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'''Ebô''', palavra oriunda da língua [[iorubá]], consiste num alimento religioso e votivo para os [[orixá]]s funfun (brancos) [[Oxalá]], dentro das [[religiões afro-brasileiras]]. É um [[milho-branco]] cozido sem tempero e sem sal. |
'''Ebô''', palavra oriunda da língua [[iorubá]], consiste num alimento religioso e votivo para os [[orixá]]s funfun (brancos) [[Oxalá]], dentro das [[religiões afro-brasileiras]]. É um [[milho-branco]] cozido sem tempero e sem sal. |
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Revisão das 10h14min de 4 de março de 2014
Ebô, palavra oriunda da língua iorubá, consiste num alimento religioso e votivo para os orixás funfun (brancos) Oxalá, dentro das religiões afro-brasileiras. É um milho-branco cozido sem tempero e sem sal.
O milho-branco (chamado «agbadô» ou «ebô») é um grão muito importante para o povo do santo. Seu preparo e forma de utilização nos rituais de oferendas envolvem preceitos bem rígidos, que nunca podem deixar de ser considerados pelos seguidores do Candomblé.
O ebô no candomblé
Todos os orixás, de Exu a Oxalá e até mesmo os ancestrais, recebem oferenda à base desse grão. Todas as cerimônias, do ebó mais simples aos mais sofisticados, em rituais de iniciação, de passagem, ritos de vida e de morte, em tudo mais que ocorra em uma casa de candomblé, só acontece com a presença do milho-branco.
A pasta branca desse milho depois de pilado ou moído chama-se «eko», o mingau chama-se «denguê», depois de moído e cozido e envolvida na folha de bananeira verde chama-se «akasa». Os grãos cozidos só na água chamam-se «egbô». Já o moído e cozido, envolvido em palha de bananeira seca chama-se «aberem». Os grãos recheados com cebola, camarão, azeite doce e dendê chamam-se «dibô», e os inteiros cozidos com coco e açúcar chamam-se «mukunza».
Objetivos ritualísticos
Toda oferenda com milho-branco restitui e redistribui o axé, por ser o grande elemento apaziguador, que arranca a morte, a doença, a pobreza e outras mazelas do seio da vida, tornando-se portanto a comida predileta de todos os orixás.
A oferenda a base de milho-branco tem um valor inestimável no candomblé. O grande fundamento é que, em todos os rituais, por menor que este seja, alguma comida com milho-branco deve estar presente, seja ela em forma de «ebô», «akasa», «aberem», «dibô», «denguê», que possibilita paz, alegria e longevidade.
Oferecer milho-branco à cabeça, chamado de Bori ou Ebôri, é de vital importância ao candomblé, pois é esse ritual que mantem todo povo do santo de pé e totalmente equilibrado.
Referências
- Cossard, Giselle Omindarewá, Awô, O mistério dos Orixás. Editora Pallas.