Vímara Peres: diferenças entre revisões
Nasceu na atual província da Corunha, não nas Asturias. |
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'''Vímara Peres''' ([[Reino das Astúrias]]{{Sfn|Torres Sevilla-Quiñones de León|1998|p=304, n. 21}}, [[Circa|ca.]] {{dtlink|lang=pt|||820}} — [[Guimarães]], {{dtlink|lang=pt|||873}}) foi um chefe militar galego da segunda metade do {{Séc|IX}} do [[noroeste]] da [[Península Ibérica]]. Nascido na Galiza, vassalo de {{lknb|Afonso|III|das Astúrias}}, foi enviado a reclamar o vale do [[Rio Douro|Douro]], em tempos remotos integrado à província romana da [[Galécia]]. |
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== Biografia == |
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Revisão das 11h55min de 29 de agosto de 2017
Vímara Peres | |
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Conde e presor do Porto | |
Estátua de Vímara Peres na cidade do Porto, obra de Salvador Barata Feyo, em 1968 | |
Nascimento | Corunha, Galiza |
Morte | 873 |
Guimarães | |
Pai | Pedro Theon |
Vímara Peres (Reino das Astúrias[1], ca. 820 — Guimarães, 873) foi um chefe militar galego da segunda metade do século IX do noroeste da Península Ibérica. Nascido na Galiza, vassalo de Afonso III, foi enviado a reclamar o vale do Douro, em tempos remotos integrado à província romana da Galécia.
Biografia
Filho de Pedro Theon, Vímara Peres foi um dos responsáveis pela repovoação da linha entre o Minho e Douro e, auxiliado por cavaleiros da região, pela acção de presúria do burgo de Portucale (Porto), que foi assim definitivamente conquistado aos muçulmanos no ano de 868.[2] Nesse mesmo ano, tornou-se o primeiro conde de Portucale.
Vímara Peres foi também o fundador de um pequeno burgo fortificado nas proximidades de Braga, Vimaranis (derivado do seu próprio nome), que com o correr dos tempos, por evolução fonética, tornou-se a moderna Guimarães, tendo sido o principal centro governativo do Condado Portucalense quando da chegada do conde Dom Henrique.
Foi em Guimarães que viria a falecer, em 873. O seu filho, Lucídio Vimaranes (patronímico que significa "filho de Vímara"), sucedeu-lhe à frente dos destinos do condado, instituindo-se assim uma dinastia condal que governaria a região até 1071.
Matrimónio e descendência
Casou possivelmente com Trudildi e foi pai de:[1]
- Lucídio Vimaranes[2](Guimarães [que na época se denominava "Guimaranis"], ca. 850 - Guimarães 922), conde desde 873, casou com Gudilona Mendes, filha de Hermenegildo Guterres, conde de Portugal, e de Ermesinda Gatones;
- Auvidia Vimaranes, casada com Alvito Guterres.[1][a]
Casa de Vímara Peres
Descendência
- Vímara Peres (conde de 868-873)
- Lucídio Vimaranes (filho de Vímara, conde desde 873)
- Alvito Lucides, casado com Munia Diaz, filha de Diogo Fernandes e Onecca.
- Alvito Nunes (linha colateral, vinda de Vímara Peres), casou com Gontina (conde de 1008-1015)
- Nuno Alvites (m. 1028), filho do anterior.
- Mendo Nunes (conde de 1028-1050)
- Nuno Mendes (conde de 1050-1071) – último descendente conhecido de Vímara Peres; derrotado pelo rei Garcia II da Galiza e de Portugal na Batalha de Pedroso.
Genealogia
Provável árvore genealógica da Casa de Vímara Peres (em inglês).
Ver também
Notas
- [a] ^ "Audivia era a filha de Vímara e Trudildi (…), pelas datas poderia ser a filha do conde Vímara Peres (…) nenhum documento desse período identifica a esposa do conde e talvez ela se chamava Trudildi, nome frequente nas famílias condais portuguesas e galegas do meados do século X." Cfr. Torres Sevilla-Quiñones de León (1988), p. 304, nota. 21.
Referências
- ↑ a b c Torres Sevilla-Quiñones de León 1998, p. 304, n. 21.
- ↑ a b Mattoso 1970, p. 11.
Bibliografia
- Martínez Díez, Gonzalo (2004). El Condado de Castilla (711-1038). La historia frente a la leyenda (em espanhol). Valladolid: Junta de Castilla y León. ISBN 84-9718-275-8
- Mattoso, José (1970a). «A nobreza portucalense dos séculos IX a XI» (PDF). Lisboa: Instituto de alta cultura. Centro de estudos históricos. Do tempo e da história (III): 35-50
- Mattoso, José (1970). As famílias condais portucalenses dos séculos X e XI. Porto: Instituto de Alta Cultura: Centro de Estudos Humanísticos, Faculdade de Letras da Universidade do Porto. OCLC 427415056
- Sáez, Emilio (1947). «Los ascendientes de San Rosendo: notas para el estudio de la monarquía astur-leonesa durante los siglos IX y X». Madrid: CSIC, Instituto Jerónimo Zurita. Hispania: revista española de Historia (em espanhol) (XXX): 139–156. OCLC 682814356
- Torres Sevilla-Quiñones de León, Margarita Cecilia (1998). «Relaciones Fronterizas entre Portugal y León en tiempos de Alfonso VII: El ejemplo de la Casa de Traba» (PDF). Porto. Revista da Faculdade de Letras: História. Universidade do Porto (em espanhol) (15, 2): 301–312. ISSN 0871-164X
Precedido por — |
Conde de Portucale 868 — 873 |
Sucedido por Lucídio Vimaranes |