Agostinho Lourenço: diferenças entre revisões
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Em 1933, nos primeiros anos do regime ditatorial do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]], Agostinho Lourenço organizou a [[Polícia de Vigilância e Defesa do Estado]] (PVDE), definindo os seus métodos de atuação, assentes nas prisões arbitrárias e na tortura.<ref name="IFP">PIMENTEL, Irene Flunser. [http://irenepimentel.blogspot.com/2015/02/a-policia-politica-e-tortura-em_3.html A polícia política e a tortura].</ref> |
Em 1933, nos primeiros anos do regime ditatorial do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]], Agostinho Lourenço organizou a [[Polícia de Vigilância e Defesa do Estado]] (PVDE), definindo os seus métodos de atuação, assentes nas prisões arbitrárias e na tortura.<ref name="IFP">PIMENTEL, Irene Flunser. [http://irenepimentel.blogspot.com/2015/02/a-policia-politica-e-tortura-em_3.html A polícia política e a tortura].</ref> |
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Douglas Wheeler afirma que Lourenço terá fundado a PVDE inspirando-se em modelos britânicos.{{sfn|Wheeler,|1983|pp=1-25}}<ref group="nota">No original: "an analysis of Lourenco's career suggest strongly that British Intelligence Services' influence had an impact on the structure and activity of PVDE". Lourenço had earned a reputation with British observers, recorded in a confidential print generated at the British embassy, which suggested a "pro-British" bias on his part".</ref> |
Douglas Wheeler afirma que Lourenço terá fundado a PVDE inspirando-se em modelos britânicos.{{sfn|Wheeler,|1983|pp=1-25}}<ref group="nota">No original: "an analysis of Lourenco's career suggest strongly that British Intelligence Services' influence had an impact on the structure and activity of PVDE". Lourenço had earned a reputation with British observers, recorded in a confidential print generated at the British embassy, which suggested a "pro-British" bias on his part".</ref> |
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Agostinho Lourenço parece, segundo algumas fontes, ter mantido uma boa relação com os serviços secretos britânicos o que lhe permitiu que em 1956 viesse a ser escolhido para Presidente da [[Interpol]], cargo que ocupou até 1961.<ref>{{cite news |title=Former Head of Interpol Dies |url=https://www.nytimes.com/1964/08/03/archives/former-head-of-interpol-dies.html |accessdate=4 de Janeiro de 2020|publisher=NY Times |date=3 de Agosto de 1964}}</ref><ref>{{cite web |title=Former Presidents |url=https://www.interpol.int/en/Who-we-are/Governance/President/Former-Presidents |website=Interpol |accessdate=4 de Janeiro de 2020}}</ref> |
Agostinho Lourenço parece, segundo algumas fontes, ter mantido uma boa relação com os serviços secretos britânicos o que lhe permitiu que em 1956 viesse a ser escolhido para Presidente da [[Interpol]], cargo que ocupou até 1961.<ref>{{cite news |title=Former Head of Interpol Dies |url=https://www.nytimes.com/1964/08/03/archives/former-head-of-interpol-dies.html |accessdate=4 de Janeiro de 2020|publisher=NY Times |date=3 de Agosto de 1964}}</ref><ref>{{cite web |title=Former Presidents |url=https://www.interpol.int/en/Who-we-are/Governance/President/Former-Presidents |website=Interpol |accessdate=4 de Janeiro de 2020}}</ref> |
Revisão das 19h34min de 25 de agosto de 2020
Agostinho Lourenço da Conceição Pereira (5 de setembro de 1886 – 2 de agosto de 1964), foi um oficial de infantaria Português mais conhecido por ter sido o responsável pela organização da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE), polícia política portuguesa. Foi também presidente da Interpol.[1][2][3]
No seu longo mandato como diretor da PVDE, Agostinho Lourenço foi o responsável pela definição das linhas gerais de atuação da polícia política portuguesa, os seus métodos de tortura e a montagem de um sistema prisional político, no continente (Aljube, Caxias e Peniche), nos Açores (Angra do Heroísmo) e nas colónias (Tarrafal).[1][2][3][4]
Biografia
Agostinho Lourenço combateu no exército português na Primeira Guerra Mundial.[5]. Apoiou o Sidonismo, durante o qual assumiu as funções de Governador Civil de Leiria.[6]
Após o golpe de Estado do 28 de Maio foi nomeado comissário de divisão da Polícia de Segurança Pública e, posteriormente, diretor da PIP, da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado e da Polícia Internacional e de Defesa do Estado.[6]
Em 1933, nos primeiros anos do regime ditatorial do Estado Novo, Agostinho Lourenço organizou a Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE), definindo os seus métodos de atuação, assentes nas prisões arbitrárias e na tortura.[7]
Douglas Wheeler afirma que Lourenço terá fundado a PVDE inspirando-se em modelos britânicos.[8][nota 1]
Agostinho Lourenço parece, segundo algumas fontes, ter mantido uma boa relação com os serviços secretos britânicos o que lhe permitiu que em 1956 viesse a ser escolhido para Presidente da Interpol, cargo que ocupou até 1961.[9][10]
Condecorações
- Cavaleiro da Ordem Militar de Avis de Portugal (15 de fevereiro de 1919)
- Oficial da Ordem Militar de Avis de Portugal (5 de outubro de 1924)
- Oficial da Ordem Militar de Cristo de Portugal (5 de outubro de 1931)
- Comendador da Ordem Militar de Cristo de Portugal (21 de abril de 1932)
- Grande-Oficial da Ordem Militar de Cristo de Portugal (14 de agosto de 1956)[11]
- Em 1931 foi condecorado com a Royal Victorian Order, por serviços prestados a Eduardo VIII, na segurança do ainda então Príncipe de Gales, aquando da sua visita a Lisboa.[12]
Notas
- ↑ No original: "an analysis of Lourenco's career suggest strongly that British Intelligence Services' influence had an impact on the structure and activity of PVDE". Lourenço had earned a reputation with British observers, recorded in a confidential print generated at the British embassy, which suggested a "pro-British" bias on his part".
Referências
- ↑ a b O anjo negro de Salazar. Visão de 17 de julho de 2016.
- ↑ a b A PIDE antes da PIDE na RTP.
- ↑ a b Portugal. Ministério do Interior. Polícia de Vigilância e Defesa do Estado : Relatório (1932 a 1938).
- ↑ MOREIRA, Vânia Daniela Martins. As prisões políticas do Estado Novo no século XXI: uma perspectiva patrimonial. Dissertação de mestrado apresentada à Universidade do Minho.
- ↑ Lochery 2011.
- ↑ a b SERRA, Pedro Miguel Coelho. António Fernandes Roquete (1906‐1995) : Um“ídolo”do desporto nas polícias políticas do Estado Novo. Tese de doutoramento apresentada à Universidade Nova de Lisboa, p. 139.
- ↑ PIMENTEL, Irene Flunser. A polícia política e a tortura.
- ↑ Wheeler, 1983, pp. 1-25.
- ↑ «Former Head of Interpol Dies». NY Times. 3 de Agosto de 1964. Consultado em 4 de Janeiro de 2020
- ↑ «Former Presidents». Interpol. Consultado em 4 de Janeiro de 2020
- ↑ «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Agostinho Lourenço da Conceição Pereira". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 24 de agosto de 2020
- ↑ Morton, Andrew Morton (2015). 17 Carnations: The Royals, the Nazis, and the Biggest Cover-Up in History. [S.l.]: Grand Central Publishing. 370 páginas. ISBN 1455527114
Bibliografia
- Bloch, Michael (1985). Operation Willi: The Plot to Kidnap the Duke of Windsor, July 1940. [S.l.]: Grove Pr; 1st American ed edition
- Lochery, Neill (2011). Lisbon: War in the Shadows of the City of Light, 1939–1945. [S.l.]: PublicAffairs; 1 edition. p. 345. ISBN 978-1586488796
- Wheeler, Douglas L. (1983). «In the Service of Order: The Portuguese Political Police and the British, German and Spanish Intelligence, 1932-1945». Sage Publications, Ltd. Journal of Contemporary History. 18 (1): 1–25. JSTOR 260478. doi:10.1177/002200948301800101