Tema da Trácia: diferenças entre revisões

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Revisão das 04h34min de 27 de março de 2013

 Nota: Para o thema na Anatólia de nome similar, veja Thema Tracesiano.
O Thema Trácio aparece à esquerda, no território europeu do Império Bizantino, neste mapa da região em 780.

O Thema da Trácia (em grego: θέμα Θρᾴκης ou θέμα Θρᾳκῷον), conhecido também como Thema Trácio, foi uma thema (província civil-militar) do Império Bizantino localizado no sudoeste dos Balcãs e que abarcou diferentes partes da região homônima durante a sua história.

História

Tradicionalmente acredita-se que o Thema Trácio tenha sido fundado por volta de 600 como resposta à ameaça búlgara[1][2][3]. Esta teoria se baseia na menção de um tal patrikios Teodoro, conde de Opsikion e hipostrategos da Trácia em 680-681. Porém, é incerto se isto implica na existência da Trácia como um comando militar distinto, com Teodoro acumulando duas funções, ou se a Trácia estava administrativamente unida ao ao Thema Opsiciano. Na realidade, diferentes strategoi da Trácia não aparecem inequivocamente nas fontes literárias até 742, enquanto que selos dos strategoi sobreviventes só aparecem a partir do século VIII[3][4]. Inicialmente, Adrianópolis foi provavelmente a capital do thema.

Sob a imperatriz Irene de Atenas, no final do século VIII, o thema foi dividido, com a parte ocidental se tornando o Thema Macedônio. A partir daí, a capital trácia passou a ser Arcadiópolis, com tourmarchai subordinados em Bizye e Sozópolis. Outro, chamado tourmarches tes Thrakes ("da Trácia") também é atestado nas fontes, possivelmente o enviado do strategos em Arcadiópolis[2]. Os geógrafos árabes Ibn Khordadbeh (c. 847) e Ibn al-Faqih (c. 903) mencionam o thema como se estendendo "da Longa Muralha [a Muralha de Anastácio ]" até "a terra dos eslavos", ao norte até o país dos búlgaros, contendo dez fortalezas e 5 000 soldados[5]. De fato, as fronteiras do thema flutuavam de acordo com as mudanças provocadas pelas guerras bizantino-búlgaras. Inicialmente, o thema deve ter abrangido a maior parte da antiga Diocese da Trácia, exceto a região ao longo do Danúbio, conquistada pelos búlgaros (Baixa Moésia), mas, após as conquistas dos cãs Krum (r. 803-814), Omurtag (r. 814-831) e Simeão I (r. 893-927), a fronteira se moveu gradativamente para o sul da cordilheira dos Bálcãs para, grosso modo, a região onde hoje está a fronteira com a Grécia e a Turquia. Assim, na virada do século IX, o thema abrangia essencialmente a metade oriental da moderna Trácia Oriental, com uma extensão ao longo da costa até Anchialos[6].

A partir do século XI, Trácia e Macedônia parecem ter sido geralmente combinadas, como atestam os numerosos strategoi e juízes (kritai) que tinham jurisdição sobre ambos themata[2][7]. O nome desapareceu do uso administrativo corrente durante o período Paleólogo, mas ainda se encontra em alguns historiadores da época como um termo arcaico[7].

Referências

  1. Haldon 1997, p. 216.
  2. a b c Nesbitt & Oikonomides 1991, p. 155.
  3. a b Pertusi 1952, p. 156.
  4. Kazhdan 1991, pp. 2079–2080.
  5. Pertusi 1952, p. 157.
  6. Pertusi 1952, pp. 157–158.
  7. a b Kazhdan 1991, p. 2080.

Bibliografia