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O '''Palácio el Badi''' ({{langx|ar|قصر البديع}}, "palácio do incomparável", também grafado '''Palácio el Badiî''' e '''Palácio el Badia''') é um [[palácio]] em ruínas em [[Marraquexe]], Marrocos. Foi construído pelo sultão [[Saadianos|saadiano]] [[Ahmed al-Mansur Saadi|Ahmed al-Mansur]] pouco depois de ter subido ao trono em 1578, para comemorar a sua vitória na [[Batalha de Alcácer-Quibir]]. A construção foi em grande parte financiada pelo avultado resgate pago pelos [[História de Portugal|portugueses]] depois daquela batalha. |
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Após a queda dos saadianos e da ascensão da [[dinastia alauita]], o palácio entrou rapidamente em decadência. [[Moulay Ismail|Mulai Ismail]] despojou o edifício e o seu recheio, tendo usado materias de construção e decoração na edificação do seu palácio na sua nova capital [[Meknès]].<!--en:3--> Atualmente é uma atração turística famosa,<!--en:2--> apesar de pouco mais restar do um grande amplo pátio cercado por muros altos, com jardins om [[laranjeira]]s e algumas ruínas dos edifícios do palácio. Tem também um museu onde está exposto um [[mimbar]] do {{séc|XII}} restaurado que outrora esteve na [[Mesquita de Koutoubia|Mesquita Cutubia]].<!--en:2--> Durante alguns anos, o Festival de Folclore de Marraquexe foi realizado no palácio.<!--en:4--> Desde 2011 que ali se realiza o Festival do Riso, organizado pelo [[comediante]] [[França|franco]]-marroquino [[Jamel Debbouze]]. |
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Palácio el Badi | |
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Nomes alternativos | Palácio el Badiî • Palácio el Badia |
Início da construção | 1578 |
Fim da construção | 1594 |
Proprietário inicial | Ahmed al-Mansur Saadi |
Função inicial | palácio real |
Função atual | museu |
Geografia | |
País | Marrocos |
Cidade | Marraquexe |
Coordenadas |
O Palácio el Badi (em árabe: قصر البديع, "palácio do incomparável", também grafado Palácio el Badiî e Palácio el Badia) é um palácio em ruínas em Marraquexe, Marrocos. Foi construído pelo sultão saadiano Ahmed al-Mansur pouco depois de ter subido ao trono em 1578, para comemorar a sua vitória na Batalha de Alcácer-Quibir. A construção foi em grande parte financiada pelo avultado resgate pago pelos portugueses depois daquela batalha.
Após a queda dos saadianos e da ascensão da dinastia alauita, o palácio entrou rapidamente em decadência. Mulai Ismail despojou o edifício e o seu recheio, tendo usado materias de construção e decoração na edificação do seu palácio na sua nova capital Meknès. Atualmente é uma atração turística famosa, apesar de pouco mais restar do um grande amplo pátio cercado por muros altos, com jardins om laranjeiras e algumas ruínas dos edifícios do palácio. Tem também um museu onde está exposto um mimbar do século XII restaurado que outrora esteve na Mesquita Cutubia. Durante alguns anos, o Festival de Folclore de Marraquexe foi realizado no palácio. Desde 2011 que ali se realiza o Festival do Riso, organizado pelo comediante franco-marroquino Jamel Debbouze.
História
O palácio foi erigido no canto nordeste da casbá, perto dos apartamentos privados de Ahmed al-Mansur. As obras decorreram entre 1578 e 1594, embora houvesse trabalhos que só ficassem concluídos em 1603, ano em que o sultão morreu. Símbolo do poder, o conjunto palaciano exprimia o fausto do soberano, tanto aos seus súbditos como aos embaixadores estrangeiros. Era nele que se realizavam as audiências solenes e as festas. Considerado uma joia da arte islâmica, a sua construção foi influenciada pela Alhambra de Granada.
Pouco resta do esplendor original do palácio. Em 1696, o sultão alauita Mulai Ismail ordenou que fosse demolido. A demolição durou cerca de dez anos, o que dá uma ideia da grandiosidade do palácio, que ainda hoje é patente no que dele resta. Uma grande parte dos materiais demolidos foram reutilizados em Meknès, a cidade que o novo soberano escolheu para a capital do seu império em 1672.
Em 1953 foram realizadas escavações arqueológicas. Além de fragmentos de vários materiais, foi revelada a estrutura geral do palácio. O recinto do conjunto palaciano, onde numerosas cegonhas têm os seus ninhos, está atualmente aberto ao público.
Arquitetura
O acesso principal do palácio era feito pela porta Bab al-Rokham ("de mármore"). A planta ordenava-se em volta de um vasto pátio retangular com 135 por 110 metros. No centro deste pátio havia um tanque com 90 por 20 m no centro do qual se encontrava uma fonte monumental. Nos lados oriental e ocidental erguiam-se dois pavilhões — o "de cristal" e o "de audiências" — com plantas praticamente idênticas. No lado norte erguia-se o "pavilhão verde" e no lado sul o chamado "do tornassol", ambos com duas galerias cobertas.
Fontes
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em francês cujo título é «Palais El Badi», especificamente desta versão.
- «Palais El Badi» (em francês). www.insecula.com. Consultado em 14 de maio de 2015
- Ellingham, Mark (2001), The Rough Guide to Morocco, ISBN 9781858286013 (em inglês), p. 362–363, 365–366, consultado em 14 de maio de 2015
- Honnor, Julius (2012), Morocco Footprint Handbook, ISBN 9781907263316 (em inglês), p. 59–60, consultado em 14 de maio de 2015
- Searight, Susan (1999), Maverick Guide to Morocco, ISBN 9781455608645 (em inglês), Pelican Publishing, p. 402–404, consultado em 14 de maio de 2015