação, deixando rolar para baixo para quebrarem. Além disso, a guarda da cidade é alertada para prender os ladrões desorientados quando eles saem de seus recipientes. Mais tarde, quando Morgiana derrota o chefe dos ladrões, Ali Babá, que é jovem e não tem filhos, casa-se com a heroína.
  • Veja também, na lista de filmes da Wikipédia: Ali Babá e os 40 Ladrões; (Arthur Lubin); EUA, (1944), 87min.; atores: Jon Hall, Maria Montez, Turhan Bey, Andy Devine; em exibição na tv: reprise, colorido; - (O Estado de S. Paulo, 15.07.2009 – Tevê, caderno 2, p. D11).
  • Um filme de 1944 Ali Baba e os Quarenta Ladrões foi refeito em 1965 como A espada de Ali Baba. Frank Puglia interpretou o personagem chamado Cassim em ambas as versões.
  • Um popular brinquedo que sobe no ar nos parques de diversão é também chamado de Ali Baba.
  • Na Academia da Força Aérea dos Estados Unidos, o Cadete 40 foi inicialmente apelidado "Ali Baba e os Quarenta Ladrões" antes de eventualmente mudarem o nome para o "P-40 Warhawks"
  • O romance de Tom Holt, "Open Sesame", é baseada nos personagens da história de Ali Baba e os Quarenta ladrões.

Notas

Ligações externas

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