Cassitas: diferenças entre revisões
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Os '''cassitas''' (''Kashshû'') foram uma tribo do [[Antigo Oriente]] que controlou a [[Babilônia]] após a queda do Primeiro Império Babilônico cerca de [[1531 a.C.]] O reinado dos cassitas durou até [[1155 a. C.]], quando foram derrotados pelos [[elamitas]]. Sua linguagem é classificada como [[língua isolada|isolada]]. |
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Revisão das 20h41min de 12 de maio de 2009
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Os cassitas (Kashshû) foram uma tribo do Antigo Oriente que controlou a Babilônia após a queda do Primeiro Império Babilônico cerca de 1531 a.C. O reinado dos cassitas durou até 1155 a. C., quando foram derrotados pelos elamitas. Sua linguagem é classificada como isolada.
História
Origem
Os cassitas são um dos povos com origem mais misteriosa dentre os vários que povoaram a antiga Mesopotâmia. Acredita-se que são oriundos do sudoeste do Irão e que chegaram à Babilónia através dos Montes Zagros. As primeiras menções dos cassitas os situam no século XVIII a.C., quando atacaram a Babilónia no nono ano de reinado de Samsu-iluna (o qual reinou entre 1686–1648 a.C.), filho de Hammurabi. Samsu-Iluna repeliu a invasão, porém os cassitas conquistaram o norte da Babilónia após a queda desta para os hititas em 1531 a.C., terminando por conquistar também a parte sul em 1437 a.C..
Dinastia cassita de Babilónia
Não se conhece o modo como os cassitas ocuparam o trono da Babilónia, após a queda da cidade perante os hititas. Provavelmente, o primeiro rei cassita da Babilónia foi Agum II, que trouxe a estátua do deus Marduk de volta para a cidade, após ela ser roubada pelos hititas. Os cassitas impuseram a paz e a ordem no território, criando um período de estabilidade, proporcionando uma grande prosperidade. Houve um descenso no número de habitantes nas cidades e um aumento de grandes povoados e aldeias, o que poderia significar uma melhor partilha da terra de cultivo e a segurança suficiente para estabelecer-se fora da proteção das cidades. Os preços baixaram durante um século em um padrão-ouro, como é feito na atualidade.
Os cassitas formavam uma reduzida elite social disseminada pelo território, sendo o núcleo do exército, do governo e da corte. A ascensão da dinastia cassita ao trono da Babilónia não supõe ter havido uma ruptura cultural nem política, e pouco a pouco foram sendo diluídos nos elementos acádios e sumérios originais. Os últimos reis da dinastia possuíram nomes acádios
Os cassitas criaram uma rede de províncias para administrar o reino, geralmente governadas por personagens locais. Em nível internacional, Babilonia fica distante do centro político, já que primeiro Mitanni e também a Assíria criam obstáculos para a sua saída ao norte. Ainda assim, os contatos e relações comerciais são freqüentes. Assim, Karaindash organizou um serviço de correio regular entre a Babilónia e o Egipto. Kurigalzu I financiou com ouro egípcio a construção de sua nova capital, Dur-Kurigalzu. Kadashman-Enlil I ofereceu, primeiramente, sua irmã e, posteriormente, sua filha em matrimônio com Amenhotep III. Tem-se registros através das cartas encontradas em Tell el-Amarna das negociações que levaram a cabo de ambos monarcas para estabelecer uma contrapartida em ouro. Também sabe-se das relações comerciais que mantiveram o hitita Hattusili III e Kadashman-Enlil II. Escavações realizadas na década de 1960 na área do Bahrein, em cuja ilha está localizado um assentamento comercial e uma fortaleza, e textos localizados em Nippur, sugerem que essa zona do Golfo Pérsico era governada por reis cassitas.