Corredor polonês: diferenças entre revisões

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De 1919 até [[1939]], a disputa por essa região provocou inúmeros e continuados atritos entre os dois países, mas durante esse período a [[Segunda República Polaca]] construiu várias linhas ferroviárias no referido "corredor".
De 1919 até [[1939]], a disputa por essa região provocou inúmeros e continuados atritos entre os dois países, mas durante esse período a [[Segunda República Polaca]] construiu várias linhas ferroviárias no referido "corredor".


Porém, em março de [[1939]] a [[Alemanha Nazi]] pediu a devolução de parte desse território, e diante da recusa polonesa, criou-se uma divergência que contribuiu de forma decisiva para a eclosão da [[Segunda Guerra Mundial]]. Invadida e ocupada pelos alemães em [[1 de setembro]] de 1939, a região foi devolvida à Polônia em [[1945]], ao final do conflito armado.
Porém, em março de [[1939]] a [[Alemanha Nazi]] pediu a devolução de parte desse território, e diante da recusa polonesa, criou-se uma divergência que contribuiu de forma decisiva para a eclosão da [[Segunda Guerra Mundial]]. Invadida e ocupada pelos alemães em [[1 de setembro]] de 1939, a região foi devolvida à Polônia em [[1945]], ao final do conflito armado.


==Antecedentes==
== Antecedentes ==
A [[Alemanha]], derrotada na [[Primeira Guerra Mundial]], havia perdido seus territórios ultramarinos, a [[Alsácia]], a [[Lorena]] e parte da [[Prússia]]. As altas indenizações impostas pelos Aliados causaram o colapso da moeda alemã e desemprego em massa naquele país, fatores que, explorados pelos [[nazistas]], contribuíram para que [[Adolf Hitler]] chegasse ao poder em [[1933]].


Mas em [[1935]] a Alemanha já se reerguera, reiniciando a produção de armamentos e restabelecendo o serviço militar obrigatório, o que contrariava o [[Tratado de Versalhes]], ao mesmo tempo em que se aproximava da Itália [[fascista]] de [[Benito Mussolini]], da [[Espanha]] de [[Francisco Franco]], e do Japão, além de ter anexado a [[Áustria]] em [[1938]], sob a justificativa de tratar-se de um povo de ascendência germânica (ver [[Pangermanismo]]).
A [[Alemanha]], derrotada na [[Primeira Guerra Mundial]], havia perdido seus territórios ultramarinos, a [[Alsácia]], a [[Lorena]] e parte da [[Prússia]]. As altas indenizações impostas pelos Aliados causaram o colapso da moeda alemã e desemprego em massa naquele país, fatores que, explorados pelos [[nazistas]], contribuíram para que [[Adolf Hitler]] chegasse ao poder em [[1933]].

Mas em [[1935]] a Alemanha já se reerguera, reiniciando a produção de armamentos e restabelecendo o serviço militar obrigatório, o que contrariava o [[Tratado de Versalhes]], ao mesmo tempo em que se aproximava da Itália [[fascista]] de [[Benito Mussolini]], da [[Espanha]] de [[Francisco Franco]], e do Japão, além de ter anexado a [[Áustria]] em [[1938]], sob a justificativa de tratar-se de um povo de ascendência germânica (ver [[Pangermanismo]]).


No ano seguinte, com a conivência da [[França]] e da [[Inglaterra]], o governo alemão incorporou ao seu território os [[Sudetos]], região da [[Tchecoslováquia]] que abrigava minorias alemãs, e por fim assinou com [[Josef Stalin]], da [[União Soviética]], um acordo de não-agressão e neutralidade de cinco anos, relacionado ao desmembramento do Estado polaco mediante intervenção de ambos os países sobre a cria de Versalhes (invasão armada e capitulação polonesa, com a liquidação das tropas polacas pelos alemães), sempre tida como potencial motivadora de futuros conflitos pelos alemães.
No ano seguinte, com a conivência da [[França]] e da [[Inglaterra]], o governo alemão incorporou ao seu território os [[Sudetos]], região da [[Tchecoslováquia]] que abrigava minorias alemãs, e por fim assinou com [[Josef Stalin]], da [[União Soviética]], um acordo de não-agressão e neutralidade de cinco anos, relacionado ao desmembramento do Estado polaco mediante intervenção de ambos os países sobre a cria de Versalhes (invasão armada e capitulação polonesa, com a liquidação das tropas polacas pelos alemães), sempre tida como potencial motivadora de futuros conflitos pelos alemães.


==O início da guerra==
== O início da guerra ==
Diante da tensão já existente entre a [[Alemanha]] e [[Polônia]], agravada pelo caso [[Dantzig]], da suposta ridicularização proferida sobre a máquina de guerra alemã pelos poloneses e pelos órgãos de imprensa internacional e do suposto estopim polaco, o ataque a um posto de fronteira alemão, as tropas alemãs finalmente invadem a Polônia no dia [[1º de setembro]] de [[1939]], sob o comando de [[Adolf Hitler]]. A "guerra-relâmpago" ''([[Blitzkrieg]])'' derrotou o exército polonês. Dois dias depois, a [[Inglaterra]] e a [[França]] declararam guerra à [[Alemanha]], iniciando assim a [[Segunda Guerra Mundial]], demonstrando por definitivo a ignorância às propostas de paz iniciadas pelos alemães a ambos os países, inicialmente tratadas com descaso.


Os preparativos para o ataque à Polônia iniciaram em abril de 1939. Caberia à [[Luftwaffe]] o apoio aos exércitos terrestres em seu avanço a [[Varsóvia]]. A Luftflotte 1 (comandada pelo General Albert Kesselring) auxiliaria o Grupo Norte do Exército a atravessar o '''Corredor Polonês''', ligando a [[Pomerânia]] à [[Prússia Oriental]] e daí em direção a Varsóvia. A Luftflotte 4 (comandada pelo General Alexander Lohr) daria suporte ao Grupo Sul do Exército, que avançaria em direção Norte, partindo da [[Silésia]] e da [[Eslováquia]]. Os ataques conduzidos ao sistema ferroviário entre 02 e 05 de setembro, por exemplo, destruíram as ferrovias. Os ataques à Infantaria também foram constantes e a 13ª divisão polonesa foi exterminada quase que totalmente por ataques aéreos.
Diante da tensão já existente entre a [[Alemanha]] e [[Polônia]], agravada pelo caso [[Dantzig]], da suposta ridicularização proferida sobre a máquina de guerra alemã pelos poloneses e pelos órgãos de imprensa internacional e do suposto estopim polaco, o ataque a um posto de fronteira alemão, as tropas alemãs finalmente invadem a Polônia no dia [[1º de setembro]] de [[1939]], sob o comando de [[Adolf Hitler]]. A "guerra-relâmpago" ''([[Blitzkrieg]])'' derrotou o exército polonês. Dois dias depois, a [[Inglaterra]] e a [[França]] declararam guerra à [[Alemanha]], iniciando assim a [[Segunda Guerra Mundial]], demonstrando por definitivo a ignorância às propostas de paz iniciadas pelos alemães a ambos os países, inicialmente tratadas com descaso.


== Expressão popular ==
Os preparativos para o ataque à Polônia iniciaram em abril de 1939. Caberia à [[Luftwaffe]] o apoio aos exércitos terrestres em seu avanço a [[Varsóvia]]. A Luftflotte 1 (comandada pelo General Albert Kesselring) auxiliaria o Grupo Norte do Exército a atravessar o '''Corredor Polonês''', ligando a [[Pomerânia]] à [[Prússia Oriental]] e daí em direção a Varsóvia. A Luftflotte 4 (comandada pelo General Alexander Lohr) daria suporte ao Grupo Sul do Exército, que avançaria em direção Norte, partindo da [[Silésia]] e da [[Eslováquia]]. Os ataques conduzidos ao sistema ferroviário entre 02 e 05 de setembro, por exemplo, destruíram as ferrovias. Os ataques à Infantaria também foram constantes e a 13ª divisão polonesa foi exterminada quase que totalmente por ataques aéreos.
''Corredor polonês'' é o nome popular dado a uma passagem estreita formada por duas fileiras de pessoas alinhadas lado a lado, todas voltadas para o centro. O objetivo é maltratar, seja com pancadas ou com o uso de porretes ou arma branca, quem é forçado cruzar a passagem, como forma de represália a alguém que se posiciona contrário a certo ideal ou pessoa.


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==Expressão popular==

''Corredor polonês'' é o nome popular dado a uma passagem estreita formada por duas fileiras de pessoas alinhadas lado a lado, todas voltadas para o centro. O objetivo é maltratar, seja com pancadas ou com o uso de porretes ou arma branca, quem é forçado cruzar a passagem, como forma de represália a alguém que se posiciona contrário a certo ideal ou pessoa.


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Revisão das 08h43min de 20 de dezembro de 2009

Mapa da Polónia em 1920
Mapa da Polónia em 1920

Corredor Polonês ou Corredor Polaco é a denominação dada a uma estreita faixa de terra na qual se encontra a maior parte do curso inferior do rio Vístula, na Polônia.

Sua extensão é de 150 km, e a largura variável entre 30 a 80 km, aproximadamente, tendo sua posse sido transferida do Império Alemão para a recém-recriada Polônia no ano de 1919, em virtude da imposição do Tratado de Versalhes. Pelos termos do tratado, a cidade alemã de Dantzig (hoje Gdańsk) teria um governo autônomo, apesar de sua localização geográfica no meio do Corredor Polonês.

De 1919 até 1939, a disputa por essa região provocou inúmeros e continuados atritos entre os dois países, mas durante esse período a Segunda República Polaca construiu várias linhas ferroviárias no referido "corredor".

Porém, em março de 1939 a Alemanha Nazi pediu a devolução de parte desse território, e diante da recusa polonesa, criou-se uma divergência que contribuiu de forma decisiva para a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Invadida e ocupada pelos alemães em 1 de setembro de 1939, a região foi devolvida à Polônia em 1945, ao final do conflito armado.

Antecedentes

A Alemanha, derrotada na Primeira Guerra Mundial, havia perdido seus territórios ultramarinos, a Alsácia, a Lorena e parte da Prússia. As altas indenizações impostas pelos Aliados causaram o colapso da moeda alemã e desemprego em massa naquele país, fatores que, explorados pelos nazistas, contribuíram para que Adolf Hitler chegasse ao poder em 1933.

Mas em 1935 a Alemanha já se reerguera, reiniciando a produção de armamentos e restabelecendo o serviço militar obrigatório, o que contrariava o Tratado de Versalhes, ao mesmo tempo em que se aproximava da Itália fascista de Benito Mussolini, da Espanha de Francisco Franco, e do Japão, além de ter anexado a Áustria em 1938, sob a justificativa de tratar-se de um povo de ascendência germânica (ver Pangermanismo).

No ano seguinte, com a conivência da França e da Inglaterra, o governo alemão incorporou ao seu território os Sudetos, região da Tchecoslováquia que abrigava minorias alemãs, e por fim assinou com Josef Stalin, da União Soviética, um acordo de não-agressão e neutralidade de cinco anos, relacionado ao desmembramento do Estado polaco mediante intervenção de ambos os países sobre a cria de Versalhes (invasão armada e capitulação polonesa, com a liquidação das tropas polacas pelos alemães), sempre tida como potencial motivadora de futuros conflitos pelos alemães.

O início da guerra

Diante da tensão já existente entre a Alemanha e Polônia, agravada pelo caso Dantzig, da suposta ridicularização proferida sobre a máquina de guerra alemã pelos poloneses e pelos órgãos de imprensa internacional e do suposto estopim polaco, o ataque a um posto de fronteira alemão, as tropas alemãs finalmente invadem a Polônia no dia 1º de setembro de 1939, sob o comando de Adolf Hitler. A "guerra-relâmpago" (Blitzkrieg) derrotou o exército polonês. Dois dias depois, a Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha, iniciando assim a Segunda Guerra Mundial, demonstrando por definitivo a ignorância às propostas de paz iniciadas pelos alemães a ambos os países, inicialmente tratadas com descaso.

Os preparativos para o ataque à Polônia iniciaram em abril de 1939. Caberia à Luftwaffe o apoio aos exércitos terrestres em seu avanço a Varsóvia. A Luftflotte 1 (comandada pelo General Albert Kesselring) auxiliaria o Grupo Norte do Exército a atravessar o Corredor Polonês, ligando a Pomerânia à Prússia Oriental e daí em direção a Varsóvia. A Luftflotte 4 (comandada pelo General Alexander Lohr) daria suporte ao Grupo Sul do Exército, que avançaria em direção Norte, partindo da Silésia e da Eslováquia. Os ataques conduzidos ao sistema ferroviário entre 02 e 05 de setembro, por exemplo, destruíram as ferrovias. Os ataques à Infantaria também foram constantes e a 13ª divisão polonesa foi exterminada quase que totalmente por ataques aéreos.

Expressão popular

Corredor polonês é o nome popular dado a uma passagem estreita formada por duas fileiras de pessoas alinhadas lado a lado, todas voltadas para o centro. O objetivo é maltratar, seja com pancadas ou com o uso de porretes ou arma branca, quem é forçado cruzar a passagem, como forma de represália a alguém que se posiciona contrário a certo ideal ou pessoa.

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