Myracrodruon urundeuva: diferenças entre revisões

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== CHAVE DENDROLÓGICA ==
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=== RITODOMA ===
Possui cor marrom acastanhado, é deiscente (há desprendimento de placas) e seu padrão é lenticelado.<ref>{{citar web |url=http://www.botanicaamazonica.wiki.br/labotam/lib/exe/fetch.php?media=reservaducke:pfrd:guia:026_glossario_3_ramificaa_o_tronco_3.pdf |titulo=}}</ref>

=== RAMOS E FILOTAXIA ===
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=== FOLHA E PARTES DA FOLHA ===
Tendo suas folhas compostas e impirapinadas, a Aroeira (urundeúva) possui as seguintes partes das folhas: Pecíolo, raque, peciólulo e folíolo.<ref>{{citar web |url=http://www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/pdf-recursos-didaticos/morfvegetalorgaFOLHA.pdf |titulo=Folha e suas característica}}</ref>

=== ARQUITETURA DA FOLHA ===
O seu limbo possui formato ovado, tendo o ápice agudo, base arredondada, margem (bordo) cerrado e a secção transversal do pecíolo é canaliculado. <ref>{{citar web |url=http://www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/pdf-recursos-didaticos/morfvegetalorgaFOLHA.pdf |titulo=Folha e suas características}}</ref>

=== NERVAÇÃO ===
O seu perfil de nervura primária central é impresso côncavo e o seu padrão de nervação é pinado, sendo tipo semi-craspedódroma e suas nervações secundárias quanto as categorias de espaçamento são irregulares, suas nervuras terciárias são reticuladas.<ref>{{Citar web |url=https://www.researchgate.net/publication/270216727_Manual_of_Leaf_Architecture |titulo=(PDF) Manual of Leaf Architecture |acessodata=2021-09-06 |website=ResearchGate |lingua=en}}</ref>

=== INFORMAÇÕES ADICIONAIS (CHEIRO, LÁTEX E ETC.) ===
Cheiro de manga ao amassar a folha, látex ao destacar a folha.

== CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS ==
Árvore com altura entre 8-20m, podendo chegar a 30m, decídua na estação seca. Caule, geralmente ereto, diâmetro superior a 30cm e casca castanho-escura. Folhas compostas, imparipinadas, com onze a quinze folíolos. Inflorescências em panículas com 10 a 18cm de comprimento, brácteas e bractéolas deltoides, escariosas, ciliadas, caducas. As flores são díclinas, pentâmeras actinomorfas de coloração creme e aromáticas. Frutos do tipo drupa globosa ou ovoide, com cálice persistente, considerado um fruto-semente. Semente 1, globosa, com 0,2-0,4cm de diâmetro, desprovida de endosperma, com epicarpo castanho-escuro, mesocarpo castanho, carnoso, resinífero e tegumento membranáceo.<ref>{{citar web |url=https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/190120/1/Livro-Nordeste-766-77212-2018.pdf |titulo=PLANTAS PARA O FUTURO - REGIÃO NORDESTE}}</ref>

== MADEIRA ==
Fornece madeira de alta resistência e durabilidade, apropriada para uso em construção de casas, pontes, linhas de transmissão de energia, cercas, currais e para confecção de móveis, peças decorativas etc. A casca interna e as folhas possuem substância com propriedades cicatrizantes, anti-inflamatórias, anti-diarreicas e anti-ulcerativas. Os frutos entram na dieta de psitacídeos e as flores oferecem néctar e pólen aos seus visitantes. A espécie é indicada para arborização urbana e rural, recomposição de áreas desmatadas e para plantios com vistas á produção de madeira versátil, durável e de alto valor comercial.<ref>{{Citar web |ultimo=Pereira |primeiro=Benedito Alísio da Silva |url=http://www.arvoresdobiomacerrado.com.br/site/2017/03/30/myracrodruon-urundeuva-allemao/ |titulo=Astronium urundeuva (M.Allemão) Engl. |data=2017-03-30 |acessodata=2021-09-06 |website=Árvores do Bioma Cerrado |lingua=pt-BR}}</ref>

== PROPAGAÇÃO ==
É propagada por sementes, utilizando-se os frutos inteiros após a remoção do cálice. A semeadura deve ser feita em substrato argilosoarenoso, logo após a colheita dos frutos, pelo fato de, normalmente, as sementes só se manterem viáveis por até 60 dias. Quando novas, as sementes apresentam taxas de germinação ao redor de 70%, com as plântulas demorando de 10 a 30 dias para emergir. Guedes et al. (2009) observaram que essas taxas e a velocidade de germinação são maiores quando imersas em ácido sulfúrico por 12 minutos. O crescimento das plântulas em viveiro e dos indivíduos juvenis no campo tem sido avaliado como moderado.{{Referências}}
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[[Categoria:Árvores]]
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Revisão das 01h04min de 6 de setembro de 2021

Como ler uma infocaixa de taxonomiaUrundeúva

Estado de conservação
Espécie deficiente de dados
Dados deficientes
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Anthophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Sapindales
Família: Anacardiaceae
Género: Myracrodruon
Espécie: M. urundeuva[1][2][3]
Nome binomial
Myracrodruon urundeuva
(Allemão) Engl.
Sinónimos
Astronium juglandifolium Griseb.
Astronium urundeuva (Fr.All.) Engl.

A urundeúva (Myracrodruon urundeuva, classificada anteriormente como Astronium juglandifolium e Astronium urundeuva) é também conhecida como aroeira, aroeira-preta, aroeira-do-sertão, uriunduba[4], aroeira-do-campo e aroeira-da-serra. A partir do ano de 2019 a espécie saiu da lista vermelha de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais a qual é citada como Astronium urundeuva. No estado de São Paulo, no Brasil, ocorre em ecótonos com vegetação de cerrado na floresta estacional semidecidual do noroeste e na decidual de transição, estando na lista oficial das espécies ameaçadas naquele estado, na categoria VU (vulnerável).[5] Suas flores são insignificantes, se reunindo em grandes inflorescências. Seu fruto é uma pequena noz, encimada por um cálice que se parece com um paraquedas[4].

É nativa da caatinga e do cerrado, desde o estado do Ceará até o estado do Paraná, no Brasil. Encontrada também na Argentina, Paraguai e Bolívia. Embora os dados sejam insuficientes, a urundeúva é superexplorada devido a sua madeira resistente e agrupamentos dessa árvore, que antigamente era dominante na caatinga, estão desaparecendo. A madeira da urundeúva contém tanino, é pardo-avermelhada, dura e imputrescível, própria para ser usada em obras externas[4], como dormentes de linhas férreas, postes e na construção civil.

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CHAVE DENDROLÓGICA

RITODOMA

Possui cor marrom acastanhado, é deiscente (há desprendimento de placas) e seu padrão é lenticelado.[6]

RAMOS E FILOTAXIA

Possui a cor verde, sendo indeiscente (nesse caso seus ramos não apresentam desprendimento de placas), com formato canaliculado lenticelas evidentes e filotaxia alterna espiralada. [7]

FOLHA E PARTES DA FOLHA

Tendo suas folhas compostas e impirapinadas, a Aroeira (urundeúva) possui as seguintes partes das folhas: Pecíolo, raque, peciólulo e folíolo.[8]

ARQUITETURA DA FOLHA

O seu limbo possui formato ovado, tendo o ápice agudo, base arredondada, margem (bordo) cerrado e a secção transversal do pecíolo é canaliculado. [9]

NERVAÇÃO

O seu perfil de nervura primária central é impresso côncavo e o seu padrão de nervação é pinado, sendo tipo semi-craspedódroma e suas nervações secundárias quanto as categorias de espaçamento são irregulares, suas nervuras terciárias são reticuladas.[10]

INFORMAÇÕES ADICIONAIS (CHEIRO, LÁTEX E ETC.)

Cheiro de manga ao amassar a folha, látex ao destacar a folha.

CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS

Árvore com altura entre 8-20m, podendo chegar a 30m, decídua na estação seca. Caule, geralmente ereto, diâmetro superior a 30cm e casca castanho-escura. Folhas compostas, imparipinadas, com onze a quinze folíolos. Inflorescências em panículas com 10 a 18cm de comprimento, brácteas e bractéolas deltoides, escariosas, ciliadas, caducas. As flores são díclinas, pentâmeras actinomorfas de coloração creme e aromáticas. Frutos do tipo drupa globosa ou ovoide, com cálice persistente, considerado um fruto-semente. Semente 1, globosa, com 0,2-0,4cm de diâmetro, desprovida de endosperma, com epicarpo castanho-escuro, mesocarpo castanho, carnoso, resinífero e tegumento membranáceo.[11]

MADEIRA

Fornece madeira de alta resistência e durabilidade, apropriada para uso em construção de casas, pontes, linhas de transmissão de energia, cercas, currais e para confecção de móveis, peças decorativas etc. A casca interna e as folhas possuem substância com propriedades cicatrizantes, anti-inflamatórias, anti-diarreicas e anti-ulcerativas. Os frutos entram na dieta de psitacídeos e as flores oferecem néctar e pólen aos seus visitantes. A espécie é indicada para arborização urbana e rural, recomposição de áreas desmatadas e para plantios com vistas á produção de madeira versátil, durável e de alto valor comercial.[12]

PROPAGAÇÃO

É propagada por sementes, utilizando-se os frutos inteiros após a remoção do cálice. A semeadura deve ser feita em substrato argilosoarenoso, logo após a colheita dos frutos, pelo fato de, normalmente, as sementes só se manterem viáveis por até 60 dias. Quando novas, as sementes apresentam taxas de germinação ao redor de 70%, com as plântulas demorando de 10 a 30 dias para emergir. Guedes et al. (2009) observaram que essas taxas e a velocidade de germinação são maiores quando imersas em ácido sulfúrico por 12 minutos. O crescimento das plântulas em viveiro e dos indivíduos juvenis no campo tem sido avaliado como moderado.

Referências

  1. «Tropicos.org. Missouri Botanical Garden». Consultado em 6 de julho de 2017 
  2. «The Plant List (2013). Version 1.1». Consultado em 6 de julho de 2017 
  3. «Anacardiaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro». Consultado em 6 de julho de 2017 
  4. a b c FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro:Nova Fronteira, 1986. pp.1 743,1 744
  5. «Instituto de Botânica». Instituto de Botânica. Consultado em 3 de novembro de 2016 
  6. (PDF) http://www.botanicaamazonica.wiki.br/labotam/lib/exe/fetch.php?media=reservaducke:pfrd:guia:026_glossario_3_ramificaa_o_tronco_3.pdf  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  7. «Folha e suas características» (PDF) 
  8. «Folha e suas característica» (PDF) 
  9. «Folha e suas características» (PDF) 
  10. «(PDF) Manual of Leaf Architecture». ResearchGate (em inglês). Consultado em 6 de setembro de 2021 
  11. «PLANTAS PARA O FUTURO - REGIÃO NORDESTE» (PDF) 
  12. Pereira, Benedito Alísio da Silva (30 de março de 2017). «Astronium urundeuva (M.Allemão) Engl.». Árvores do Bioma Cerrado. Consultado em 6 de setembro de 2021