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As Mulheres do Meu Pai: diferenças entre revisões

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}}'''''As Mulheres do Meu Pai''''' é um romance do escritor [[angola]]no [[José Eduardo Agualusa]] publicado em 2007 pela Editora Língua Geral ([[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], [[Brasil]]) e [[Publicações Dom Quixote]] ([[Lisboa]], [[Portugal]]). O livro foi traduzido por Daniel Hahn em 2008: ''My Father's Wives'', publicado pela Arcadia Books ([[Londres]], [[Inglaterra]]).
}}'''''As Mulheres do Meu Pai''''' é um romance do escritor [[angola]]no [[José Eduardo Agualusa]] publicado em 2007 pela Editora Língua Geral ([[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], [[Brasil]]) e [[Publicações Dom Quixote]] ([[Lisboa]], [[Portugal]]). O livro foi traduzido por Daniel Hahn em 2008: ''My Father's Wives'', publicado pela Arcadia Books ([[Londres]], [[Inglaterra]]).


Faustino Manso, famoso compositor angolano, deixou, ao morrer, sete viúvas e 18 filhos. A mais nova destes, Laurentina, directora de cinema e documentarista, tenta reconstruir a atribulada vida do falecido músico. Em ''As Mulheres do Meu Pai'', realidade e ficção correm lado a lado, a primeira alimentando a segunda. Nos territórios que Agualusa atravessa, porém, a realidade é quase sempre mais inverosímil do que a ficção. Os quatro personagens do romance que o autor escreve, enquanto viaja, vão com ele de [[Luanda]], capital de Angola, até [[Benguela]] e Namibe (atual [[Moçâmedes]]); cruzam as vastas areias da [[Namíbia]] e as suas povoações fantasmas, alcançando, finalmente, a festiva [[Cidade do Cabo]], na [[África do Sul]]. Continuam, depois, rumo a [[Maputo]], e de Maputo a [[Quelimane]], junto ao rio dos Bons Sinais; dali até à pequena ilha mágica, onde morreu o poeta [[Tomás António Gonzaga]]. Percorrem, nesta deriva, paisagens que fazem fronteira com o sonho e das quais emergem, aqui e ali, os mais estranhos personagens. ''As Mulheres do Meu Pai'' é um romance sobre mulheres, música e magia. Anuncia-se, nestas páginas, o renascimento de [[África]], continente afectado por problemas terríveis, mas abençoado pelo talento da música, o sempre renovado vigor das mulheres e o secreto poder de deuses muito antigos.<ref>[http://www.agualusa.pt/cat.php?catid=28&idbook=52 Sítio oficial de José Eduardo Agualusa]</ref>
Faustino Manso, famoso compositor angolano, deixou, ao morrer, sete viúvas e 18 filhos. A mais nova destes, Laurentina, directora de cinema e documentarista, tenta reconstruir a atribulada vida do falecido músico. Em ''As Mulheres do Meu Pai'', realidade e ficção correm lado a lado, a primeira alimentando a segunda. Nos territórios que Agualusa atravessa, porém, a realidade é quase sempre mais inverosímil do que a ficção. Os quatro personagens do romance que o autor escreve, enquanto viaja, vão com ele de [[Luanda]], capital de Angola, até [[Benguela]] e Namibe (atual [[Moçâmedes]]); cruzam as vastas areias da [[Namíbia]] e as suas povoações fantasmas, alcançando, finalmente, a festiva [[Cidade do Cabo]], na [[África do Sul]]. Continuam, depois, rumo a [[Maputo]], e de Maputo a [[Quelimane]], junto ao rio dos Bons Sinais; dali até à pequena ilha mágica, onde morreu o poeta [[Tomás António Gonzaga]]. Percorrem, nesta deriva, paisagens que fazem fronteira com o sonho e das quais emergem, aqui e ali, os mais estranhos personagens. ''As Mulheres do Meu Pai'' é um romance sobre mulheres, música e magia. Anuncia-se, nestas páginas, o renascimento de [[África]], continente afetado por problemas terríveis, mas abençoado pelo talento da música, o sempre renovado vigor das mulheres e o secreto poder de deuses muito antigos.<ref>[http://www.agualusa.pt/cat.php?catid=28&idbook=52 Sítio oficial de José Eduardo Agualusa]</ref>


== Recepção crítica ==
== Recepção crítica ==

Revisão das 15h04min de 2 de outubro de 2023

As Mulheres do Meu Pai
Autor(es) José Eduardo Agualusa
Idioma língua portuguesa
País Portugal Portugal
Género Ficção
Editora Dom Quixote
Lançamento 2007
Páginas 382
ISBN 978-972-20-3377-0
Edição brasileira
Editora Editora Língua Geral
Lançamento 2007
Páginas 550
ISBN 9788560160136
Cronologia
O filho do vento
Na rota das especiarias

As Mulheres do Meu Pai é um romance do escritor angolano José Eduardo Agualusa publicado em 2007 pela Editora Língua Geral (Rio de Janeiro, Brasil) e Publicações Dom Quixote (Lisboa, Portugal). O livro foi traduzido por Daniel Hahn em 2008: My Father's Wives, publicado pela Arcadia Books (Londres, Inglaterra).

Faustino Manso, famoso compositor angolano, deixou, ao morrer, sete viúvas e 18 filhos. A mais nova destes, Laurentina, directora de cinema e documentarista, tenta reconstruir a atribulada vida do falecido músico. Em As Mulheres do Meu Pai, realidade e ficção correm lado a lado, a primeira alimentando a segunda. Nos territórios que Agualusa atravessa, porém, a realidade é quase sempre mais inverosímil do que a ficção. Os quatro personagens do romance que o autor escreve, enquanto viaja, vão com ele de Luanda, capital de Angola, até Benguela e Namibe (atual Moçâmedes); cruzam as vastas areias da Namíbia e as suas povoações fantasmas, alcançando, finalmente, a festiva Cidade do Cabo, na África do Sul. Continuam, depois, rumo a Maputo, e de Maputo a Quelimane, junto ao rio dos Bons Sinais; dali até à pequena ilha mágica, onde morreu o poeta Tomás António Gonzaga. Percorrem, nesta deriva, paisagens que fazem fronteira com o sonho e das quais emergem, aqui e ali, os mais estranhos personagens. As Mulheres do Meu Pai é um romance sobre mulheres, música e magia. Anuncia-se, nestas páginas, o renascimento de África, continente afetado por problemas terríveis, mas abençoado pelo talento da música, o sempre renovado vigor das mulheres e o secreto poder de deuses muito antigos.[1]

Recepção crítica

No jornal brasileiro Folha de S.Paulo, Noemi Jaffe nota: "Personagens complexas e idiossincráticas errando (nos dois sentidos da palavra) e vivendo em lugares igualmente misteriosos."[2]

Na revista brasileira IstoÉ, Marcelo Lyra elogia: "Com As Mulheres do Meu Pai...o angolano José Eduardo Agualusa firma-se definitivamente como um dos maiores escritores de língua portuguesa." Ele continua: "Agualusa conduz o leitor por diversos países da África...Mas não é a África clichê das selvas e, sim, o continente urbano, descobrindo poesia e música em meio ao caos das ruas. Embora não se furte a retratar a pobreza, o autor é francamente otimista. Sua África encontra na musicalidade uma alegria de viver contagiante para o leitor, que devora as páginas com muito prazer."[3]

Referências

  1. Sítio oficial de José Eduardo Agualusa
  2. Jaffe, Noemi. "Autor angolano traça um panorama complexo de África nômade e onírica." Folha de S. Paulo 2 Junho 2007.
  3. Lyra, Marcelo. "O angolano José Eduardo Agualusa descobre poesia e música na África." IstoÉ 16 Maio 2007.

Ligações externas