Peptidoglicano: diferenças entre revisões

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O '''peptidoglicano''', por vezes denominado '''mureína''',<ref name="Brock2016">{{Citar livro |título=Microbiologia de Brock - 14ª Edição |ultimo=Madigan |primeiro=Michael T. |ultimo2=Martinko |primeiro2=John M. |ultimo3=Bender |primeiro3=Kelly S. |ultimo4=Buckley |primeiro4=Daniel H. |ultimo5=Stahl |primeiro5=David A. |editora=Artmed Editora |ano=2016 |lingua=pt |isbn=9788582712986}}</ref> é um [[heteropolissacarídeo]] ligado a [[péptido]]s presente na [[parede celular]] de [[procariontes]]<ref name="Araujo">[http://www.dbio.uevora.pt/jaraujo/biocel/celulas.procarioticas.htm Araújo, J. (Univ de Évora, ano lectivo 2002-2003) - Células procarióticas] acessado a de maio de 2009</ref>.
O '''peptidoglicano''', por vezes denominado '''mureína''',<ref name="Brock2016">{{Citar livro |título=Microbiologia de Brock - 14ª Edição |ultimo=Madigan |primeiro=Michael T. |ultimo2=Martinko |primeiro2=John M. |ultimo3=Bender |primeiro3=Kelly S. |ultimo4=Buckley |primeiro4=Daniel H. |ultimo5=Stahl |primeiro5=David A. |editora=Artmed Editora |ano=2016 |lingua=pt |isbn=9788582712986}}</ref> é um [[heteropolissacarídeo]] ligado a [[péptido]]s presente na [[parede celular]] de [[procariontes]]<ref name="Araujo">[http://www.dbio.uevora.pt/jaraujo/biocel/celulas.procarioticas.htm Araújo, J. (Univ de Évora, ano lectivo 2002-2003) - Células procarióticas] acessado a de maio de 2009</ref>. Essa matéria foi ensinada pelo professor Ricardo de Biologia.


É formado por dois tipos de [[monossacarídeo|açúcares]] (o [[ácido N-acetilmurâmico|ácido ''N''-acetilmurâmico]] e a ''[[N-Acetilglicosamina|N]]''[[N-Acetilglicosamina|-acetilglucosamina]]) e alguns [[aminoácido]]s. O peptidoglicano é a estrutura que confere rigidez à [[parede celular]] de bactérias, determina a forma da bactéria e protege da [[lise osmótica]], quando em meio hipotónico.
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Revisão das 11h42min de 12 de agosto de 2020

Predefinição:Portal-bioquímica O peptidoglicano, por vezes denominado mureína,[1] é um heteropolissacarídeo ligado a péptidos presente na parede celular de procariontes[2]. Essa matéria foi ensinada pelo professor Ricardo de Biologia.

É formado por dois tipos de açúcares (o ácido N-acetilmurâmico e a N-acetilglucosamina) e alguns aminoácidos. O peptidoglicano é a estrutura que confere rigidez à parede celular de bactérias, determina a forma da bactéria e protege da lise osmótica, quando em meio hipotónico.

Localização celular

O posicionamento da camada de peptidoglicano varia com o tipo de procarionte:

  • em bactérias Gram-negativas, o peptidoglicano situa-se entre a membrana interior e a membrana exterior da bactéria;
  • em bactérias Gram-positivas, não existe membrana exterior, cumprindo o peptidoglicano esta função e tendo em geral uma espessura superior à encontrada em bactérias Gram-negativas[2];
  • as cianobactérias têm uma organização similar às demais bactérias Gram-negativas, mas a camada de peptidoglicano é mais resistente;
  • as arqueas têm uma organização similar às bactérias Gram-positivas, mas o polímero é denominado pseudopeptidoglicano, por possuir uma constituição química ligeiramente diferente.

Estrutura

O peptidoglicano é um heteropolímero formado por cadeias lineares de resíduos de açúcares chamados glicanos e por curtos peptídeos que constituem ligações cruzadas entre as cadeias polissacarídicas. Estas cadeias são constituídas por resíduos alternados de N-acetilglucosamina e ácido N-acetilmurâmico associados por ligações glicosídicas β (1 → 4). Os peptídeos curtos (formados por quatro a cinco resíduos de aminoácidos) formam ligações cruzadas entre as cadeias polissacarídicas paralelas e encontram-se anexados aos resíduos de ácido N-acetilmurâmico.

Os peptídeos possuem aminoácidos de configuração L e D alternados (a presença de aminoácidos de configuração D é uma característica típica do peptidoglicano). Nas bactérias Gram-negativas como a Escherichia coli, o peptídeos consiste em L-alanina (o primeiro aminoácido ligado ao ácido N-acetilmurâmico), D-glutamato, ácido diaminopimélico e D-alanina e dois tetrapeptídeos vizinhos ligam-se através de uma ponte entre um resíduo do ácido diaminopimélico a um resíduo de D-alamina do péptido adjacente. Já para bactérias Gram positivas como Staphylococcus aureus, o peptídeo consiste em L-alanina, D-glutamato, L-lisina e D-alanina e uma ponte de pentaglicina adicional liga os tetrapeptídeos

Agentes que destroem ou inibem o peptidoglicano

As ligações glicosídicas entre o ácido N- acetilmurâmico e a N-acetilglucosamina na cadeia de glicano podem ser rompidas pela ação da lisozima, levando a bactéria à morte. A lisozima é encontrada em diversas secreções tais como lágrima, saliva ou colostro.

Diversos antibióticos previnem a disseminação bacteriana ao inibir etapas da síntese do peptidoglicano. A mureína é a única molécula orgânica conhecida que contém D-aminoácidos e, por isso, é o alvo de numerosos antibióticos antibacterianos, como a penicilina, que inibe as enzimas transpeptidase e carboxipeptidase, responsáveis pela síntese dos peptidoglicanos.

Referências

  1. Madigan, Michael T.; Martinko, John M.; Bender, Kelly S.; Buckley, Daniel H.; Stahl, David A. (2016). Microbiologia de Brock - 14ª Edição. [S.l.]: Artmed Editora. ISBN 9788582712986 
  2. a b Araújo, J. (Univ de Évora, ano lectivo 2002-2003) - Células procarióticas acessado a de maio de 2009

2. http://knoow.net/ciencterravida/biologia/peptidoglicano/ acessado em 17 de maio de 2018