Besta de Gévaudan: diferenças entre revisões
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A '''Besta de Gévaudan''' (em [[língua francesa|francês]] ''Bête du Gévaudan'') foi um animal feroz que aterrorizou a região [[França|francesa]] de Gévaudan no final do [[século XVIII]]. Do ponto de vista histórico, o animal é comprovado, tendo sido documentados os ataques, os corpos das vítimas, os sobreviventes descreveram o animal que os atacou, havendo registros de que o animal foi caçado, morto e teve seu corpo exibido na corte de [[Luís XV da França|Luís XV]]. |
A '''Besta de Gévaudan''' (em [[língua francesa|francês]] ''Bête du Gévaudan'') foi um animal feroz que aterrorizou a região [[França|francesa]] de Gévaudan no final do [[século XVIII|século XVII]]I. Do ponto de vista histórico, o animal é comprovado, tendo sido documentados os ataques, os corpos das vítimas, os sobreviventes descreveram o animal que os atacou, havendo registros de que o animal foi caçado, morto e teve seu corpo exibido na corte de [[Luís XV da França|Luís XV]]. |
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Segundo as descrições, sua pele tinha um tom avermelhado, e foi dito emitir um odor insuportável. Ele matava suas vítimas rasgando suas gargantas com os dentes. O número de vítimas varia de acordo com fonte. De Beaufort (1987)<ref>{{Citar livro |sobrenome= de Beaufort |nome=François |autorlink= |coautor= |título=Encyclopédie des carnivores de France |subtítulo= Le loup en France |língua2=fr |edição= |local=França |editora= |editor= |ano=1987 |páginas= |volumes= |página= |capítulo= |volume= |coleção= |isbn=9782905216045 |issn= |oclc= |id= |notas= |url=http://books.google.com.br/books/about/Encyclop%C3%A9die_des_carnivores_de_France.html?id=R94skgAACAAJ&redir_esc=y |acessodata= |seção= |url_seção= |ref= }}</ref> estimou 210 ataques, resultando em 113 mortes e 49 feridos, 98 das vítimas mortas foram parcialmente comidos.<ref name="Attacks">{{Citar web| url= http://www.nina.no/archive/nina/PppBasePdf/oppdragsmelding/2002/731.pdf |formato=PDF| título= The Fear of Wolves: A Review of Wolf Attacks on Humans | publicado= Norsk Institutt for Naturforskning | acessodata= 26-06-2008}}</ref> Em 1764 uma jovem foi atacada por uma fera na floresta de Merçoire, proximo de Langogne, na França. Apesar de ferida, e descreveu nos seguintes termos o monstro: "grande como um bezerro, peito largo, pescoço robusto, orelhas eretas, focinho de galgo, boca negra com dois dentes laterais longos e afiados, cauda franjada e uma lista branca que vai do alto da cabeça à extremidade da própria cauda. Move-se dando grande saltos" [1] |
Segundo as descrições, sua pele tinha um tom avermelhado, e foi dito emitir um odor insuportável. Ele matava suas vítimas rasgando suas gargantas com os dentes. O número de vítimas varia de acordo com fonte. De Beaufort (1987)<ref>{{Citar livro |sobrenome= de Beaufort |nome=François |autorlink= |coautor= |título=Encyclopédie des carnivores de France |subtítulo= Le loup en France |língua2=fr |edição= |local=França |editora= |editor= |ano=1987 |páginas= |volumes= |página= |capítulo= |volume= |coleção= |isbn=9782905216045 |issn= |oclc= |id= |notas= |url=http://books.google.com.br/books/about/Encyclop%C3%A9die_des_carnivores_de_France.html?id=R94skgAACAAJ&redir_esc=y |acessodata= |seção= |url_seção= |ref= }}</ref> estimou 210 ataques, resultando em 113 mortes e 49 feridos, 98 das vítimas mortas foram parcialmente comidos.<ref name="Attacks">{{Citar web| url= http://www.nina.no/archive/nina/PppBasePdf/oppdragsmelding/2002/731.pdf |formato=PDF| título= The Fear of Wolves: A Review of Wolf Attacks on Humans | publicado= Norsk Institutt for Naturforskning | acessodata= 26-06-2008}}</ref> Em 1764 uma jovem foi atacada por uma fera na floresta de Merçoire, proximo de Langogne, na França. Apesar de ferida, e descreveu nos seguintes termos o monstro: "grande como um bezerro, peito largo, pescoço robusto, orelhas eretas, focinho de galgo, boca negra com dois dentes laterais longos e afiados, cauda franjada e uma lista branca que vai do alto da cabeça à extremidade da própria cauda. Move-se dando grande saltos" [1] |
Revisão das 21h27min de 15 de maio de 2016
A Besta de Gévaudan (em francês Bête du Gévaudan) foi um animal feroz que aterrorizou a região francesa de Gévaudan no final do século XVIII. Do ponto de vista histórico, o animal é comprovado, tendo sido documentados os ataques, os corpos das vítimas, os sobreviventes descreveram o animal que os atacou, havendo registros de que o animal foi caçado, morto e teve seu corpo exibido na corte de Luís XV.
Segundo as descrições, sua pele tinha um tom avermelhado, e foi dito emitir um odor insuportável. Ele matava suas vítimas rasgando suas gargantas com os dentes. O número de vítimas varia de acordo com fonte. De Beaufort (1987)[1] estimou 210 ataques, resultando em 113 mortes e 49 feridos, 98 das vítimas mortas foram parcialmente comidos.[2] Em 1764 uma jovem foi atacada por uma fera na floresta de Merçoire, proximo de Langogne, na França. Apesar de ferida, e descreveu nos seguintes termos o monstro: "grande como um bezerro, peito largo, pescoço robusto, orelhas eretas, focinho de galgo, boca negra com dois dentes laterais longos e afiados, cauda franjada e uma lista branca que vai do alto da cabeça à extremidade da própria cauda. Move-se dando grande saltos" [1]
Muitos acreditavam que a Besta de Geváudan, era um lobisomem, de dia um homem e de noite uma besta, e se a besta se lembrasse ( Damnation Memorie ) seria um assassino em série. (referência da série Teen Wolf da MTV, sem NENHUM embasamento no verdadeiro mito).
História
Gévaudan, zona que pertence a Languedoc (sul da França), foi desde sempre uma zona onde os ataques de lobos aos rebanhos eram frequentes. Porém, em 30 de junho de 1764 e pela primeira vez, uma jovem de 14 anos (Jeanne Boulet) é assassinada perto de Langogne, uma povoação pertencente ao departamento francês de Lozère.[3] E depois dessa primeira vítima seguiram outras, tratando-se sempre de jovens (curiosamente, nenhum dos homens mortos passava dos trinta e seis anos) e mulheres, cujos corpos se encontravam mutilados com uma violência desconhecida até então, decapitadas ou estripadas[3] . Logo segue uma extensa lista de ataques.
Foram feitas na região numerosas investidas para caçar o animal, organizadas muitas vezes por nobres da zona, como o Marquês de Apcher ou o Conde de Morangias, mas sempre sem resultado. As notícias dos ataques da "besta" acaba chegando até a Corte, em Paris, e o rei Luís XV vê-se obrigado a responder de algum jeito às demandas cada vez mais insistentes dos camponeses[3] , apesar de estar totalmente imerso na guerra pelas colônias da América contra a Inglaterra, pelo que decide oferecer seis mil libras de recompensa a quem matasse a besta.
.Em 21 de setembro de 1765, foi abatido um grande animal que foi identificado como a “Besta”, por Antoine de Beauterne Marques . Este animal pesava 64 quilos, tinha 87 centímetros de altura e 183 centímetros de comprimento total. O lobo foi chamado de Le Loup de Chazes. Antoine oficialmente declarou: "Nós declaramos pelo presente relatório, assinado por nossas mãos, que nunca vimos um lobo tão grande que poderia ser comparado a este, é por isso que nós estimamos esta poderia ser a besta temível que causou tanto dano."[2] O animal foi empalhado e enviado para Versalhes, onde Antoine foi recebido como um herói, recebendo uma grande soma de dinheiro, bem como títulos e prêmios.[2] Entretanto, em 2 de dezembro do mesmo ano, foram relatados novos ataques a duas crianças que ficaram gravemente feridas. Dezenas de casos de ataques foram novamente relatados.
O assassinato da segunda criatura que, eventualmente, marcou o fim dos ataques é creditado a um caçador local, Jean Chastel , que a deu um tiro durante uma caçada organizada por um homem nobre local, Marquis d'Apcher, em 19 de junho de 1767. Segundo os dados da época, este animal pesava 58 quilos, e foi morto com uma bala de prata benzida por um padre, sendo este o primeiro registro desse tipo de caçada, depois popularizada nas buscas ao lobisomem.[4] Ao ser aberto, no estômago do animal foi comprovado que continha restos humanos.[2] Então eles chegaram a uma conclusão, a besta era um Loup-Garou, ou em outras palavras um lobisomem, que na maioria das vezes comia as suas vitimas, tanto homens como mulheres, sem preferência.
Criptozoologia
Certos criptozoologistas sugerem que a Besta poderia ser uma reminiscência de um mesoniquídeo, observando como algumas testemunhas descreveram o animal, como um lobo enorme com cascos ao invés de patas e era maior do que qualquer lobo de tamanho normal.[5]
Em outubro de 2009, o canal History exibiu um documentário chamado A Real Wolfman, que argumentou que era um animal exótico na forma de uma hiena asiática, uma espécie de pelos compridos de Hyaenidae agora extinta na Europa.[6]
Referências
- ↑ de Beaufort, François (1987). Encyclopédie des carnivores de France. Le loup en France (em francês). França: [s.n.] ISBN 9782905216045
- ↑ a b c d «The Fear of Wolves: A Review of Wolf Attacks on Humans» (PDF). Norsk Institutt for Naturforskning. Consultado em 26 de junho de 2008
- ↑ a b c Bini, Edson (2004). Homens, Lobos e Lobisomens. As histórias mais fascinantes. São Paulo: Marco Zero. p. 25-26. 296 páginas. ISBN 9788527903585. Consultado em 25 de julho de 2011
- ↑ Jackson, Robert (1995). Witchcraft and the Occult. [S.l.]: Devizes, Quintet Publishing. p. 25. ISBN 1853488887
- ↑ Hall, Jamie (2007). «The Cryptid Zoo: Mesonychids in Cryptozoology». Consultado em 19 de março de 2011
- ↑ «The Real Wolfman». History Alive. Temporada 4. Episódio 16. History. Consultado em 29 de outubro de 2009
Ligações externas
- «As Coisas Geek de um Hobbit Inútil»
- «Sinistro ao Extremo - Fera de Gévaudan e o Tatzelwurm»
- Berthet, Élie (1862). La Bête du Gévaudan (em francês). Paris: Hachette. 396 páginas