Mansão Matarazzo: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foram revertidas as edições de 168.194.107.143 para a última revisão de JCMA, de 21h42min de 3 de agosto de 2020 (UTC)
Etiqueta: Reversão
Linha 1: Linha 1:
A '''Mansão Matarazzo''' foi um [[casarão]] da [[Avenida Paulista]], em [[São Paulo]], [[Brasil]]. A primeira residência no local foi erguida a partir de 1896 pelo [[conde]] [[Francesco Matarazzo]], imigrante italiano e patriarca [[família Matarazzo|dessa família]]. No início dos anos 1940, foi construído um novo imóvel, a pedido de [[Francisco Matarazzo Júnior]]. A mansão ocupava o número 1230 da [[Avenida Paulista]], na esquina com a Rua Pamplona.<ref name="History"/><ref name="acer_Erau">{{citar web|título= Era uma vez em SP... mansão dos Matarazzo - noticias - Estadao.com.br - Acervo |autor = |obra= Estadão - Acervo |data= |acessodata= 2016-10-28 | url = http://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,era-uma-vez-em-sp-mansao-dos-matarazzo,11299,0.htm |língua= |citação= }}</ref><ref>{{Citar web |url=https://spcity.com.br/serie-avenida-paulista-da-mansao-matarazzo-ao-cidade-sao-paulo-parte-1/ |titulo=Série Avenida Paulista: da mansão Matarazzo ao Cidade São Paulo |data=2016-09-25 |acessodata=2020-08-03 |website=Projeto São Paulo City |lingua=pt-BR}}</ref>
A '''Mansão Matarazzo''' foi um [[casarão]] da [[Avenida Paulista]], em [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], [[Brasil]], construído em 1896, pelo [[conde]] [[Francesco Matarazzo]], imigrante italiano e patriarca [[família Matarazzo|dessa família]]. A mansão ocupava o número 1230 da [[Avenida Paulista]], na esquina com a Rua Pamplona.<ref name="acer_Erau">{{citar web|título= Era uma vez em SP... mansão dos Matarazzo - noticias - Estadao.com.br - Acervo |autor = |obra= Estadão - Acervo |data= |acessodata= 2016-10-28 | url = http://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,era-uma-vez-em-sp-mansao-dos-matarazzo,11299,0.htm |língua= |citação= }}</ref><ref>{{Citar web |url=https://spcity.com.br/serie-avenida-paulista-da-mansao-matarazzo-ao-cidade-sao-paulo-parte-1/ |titulo=Série Avenida Paulista: da mansão Matarazzo ao Cidade São Paulo |data=2016-09-25 |acessodata=2020-08-03 |website=Projeto São Paulo City |lingua=pt-BR}}</ref>


== Características ==
== Características ==
Linha 7: Linha 7:
Entre os anos 1920-30, a casa foi adaptada com uma série de mudanças, a partir das aquisições de terrenos ao redor e a construção do nível superior. Nesta primeira fase, a mansão servia como residência do Conde Francesco Matarazzo.<ref>{{Citar web |url=https://spcity.com.br/serie-avenida-paulista-da-mansao-matarazzo-ao-cidade-sao-paulo-parte-1/ |titulo=Série Avenida Paulista: da mansão Matarazzo ao Cidade São Paulo |data=2016-09-25 |acessodata=2020-08-03 |website=Projeto São Paulo City |lingua=pt-BR}}</ref>
Entre os anos 1920-30, a casa foi adaptada com uma série de mudanças, a partir das aquisições de terrenos ao redor e a construção do nível superior. Nesta primeira fase, a mansão servia como residência do Conde Francesco Matarazzo.<ref>{{Citar web |url=https://spcity.com.br/serie-avenida-paulista-da-mansao-matarazzo-ao-cidade-sao-paulo-parte-1/ |titulo=Série Avenida Paulista: da mansão Matarazzo ao Cidade São Paulo |data=2016-09-25 |acessodata=2020-08-03 |website=Projeto São Paulo City |lingua=pt-BR}}</ref>


No início dos anos 1940 houve uma reformulação total na mansão. Francisco Matarazzo Júnior, que sucedeu o pai no comando do Grupo Matarazzo, encomendou ao arquiteto Marcello Piacentini um novo projeto para a residência, que foi totalmente reconstruída. Na mansão ocorreu uma mais lendárias festas da elite brasileira, o casamento de Filomena Matarazzo com o industrial carioca João Lage. A celebração ficou conhecida como a “milésima segunda noite da Avenida Paulista” e durou três dias.<ref name="History">{{Citar web |ultimo=Borges |primeiro=Gustavo |url=https://br.historyplay.tv/hoje-na-historia/mansao-matarazzo-termina-de-ser-demolida |titulo=Mansão Matarazzo termina de ser demolida |data=2016-05-03 |acessodata=2020-08-03 |website=HISTORY |lingua=pt-br}}</ref>
No início dos anos 1940 houve uma reformulação total na mansão. Francisco Matarazzo Júnior, que sucedeu o pai no comando do Grupo Matarazzo, encomendou ao arquiteto Marcello Piacentini um novo projeto para a residência, que foi totalmente reconstruída. Na mansão ocorreu uma mais lendárias festas da elite brasileira, o casamento de Filomena Matarazzo com o industrial carioca João Lage. A celebração ficou conhecida como a “milésima segunda noite da Avenida Paulista” e durou três dias.<ref>{{Citar web |ultimo=Borges |primeiro=Gustavo |url=https://br.historyplay.tv/hoje-na-historia/mansao-matarazzo-termina-de-ser-demolida |titulo=Mansão Matarazzo termina de ser demolida |data=2016-05-03 |acessodata=2020-08-03 |website=HISTORY |lingua=pt-br}}</ref>


== Decadência ==
== Decadência ==

Revisão das 23h08min de 3 de agosto de 2020

A Mansão Matarazzo foi um casarão da Avenida Paulista, em São Paulo, Brasil, construído em 1896, pelo conde Francesco Matarazzo, imigrante italiano e patriarca dessa família. A mansão ocupava o número 1230 da Avenida Paulista, na esquina com a Rua Pamplona.[1][2]

Características

O palacete foi construído em estilo neoclássico, com área de 4.400 metros quadrados, implantado num terreno de doze mil metros quadrados de jardins. Contava com dezenove quartos, dezessete salas, três adegas, refeitórios, uma cozinha com azulejos até o teto e uma biblioteca repleta de livros raros. A decoração interior era composta por móveis venezianos, portas florentinas, mesas chinesas, pratarias e porcelanas de diversas proveniências, quadros de elevado valor de Rubens, Brueghel e Canaletto. A encimar a fachada, estava o brasão dos Matarazzo, esculpido em mármore travertino. A casa foi cenário de festas grandiosas, frequentadas pela alta sociedade paulistana.

Ampliação e reformulação

Entre os anos 1920-30, a casa foi adaptada com uma série de mudanças, a partir das aquisições de terrenos ao redor e a construção do nível superior. Nesta primeira fase, a mansão servia como residência do Conde Francesco Matarazzo.[3]

No início dos anos 1940 houve uma reformulação total na mansão. Francisco Matarazzo Júnior, que sucedeu o pai no comando do Grupo Matarazzo, encomendou ao arquiteto Marcello Piacentini um novo projeto para a residência, que foi totalmente reconstruída. Na mansão ocorreu uma mais lendárias festas da elite brasileira, o casamento de Filomena Matarazzo com o industrial carioca João Lage. A celebração ficou conhecida como a “milésima segunda noite da Avenida Paulista” e durou três dias.[4]

Decadência

Após a morte do conde Chiquinho Matarazzo, em 1977, a mansão entrou em decadência. A condessa Mariângela, viúva do conde, e sua filha, Maria Pia Matarazzo, moraram no local até 1989. Depois disso, a casa ficou abandonada. Em seguida, a família e a prefeitura de São Paulo entraram em conflito a respeito do projeto de tombamento da mansão.

Tombamento e anulação

A Mansão Matarazzo foi tombada em 1989, a contragosto da família, numa polêmica disputa judicial entre os Matarazzo e a Prefeitura de São Paulo, à época dirigida pela prefeita Luiza Erundina, que pretendia instalar no imóvel o Museu do Trabalhador. A família, que exigia uma indenização milionária, ainda tentou implodir o imóvel durante uma madrugada, por meio de uma bomba colocada no porão do edifício. Embora a implosão não tenha derrubado a casa, comprometeu sua estrutura. O projeto do museu não foi adiante e, em 1994, a família conseguiu reverter o tombamento e reaver a mansão.[5]

Demolição

O processo de demolição começou em 1996, ano do centenário da mansão. O terreno foi vendido à Cyrela Commercial Properties e a uma empresa do grupo Camargo Corrêa, por 125 milhões de reais, que no local construiu o Shopping Cidade São Paulo. Até 2011, existia no local um estacionamento. Em março desse ano foi dado alvará para o início das obras de construção do shopping, não havendo mais nada tombado no terreno.[6]

Referências

  1. «Era uma vez em SP... mansão dos Matarazzo - noticias - Estadao.com.br - Acervo». Estadão - Acervo. Consultado em 28 de outubro de 2016 
  2. «Série Avenida Paulista: da mansão Matarazzo ao Cidade São Paulo». Projeto São Paulo City. 25 de setembro de 2016. Consultado em 3 de agosto de 2020 
  3. «Série Avenida Paulista: da mansão Matarazzo ao Cidade São Paulo». Projeto São Paulo City. 25 de setembro de 2016. Consultado em 3 de agosto de 2020 
  4. Borges, Gustavo (3 de maio de 2016). «Mansão Matarazzo termina de ser demolida». HISTORY. Consultado em 3 de agosto de 2020 
  5. «Família Matarazzo vende terreno na av. Paulista por R$ 125 mi» (html). Folha.com. 11 de Janeiro de 2007 
  6. «Prefeitura de SP autoriza início das obras de shopping na Av. Paulista» (html). G1. 8 de abril de 2011