Hábito alimentar: diferenças entre revisões
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* Já no [[Região Sul do Brasil|Sul]] e [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]], pode-se encontrar uma grande variedade de preparações compostas por feijão, carnes em geral, milho, leite, peixes, etc. Podemos citar alguns pratos típicos como: a moqueca na panela de barro (Espírito Santo), o queijo minas e o tutu de feijão (Minas Gerais) e o chucrute e churrasco gaúcho (Rio Grande do Sul). <ref name=":2" /><ref name=":3" /> |
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A pandemia por Covid-19 declarada em janeiro de 2020 como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), revelou a dissonância entre as realidades sociais brasileira, mostrando questionamentos sobre a segurança alimentar e nutricional<sup>1</sup>. |
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Em 2003 o Governo Federal firmou um pacto intersetorial com a participação da sociedade civil com o objetivo de combater a fome, elaborando a agenda da SAN (Segurança Alimentar e Nutricional) como política pública, garantindo o Direito Humano à Alimentação Adequada. A segurança alimentar e nutricional (SAN) é definida pela Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006<sup>2</sup>. |
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Na pandemia verificou-se que o vírus SARS-CoV-2 apresentava um alto risco de disseminação e com o intuito de atenuar as consequências da contaminação, a formulação de ações estratégicas e coordenadas governamentalmente foram imprescindíveis<sup>3</sup>. |
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Intervenções não farmacêuticas foram tomadas pela maioria dos países sendo o isolamento e o distanciamento social uma das medidas de contenção da epidemia. Esse modelo fez a população redefinir as formas de viver, inclusive as práticas alimentares, como a imposição de obrigações sanitárias e sociais reestruturando as conexões com a comida e o comer no decorrer deste período<sup>4</sup>. |
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A disponibilidade de alimentos e seu consumo de forma saudável desde a escolha e o preparo até a sua utilização, respeitando a cultura de cada população local e a produção sustentável foi afetada. As medidas preventivas adotadas seguindo as recomendações da OMS, comprometeram as populações mais vulneráveis quanto a oferta e aquisição de alimentos frescos ou minimamente processados, aumentando ainda mais a desigualdade social, exigindo das políticas públicas um endurecimento no que diz respeito à segurança alimentar, com o fechamento de mercados, restrição de feiras livres contenção de deslocamento entre e dentro do município e diminuição de circulação de transportes públicos, prejudicando também a agricultura familiar exacerbando a vulnerabilidade socioeconômica<sup>5,6</sup>. |
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Para diminuir a fome e alcançar uma direção em busca da segurança alimentar e nutricional, ações planejadas foram necessárias como a criação do auxílio emergencial garantindo renda a população mais vulnerável para permanecer nos domicílios e exercer o isolamento e o distanciamento social<sup>5,6</sup>. |
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No mundo globalizado, outras epidemias já se encontravam em curso como a da desnutrição, obesidade e os danos à saúde provocados pelas mudanças climáticas, sendo a fome um dos problemas sociais mais cruéis<sup>7</sup>. Além da obesidade, outras doenças não transmissíveis, como a diabetes e a hipertensão, comuns em países com população de baixa renda, corroboraram para o agravamento da enfermidade por serem fatores de risco, colocando a Covid-19 como uma sindemia, qualificada por interligações biológicas e sociais incumbida por amplificar a vulnerabilidade de uma pessoa no que tange a sua saúde'''<sup>8</sup>'''. |
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Muitos países, devido ao número elevado de infectados e mortos, limitaram o acesso da população a supermercados e lojas, inclusive de conveniência. Pesquisas recentes mostram que a restrição pode ter um grande impacto nos hábitos das pessoas, causando ansiedade e estresse o que leva ao aumento da ingestão de álcool e alimentos açucarados. Em contrapartida o isolamento também provocou mudanças positivas como o ato de cozinhar em casa<sup>9</sup>. |
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Outra alternativa para aquisição de alimentos foi o mercado de delivery. Na pandemia houve um aumento de adeptos à plataforma digital para entrega de alimentos, colocando o Brasil entre os maiores consumidores na América Latina em 2020<sup>10</sup>. |
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Neste período também foi constatado por vários pesquisadores, o aumento de lanches com alto teor energético no período noturno, como sorvetes, sobremesas, chocolate, bem como o aumento na quantidade de refeições com preparos rápidos e consumo de produtos de origem animal e frituras, e diminuição do consumo de vegetais e frutas, propiciando ao aparecimento de síndrome metabólica. O Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) ligado à Faculdade de Saúde Pública constatou um aumento de pedidos por delivery de frutas, hortaliças e feijão, mas nas regiões norte e nordeste o consumo de ultraprocessados e produtos industrializados foi maior em pessoas com baixa escolaridade, evidenciando a insegurança alimentar e o aumento da obesidade <sup>9,10</sup>. |
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Outra situação encontrada foi a diminuição da oferta de determinados alimentos que compõe a cesta básica, como o arroz, com consequência para o aumento nos preços influenciando no consumo<sup>9</sup>. |
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Durante o isolamento por COVID-19 foi possível verificar, por intermédio das pesquisas autodeclaradas via telefone, mudanças favoráveis nas práticas alimentares, mas as desfavoráveis foram observadas na grande maioria. Se essas mudanças negativas continuarem após a pandemia, poderá contribuir para problemas de saúde, pois acarretará num ganho de peso elevado, levando a obesidade, deixando os indivíduos mais suscetíveis a doenças crônicas<sup>9</sup>. |
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REFERÊNCIAS |
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[1] Souza T et al. Lifestyle and eating habits before and during COVID-19 quarantine in Brazil. Public Health Nutrition. 2021,pp.1-11. [Acessado 14 Outubro 2021]. Doi: 10.1017/S136898002100255X. |
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[2] Brasil. LEI 11346 de 15 de setembro de 2006. Dispõe sobre a segurança alimentar e nutricional. Conselho Federal de Nutricionistas. Disponível em: <nowiki>https://www.cfn.org.br/index.php/seguranca-alimentar-e-nutricional/</nowiki> .[Acessado 08 Outubro 2021]. |
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[3] de Araújo FR, e Silva Calazans DLM. Gestão das ações de segurança alimentar frente à pandemia pela COVID-19.Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro 54(4):1123-1133, jul. - ago. 2020. [Acessado 08 Outubro2021] <nowiki>https://doi.org/10.1590/0034-761220200329</nowiki> |
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[4] Verthein UP, Gaspar MCDMP. Normativizando o comer: analise crítica de guias alimentares brasileiros e espanhóis no contexto da pandemia de COVID-19. Ciência & Saúde Coletiva. 2021 abril; Vol.26 (4)(4):1429-1440. [Acessado 01 Outubro 2021]. DOI: 10.1590/1413-81232021264.39522020. |
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[5] Ribeiro-Silva Rita de C et al. Implicações da pandemia Covid-19 para a segurança alimentar e nutricional no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2020, v. 25, n. 9 [Acessado 14 Outubro 2021] pp. 3421-3430. Disponível em: <<nowiki>https://doi.org/10.1590/1413-81232020259.22152020</nowiki>>. |
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[6] Galindo E, Teixeira MA, Araujo MD, Motta R, Pessoa M, Mendes L, et al. Efeitos da pandemia na alimentação e na situação da segurança alimentar no Brasil. Food for Justice Working Paper Series. 2021, n.4. [Acessado em 01 Outubro 2021]. Disponível em <nowiki>http://dx.doi.org/</nowiki> 10.17169/refubium-29554. |
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[7] Romagnoli VE. Insegurança Alimentar em tempos de COVID-19. Revista Multidisciplinar de Educação e Meio Ambiente. 2021;2(3). [Acessado 01 Outubro 2021]. Disponível em: <nowiki>https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rema/article/view/1624</nowiki>. |
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[8] Horton, R. The Lancet.Vol 396, September 26,2020.[Acessado 22 Outubro 2021] Disponível em: <nowiki>https://www.thelancet.com/action/showPdf?pii=S0140-6736%2820%2932000-6</nowiki> |
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[9] Bennett G, Young E, Butler I, Coe S. O impacto do bloqueio durante o surto de COVID-19 nos hábitos alimentares em vários grupos populacionais: uma análise do escopo. Frente Nutr. 2021 março. [Acessado 08 Outubro 2021].Disponível em: <nowiki>https://doi.org/10.3389/fnut.2021.626432</nowiki>. |
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[10] JR F.Delivery transformou tendência em necessidade e continua crescendo. JOrnalda USP [Internet] 2021 mar 10. [Acessado 24 Outubro 2021]. Disponível em <nowiki>https://jornal.usp.br/?p=395377</nowiki>.{{Hábito alimentar}} |
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Revisão das 11h07min de 27 de outubro de 2021
Hábito alimentar é caracterizado como a forma com que as pessoas ou um grupo de pessoas usam um determinado alimento. O uso inclui as etapas de seleção, produção e as formas de preparo e de consumo do alimento. [1]
Os hábitos alimentares são definidos de acordo com a cultura e costumes de cada povo, das religiões adotadas ou não por cada indivíduo, da influência dos familiares e grupo de convívio de uma pessoa, de ideologias pessoais, do acesso à educação e informação sobre alimentação e nutrição, da renda, preços e acesso a determinados alimentos e da região onde cada indivíduo reside ou trabalha. [2][3]
Hábito alimentar da população brasileira
O hábito alimentar dos brasileiros é muito variado, sendo suas principais refeições compostas por uma diversidade de alimentos tais como: arroz, feijão, macarrão, verduras, legumes, frutas, mandioca e outros tubérculos, pães, carnes, leite, queijos, ovos, café, chás e sucos. Esta variedade da culinária brasileira foi formada a partir da mistura da cultura indígena com culturas de outros povos colonizadores. Tal miscigenação pode ser observada no prato da população, o qual pode ser constituído por alimentos da culinária japonesa, italiana e indígena em apenas uma refeição. [2][3]
As regiões brasileiras podem se caracterizar por alguns alimentos e pratos típicos:
- No Norte, os peixes de rios e a mandioca servem como base para as preparações do tacacá, maniçoba e açaí com tapioca. [4][5]
- No Nordeste a farinha de mandioca, o feijão, a carne de sol, a rapadura, o milho e os peixes do mar são utilizados para o preparo dos pratos como o angu, o caruru, o cuscuz e o acarajé. [4][5]
- O Centro-Oeste é uma região banhada por bacias hidrográficas o que torna grande o consumo de peixes e outras pescas. Alguns pratos típicos são: peixe na telha, carne com banana, feijão tropeiro, carne seca, toucinho e banha de porco. [4][5]
- Já no Sul e Sudeste, pode-se encontrar uma grande variedade de preparações compostas por feijão, carnes em geral, milho, leite, peixes, etc. Podemos citar alguns pratos típicos como: a moqueca na panela de barro (Espírito Santo), o queijo minas e o tutu de feijão (Minas Gerais) e o chucrute e churrasco gaúcho (Rio Grande do Sul). [4][5]
Referências
- ↑ BLEIL, Susana Inez (1998). «O Padrão Alimentar Ocidental: considerações sobre a mudança de hábitos no Brasil.». Revista Cadernos de Debate
- ↑ a b LODY, Raul (2008). Brasil bom de boca: temas de antropologia da alimentação. São Paulo: Senac. 424 páginas
- ↑ a b BARBOSA, Lívia (dezembro de 2007). «Feijão com arroz e arroz com feijão: o Brasil no prato dos brasileiros.». Horizontes Antropológicos. 13 (28): 87–116. ISSN 0104-7183. doi:10.1590/S0104-71832007000200005
- ↑ a b c d SOUZA, Maria Djiliah C.; HARDT, Priscilla Primi (agosto de 2002). «Evolução dos hábitos alimentares no Brasil.» (PDF). Revista Brasil Alimentos
- ↑ a b c d MENDES, Roberto Teixeira; VILARTA, Roberto; GUTIERREZ, Gustavo Luis. (2009). Qualidade de Vida e Cultura Alimentar. (PDF). Campinas: Ipes Editora. pp. 137 – 147. Consultado em 14 de maio de 2018
Hábitos alimentares na pandemia de Covid-19
A pandemia por Covid-19 declarada em janeiro de 2020 como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), revelou a dissonância entre as realidades sociais brasileira, mostrando questionamentos sobre a segurança alimentar e nutricional1.
Em 2003 o Governo Federal firmou um pacto intersetorial com a participação da sociedade civil com o objetivo de combater a fome, elaborando a agenda da SAN (Segurança Alimentar e Nutricional) como política pública, garantindo o Direito Humano à Alimentação Adequada. A segurança alimentar e nutricional (SAN) é definida pela Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 20062.
Na pandemia verificou-se que o vírus SARS-CoV-2 apresentava um alto risco de disseminação e com o intuito de atenuar as consequências da contaminação, a formulação de ações estratégicas e coordenadas governamentalmente foram imprescindíveis3.
Intervenções não farmacêuticas foram tomadas pela maioria dos países sendo o isolamento e o distanciamento social uma das medidas de contenção da epidemia. Esse modelo fez a população redefinir as formas de viver, inclusive as práticas alimentares, como a imposição de obrigações sanitárias e sociais reestruturando as conexões com a comida e o comer no decorrer deste período4.
A disponibilidade de alimentos e seu consumo de forma saudável desde a escolha e o preparo até a sua utilização, respeitando a cultura de cada população local e a produção sustentável foi afetada. As medidas preventivas adotadas seguindo as recomendações da OMS, comprometeram as populações mais vulneráveis quanto a oferta e aquisição de alimentos frescos ou minimamente processados, aumentando ainda mais a desigualdade social, exigindo das políticas públicas um endurecimento no que diz respeito à segurança alimentar, com o fechamento de mercados, restrição de feiras livres contenção de deslocamento entre e dentro do município e diminuição de circulação de transportes públicos, prejudicando também a agricultura familiar exacerbando a vulnerabilidade socioeconômica5,6.
Para diminuir a fome e alcançar uma direção em busca da segurança alimentar e nutricional, ações planejadas foram necessárias como a criação do auxílio emergencial garantindo renda a população mais vulnerável para permanecer nos domicílios e exercer o isolamento e o distanciamento social5,6.
No mundo globalizado, outras epidemias já se encontravam em curso como a da desnutrição, obesidade e os danos à saúde provocados pelas mudanças climáticas, sendo a fome um dos problemas sociais mais cruéis7. Além da obesidade, outras doenças não transmissíveis, como a diabetes e a hipertensão, comuns em países com população de baixa renda, corroboraram para o agravamento da enfermidade por serem fatores de risco, colocando a Covid-19 como uma sindemia, qualificada por interligações biológicas e sociais incumbida por amplificar a vulnerabilidade de uma pessoa no que tange a sua saúde8.
Muitos países, devido ao número elevado de infectados e mortos, limitaram o acesso da população a supermercados e lojas, inclusive de conveniência. Pesquisas recentes mostram que a restrição pode ter um grande impacto nos hábitos das pessoas, causando ansiedade e estresse o que leva ao aumento da ingestão de álcool e alimentos açucarados. Em contrapartida o isolamento também provocou mudanças positivas como o ato de cozinhar em casa9.
Outra alternativa para aquisição de alimentos foi o mercado de delivery. Na pandemia houve um aumento de adeptos à plataforma digital para entrega de alimentos, colocando o Brasil entre os maiores consumidores na América Latina em 202010.
Neste período também foi constatado por vários pesquisadores, o aumento de lanches com alto teor energético no período noturno, como sorvetes, sobremesas, chocolate, bem como o aumento na quantidade de refeições com preparos rápidos e consumo de produtos de origem animal e frituras, e diminuição do consumo de vegetais e frutas, propiciando ao aparecimento de síndrome metabólica. O Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) ligado à Faculdade de Saúde Pública constatou um aumento de pedidos por delivery de frutas, hortaliças e feijão, mas nas regiões norte e nordeste o consumo de ultraprocessados e produtos industrializados foi maior em pessoas com baixa escolaridade, evidenciando a insegurança alimentar e o aumento da obesidade 9,10.
Outra situação encontrada foi a diminuição da oferta de determinados alimentos que compõe a cesta básica, como o arroz, com consequência para o aumento nos preços influenciando no consumo9.
Durante o isolamento por COVID-19 foi possível verificar, por intermédio das pesquisas autodeclaradas via telefone, mudanças favoráveis nas práticas alimentares, mas as desfavoráveis foram observadas na grande maioria. Se essas mudanças negativas continuarem após a pandemia, poderá contribuir para problemas de saúde, pois acarretará num ganho de peso elevado, levando a obesidade, deixando os indivíduos mais suscetíveis a doenças crônicas9.
REFERÊNCIAS
[1] Souza T et al. Lifestyle and eating habits before and during COVID-19 quarantine in Brazil. Public Health Nutrition. 2021,pp.1-11. [Acessado 14 Outubro 2021]. Doi: 10.1017/S136898002100255X.
[2] Brasil. LEI 11346 de 15 de setembro de 2006. Dispõe sobre a segurança alimentar e nutricional. Conselho Federal de Nutricionistas. Disponível em: https://www.cfn.org.br/index.php/seguranca-alimentar-e-nutricional/ .[Acessado 08 Outubro 2021].
[3] de Araújo FR, e Silva Calazans DLM. Gestão das ações de segurança alimentar frente à pandemia pela COVID-19.Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro 54(4):1123-1133, jul. - ago. 2020. [Acessado 08 Outubro2021] https://doi.org/10.1590/0034-761220200329
[4] Verthein UP, Gaspar MCDMP. Normativizando o comer: analise crítica de guias alimentares brasileiros e espanhóis no contexto da pandemia de COVID-19. Ciência & Saúde Coletiva. 2021 abril; Vol.26 (4)(4):1429-1440. [Acessado 01 Outubro 2021]. DOI: 10.1590/1413-81232021264.39522020.
[5] Ribeiro-Silva Rita de C et al. Implicações da pandemia Covid-19 para a segurança alimentar e nutricional no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2020, v. 25, n. 9 [Acessado 14 Outubro 2021] pp. 3421-3430. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-81232020259.22152020>.
[6] Galindo E, Teixeira MA, Araujo MD, Motta R, Pessoa M, Mendes L, et al. Efeitos da pandemia na alimentação e na situação da segurança alimentar no Brasil. Food for Justice Working Paper Series. 2021, n.4. [Acessado em 01 Outubro 2021]. Disponível em http://dx.doi.org/ 10.17169/refubium-29554.
[7] Romagnoli VE. Insegurança Alimentar em tempos de COVID-19. Revista Multidisciplinar de Educação e Meio Ambiente. 2021;2(3). [Acessado 01 Outubro 2021]. Disponível em: https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rema/article/view/1624.
[8] Horton, R. The Lancet.Vol 396, September 26,2020.[Acessado 22 Outubro 2021] Disponível em: https://www.thelancet.com/action/showPdf?pii=S0140-6736%2820%2932000-6
[9] Bennett G, Young E, Butler I, Coe S. O impacto do bloqueio durante o surto de COVID-19 nos hábitos alimentares em vários grupos populacionais: uma análise do escopo. Frente Nutr. 2021 março. [Acessado 08 Outubro 2021].Disponível em: https://doi.org/10.3389/fnut.2021.626432.
[10] JR F.Delivery transformou tendência em necessidade e continua crescendo. JOrnalda USP [Internet] 2021 mar 10. [Acessado 24 Outubro 2021]. Disponível em https://jornal.usp.br/?p=395377.